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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Racismo, Injúria qualificada ou só algumas piadas de mau gosto.

(Atenção colegas ativistas de plantão, o texto abaixo aborda o aspecto legal da questão do crime de racismo. Entretanto, o autor entende que há outras leituras e que a todos, sem distinção, é considerado o legítimo direito de se sentir ofendido por o que quer que seja.)

Sou professor, não advogado, logo, em razão disso, procurei, na ignorância absoluta do tema em seu aspecto jurídico, ler um pouco antes de escrever sobre isso no meu blogue. De uns tempos para cá, surgiram uns memes em que as pessoas fazem um uso da palavra nego (corruptela de uso popular da palavra negro) em imagens associadas com efeito de humor e não de rotulação ou de forma pejorativa aos negros. O uso dessa palavra é um recurso em português que ocorre com outras palavras, mas falo disso em outra postagem. O assunto é meio longo.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Apaixonando-se por seus erros

O tempo traz muita coisa para gente. Rugas, cabelos brancos, fragilidades mil decorrentes da idade, mas quem se foca na casca perde a essência das coisas. O tempo me trouxe muita coisa boa, mas a que mais tenho degustado atualmente é a capacidade de me apaixonar por meus erros. Isso não quer dizer que eu queira errar cada vez mais mais para me apaixonar mais. Muito pelo contrário, quero me apaixonar mais para errar menos.
É óbvio que fazemos tudo com o objetivo de não errar, mas só não erra quem não faz e, vez por outra, batemos de cara com o fracasso. Planejamos tudo, executamos e ficamos perplexos e desejoso de saber onde foi que erramos. Às vezes, esquecemos que não fomos nós que erramos, mas as coisas é que deram errado, pois não controlamos todas as variáveis de uma situação e mesmo aquele 0,0001% pode ter sido o suficiente para colocar tudo a perder.

segunda-feira, 2 de março de 2015

A minha adorável estupidez

Percebemos o quanto ficamos sábios em dois momentos bem nítidos da vida: na medida em que percebemos o quanto fomos idiotas no passado; e segundo, na constatação de o quanto somos imbecis no presente em atitudes que pediriam um pouco mais de maturidade, só isso.
Das atitudes tolas do passado só nos resta lembrar com lástima penosa. Olhar para trás e torcer para que as pessoas que foram testemunhas tenham esquecido daquele fato, tenham apagado de suas memórias. O que de fato é o mais comum, pois, no mais das vezes, só nós, a ele, demos essa importância toda. Às pessoas, nossos fatos lhes são, no mais das vezes, invisíveis. Ufa!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Por que algumas pessoas gostam tanto de discutir e polemizar?

Depois de 3 anos de blogue, posso dizer que já vi quase de tudo por aqui na blogosfera, adquiri público leitor e blogs preferidos que leio com frequência, mas nem sempre tenho oportunidade de tecer os comentários que merecem, por isso, calo-me e continuo a apreciar cada um deles. Aqui no saco de filó já deu de tudo.
Aprendi a perceber que a necessidade de polemizar surge em razão da premissa de que somos feitos de carne, ossos e ideias. Sim, as ideias são partes indissociáveis da natureza humana. Podemos perceber isso quando algumas pessoas religiosas ou mesmo apaixonadas por um partido político são questionadas ou sentem que, no texto escrito, há algo que macule a sua paixão-ideia.
Como alguém que vê a iminência de um membro amputado, luta, debate-se, ofende, agride, puxa o braço, sacode as pernas, grita, ataca, enfim, age de maneira instintiva e natural à ameça que se afigura. As ideias, como esses membros, são parte de si que, se cortadas, doem, ferem, sangram, mutilam.
Daí, o espírito belicoso de disputa, a necessidade de apresentar sua ideia como maior do que as dos outros, de afirmar a sua ideia como o único caminho, como única verdade, como única luz. Muitas vezes, agem numa tentativa de convencer a si mesmo mais do que aos outros (mas isso é conversa para outra postagem).
A iminência da perda de um pedaço de si provoca a cegueira e aguça os instintos de defesa como se estivessem em risco de morte. Mas não se está.
Pessoas que cultivam em si frustrações, complexos, questões mal resolvidas tendem a se agarrar a ideias como maneira de compensar e legitimar a lacuna que essas situações deixam. Compensar através da sublimação, compensar através da construção em um universo metafísico o que não se é em um universo físico. Por natureza, assumem a luta por uma ideia religiosa ou um partido político como se a sua vitória no campo das ideias fosse representar uma mudança para si ou mesmo para os outros. Não conseguem perceber que são instrumentos ingênuos na mão de quem sempre vence o jogo, instrumentos úteis e ingênuos que disputam um jogo que sempre perdem.