segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Educação é o que mesmo?

Uma vez me perguntaram por que ser professor. Disse, sem titubear, que era porque acredito na Educação. Não só na Educação Pública, mas na Educação Privada, na Educação Familiar, enfim, em qualquer Educação de qualidade e que vise ao bem do indivíduo e ao de seus pares. 
Penso que o estado tem em sua razão de ser a obrigação da oferta de uma Educação Pública de qualidade e isso não passa necessariamente pela meritocracia do dinheiro no fim do mês para quem aprova mais. Isso, definitivamente, não é qualidade, é conveniência estatística que atende muito mais aos interesses dos políticos do que da sociedade como um todo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

E não é que é verdade...


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Racismo, Injúria qualificada ou só algumas piadas de mau gosto.

(Atenção colegas ativistas de plantão, o texto abaixo aborda o aspecto legal da questão do crime de racismo. Entretanto, o autor entende que há outras leituras e que a todos, sem distinção, é considerado o legítimo direito de se sentir ofendido por o que quer que seja.)

Sou professor, não advogado, logo, em razão disso, procurei, na ignorância absoluta do tema em seu aspecto jurídico, ler um pouco antes de escrever sobre isso no meu blogue. De uns tempos para cá, surgiram uns memes em que as pessoas fazem um uso da palavra nego (corruptela de uso popular da palavra negro) em imagens associadas com efeito de humor e não de rotulação ou de forma pejorativa aos negros. O uso dessa palavra é um recurso em português que ocorre com outras palavras, mas falo disso em outra postagem. O assunto é meio longo.

domingo, 2 de agosto de 2015

Meu ideal também seria fazer isso, Mestre Rubem..

Em 1967, Rubem Braga publicou uma crônica chamada “Meu ideal seria escrever” que reflete todo o anseio daquele que quer mudar alguma coisa no mundo. Não se trata de mudar o mundo já que isso é de uma pretensão absurda, uma vez quem nem mesmo conseguimos mudar pequenos maus hábitos de nós mesmo. Mudar algo no mundo é alterar o espírito de certas coisas que, por fim, gerariam uma reação em cadeia mudando o espírito de outras e outras e outras.
Pois eu também tenho como ideal escrever uma história tão engraçada e espirituosa que aquela moça que está lendo da tela do smartphone dentro do ônibus, cansada, estressada, além da idade do viço da juventude e ainda amargando a solidão de um jantar com comida de microondas, esquecesse os amores que se foram, que não deram certo e abrisse um sorriso leve que a libertaria por alguns instantes de um gosto de fel nas memórias.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Ideologias e piadas

Por trás de uma piada, sempre há uma ideologia. 

Essa frase é tola porque é um pleonasmo pretensioso (quase uma tautologia - ou seja, uso de palavras diferentes para expressar uma mesma ideia; redundância - se é linguagem é lógico que é ideologia). Ela é amplamente usada por quem se presume alguém de um nível de consciência social muito acima do resto dos mortais. 
Entretanto, seu uso demonstra significativo desconhecimento do que é a linguagem. A verdade é que por trás de toda linguagem há ideologia. Todo ato comunicativo é um ato social e ideológico que posiciona o enunciador no mundo em que ele vive. 
"Por trás de uma piada, sempre há uma ideologia" é uma frase tola porque, na pretensão de ser politicamente correto e virtuoso, seu usuários se esquecem de que, por trás dela mesma (dessa frase), há uma ideologia, às vezes, menos suave do que uma piada.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

O Atleta e a continência: uma tempestade em copo d'água

Nos últimos dias, surgiu uma polêmica sobre os atletas patrocinados pelo Exército nos jogos Pan-americanos no Canadá. A questão era a saudação que faziam quando subiam ao pódio, eles batiam continência. Pois é, aquele sinal de natureza militar com que se saúdam os pavilhões nacionais e autoridades. A mão que sobre esticada e toca a testa próximo a sobrancelhas.
Daí, foi feita uma tempestade em copo d'água pela imprensa, disseram que os atletas eram obrigados (ninguém é obrigado a nada e se houver uma diretriz no seu financiador que o incomode, troque de financiador.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Fé customizada

Os católicos têm trabalhos de caridade e uma liturgia tão bonita. Já os evangélicos (os de verdade, não os da teologia da prosperidade) possuem uma ideia de reabilitar o indivíduo do vício, do mal que se aproxima bem do que eu entendo como Cristianismo. Pois é. O Cristianismo me fascina. Os protestantes me impressionam por sua coragem de, em um passado, peitar uma das maiores instituições da história e sobreviver. Os judeus me encantam por seus relatos de experiências na convivência entre humanos desde tempo imemoriais. Mas o Budismo também é muito interessantes com as ideias de alma, corpo, evolução espiritual, a ideia de Kharma me atrai e a inexistência exatamente de um Deus chefe geral e controlador de tudo e de todos atendendo a pedidos e punindo me soa interessante.