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domingo, 19 de julho de 2015
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Eu, o monstro - Bom dia!
Eu, aos 42 anos, me assumo como uma anomalia social, uma violação acintosa do senso comum, enfim, uma aberração. Isso custou a ser aceito por mim. O fato é que não consigo compactuar com certas coisas que parecem ser normais, daí, eu ser essa criatura bizarra.
Bom, vamos lá. Acordo cedo e de excelente humor sempre. Durmo pouco (5 a 6 horas noite) e, sinceramente, detesto dormir muito. Gosto de segundas-feiras, não gosto é de domingo. Acho chato para caramba.
Não gosto de férias prolongadas, prefiro 10 folgas de 3 dias a uma de 40. Lugar bom para mim é com pouca gente. Muita gente, muito barulho... Definitivamente, não gosto. Isso me cansa e me irrita. Não vou a festas e bebo porque acho que se a festa é legal, eu não preciso me drogar para curtir (ou suportar). Pela lógica, a gente deveria se drogar para suportar fila de banco e repartição pública, mas não coisas que são para serem legais.
sábado, 25 de maio de 2013
Viva a sensibilidade da mulher..!
Muito se fala na sensibilidade feminina. Mas o fato é que, com base em mitos já consagrados como "homem sempre mente", "homem sempre exagera", "homem sempre inventa desculpa" a tal sensibilidade feminina se torna de uma crueldade atroz. A convivência com a mulher, seja no casamento ou em "um rolo sob o mesmo teto" faz aflorar toda essa sutileza da fêmea de nossa espécie e geram situações que seriam hilárias se não fossem trágicas.
- Homem é bicho muito frouxo! Qualquer cancerzinho em metástase já fica: aí, tô morrendo...
- Bate na porta do banheiro: Você é engraçado, tempo para fazer as coisas que eu peço não tem, mas para fazer xixi, beber água... isso tem né. É por que é coisa do seu interesse.
- Reclama que foi sequestrado? E eu? Que fiquei aqui, trancada. Pelo menos, você saiu, viu gente diferente.
- (20 minutos na frente do computar pela manhã) - Você é engraçado. Ficou a manhã inteeeeira no computador diz que não deu para fazer nada?!
- (se interessa que seja mais tarde) - Vamos! Já são 11 horas (são 10:15)
- (Se interessa que seja cedo) - Espera aí ainda nem são 11 horas (são 10:59)
- Estava com vontade de comer uma coisa gostosa, mas não sei o quê... Busque uma bola de cristal, já!
- Fulana não gosta de mim. Um dia eu perguntei as horas e ela disse: - 15 para as 3... sabe? De um jeito assim... Sabe? como quem diz: odeio você, perua sem relógio... Acho que é inveja.
- (Falando a mesma coisa pela décima vez) - se falando dez vezes, você ainda esquece, imagina se eu falo só uma vez... então....
- (na loja de informática) - Vamos embora, amor? (10 min)
- (na loja de sapato) - só vou dar uma olhadinha (2 h e 30 min)
Há um segredo para sobreviver a essa sensibilidade? Programa o cérebro para não se importar com o que ouve. Sabe como é ouvir sem registrar? Só ficar vendo aquela linda boquinha reclamando e aquelas mão com unhas pintadas gesticulando... Ao final, sorria e diga: eu te amo também.
Se funciona com ela? Não sei. Mas comigo funciona maravilhas. É como se disséssemos: apesar de todas essas chatices eu não sei viver sem você!
E assim chega-se às bodas de ouro.
E assim chega-se às bodas de ouro.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Maltrapilhos wear - um jeito mendigo de ser
Entrei em uma loja de roupa outro dia para comprar uma calça nova. (Mulheres, aprendam uma coisa: lojas de roupas são as coisas menos atraentes que um homem pode desejar estar). A vendedora, como praxe, trouxe um monte de calças e 90% delas me fariam parecer um tiozão completemente sem noção, daqueles que o pessoal olha e pensa: caraca, ó o tiozão sem noção! Ridículo..
Na pilha de calças, havia uns modelos que vinham cheias de bolsos, outras cheias de detalhes... mas o que me chamou a atenção foram as calças do Maltrapilho’s Fashion Week. As pessoas compram calças que já vem de fábrica rasgadas, esfoladas, desbotadas, gastas, com imitação de sujeira. E pensar que eu estava ali para comprar uma calça exatamente porque as minhas calças em casa estavam quase naquele estado deplorável.
A vendedora me passou o preço delas e era tudo na base de 90 a 150 reais... uma calça normal custava uns 60, daquelas sem rasgo, sem sujeira simulada, sem esfolado...
- Eu queria calças normais. Eu disse à vendedora. E fiquei pensando se eu trouxesse uma das minhas calças usadas não dava para trocar por umas novas e ainda saia com um dinheiro de volta.
Fiquei pensando, se trago uma das calças que tenho em casa, nesse estado, troco por umas duas novas... Se chego com elas sujas de tinta ou cagadas ainda levo umas blusas de quebra. Deve valer uma fortuna uma calça rasgada, suja, esfolada e ainda por cima, cagada...
Eu só fico pensando quem foi o mendigo influente que convenceu essa gente que trapo de roupa é fashion.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
A pirataria e a hipocrisia nossa de cada dia

A hipocrisia é o que torna suportável a convivência entre humanos e, ao mesmo tempo, o que nos torna mais humanos na acepção mais plena da palavra. Nos últimos tempos, vejo alguns colegas de internet, internautas comuns, assumirem uma postura radical contra tudo que se copia da internet sem pagar direitos autorais, de um programa a uma foto. Comparam a pirataria a um crime como tráfico de drogas, contrabando, roubo a mão armada ou coisa parecida.
Eu me pergunto se houvesse um programa que destruísse todos computadores que possuem algum software pirata ou uma música ou imagem que não recolheu direitos autorais quantos computadores restariam na internet?
É importante, antes de começar a conversar sobre pirataria, definir o que é pirataria. Pessoalmente, entendo como o uso de produto intelectual que não é de sua autoria para obter dinheiro decorrente de venda a terceiros. Ou seja, o colega que me passa um arquivo de mp3 não é um perigoso pirata que a ameaça o planeta e a sociedade judaico-cristã-ocidental. Ele não está lucrando com isso. Esse é o problema número um: controlar o conceito de pirataria.
Outra coisa, cópia incomoda porque não arrecada. Por conta de alguns, a ideia seria que pagássemos uma taxa cada vez que ouvíssemos uma música. Alegam que tira emprego do músico copiar. Tira não. Músico ganha mesmo é com show, muitos músicos menos conhecidos nunca viram a cor de direitos autorais ou viram uma pequena parcela do que tinham direito. Isso tira é arrecadação fiscal num país que acha normal vender um CD por mais de 25 reais.
Não estou defendendo cópia ilegal. Estou chamando você à reflexão.
Para aqueles que assumem um discurso radical contra toda e qualquer forma de pirataria, torçam para que nunca inventem um programa destruidor de computadores como eu falei.
Ah sim... Dentro da lógica vigente, quando comentar esse texto, uma produção intelectual de minha autoria, solicito que façam a citação e depositem em minha conta o valor de 0,50 por comentário falado e 1,00 por formato escrito. Os meus direitos autorais agradecem.
Em tempo: Pirataria sozinha não tira emprego. O que tira emprego é juros altos, carga tributária abusiva, mau uso do dinheiro público, corrupção, encargos trabalhistas pesados... enfim, há mais coisas na lista dos vilões.
sábado, 1 de janeiro de 2011
Senso incomum nacional - reveillon!
Senso comum é, como todos já devem saber, a ideia de que uma coisa vale para todos sempre ao mesmo tempo. Todo brasileiro gosta de futebol e samba, todo baiano come acarajé, todo nordestino adora forró, todo carioca vive na praia, todo paulista só sabe trabalhar e ir para Praia Grande nos feriados.
Acreditem! Compactuar com esse pensamento é desistir de pensar por conta própria. Digo isso pois sou vítima de um senso comum terrível. Festa boa é aquele cheia de gente, muita bebida e música alta. Odeio muvucas, música alta e gente embriagada falando cuspindo. Ou seja, odeio reveillon e carnaval.
E digo ainda que o reveillon é pior, pois vem gente que você nunca viu te beijar, abraçar e dar feliz ano novo com se te conhecessem há anos. E a contagem regressiva... que coisa escrota! Estamos em horário de verão.. Conto quando? Uma hora depois para ficar mais certinho? E aquele montoeira de gente colorida acreditando fielmente que branco traz paz, calcinha vermelha traz paixão, roupa amarela traz dinheiro... Olha só pessoal: branco suja fácil, calcinha vermelha é lingerie de pomba-gira e amarelo vai te deixar igual a um sinal luminoso já que é a cor mais visualizável pelo olho humano. No mais, nada muda.
E o show da virada.. cara, que merda é aquela todo ano igual cheia de música baiana e conjuntinhos "teen" que fizeram sucesso no ano que terminou? E afinal de contas, quantas Ivetes Sangalos possui a Bahia? O estado que mais produz "Ivetes Sangalos" no mundo...
De uns anos para cá, muitos hotéis fazendas e locais de turismo do gênero estão produzindo pacotes para esse público com aversão ao senso comum. Ou seja, sem música alta, sem bebedeira, sem muvuca.. com muita tranquilidade, espaço para crianças, natureza... coisas do gênero.
Sinto-me como o Brasil em 1500.. acabo de ser descoberto.
quarta-feira, 24 de março de 2010
De frente para o crime - caso Nardoni em metáforas
"Está lá o corpo estendido no chão, em vez de rosto, uma foto de um gol, em vez de reza, uma praga de alguém. E um silêncio servindo de amém./ O bar mais perto de pressa lotou, malandro junto com trabalhador, um homem subiu na mesa do bar e fez discurso pra vereador..."
Há uns dois anos toquei nessa questão e toco de novo. O que leva uma pessoa que trabalha, estuda, tem compromissos sociais etc a deixar sua casa em uma manhã, logo próximo ao horário do almoço, pegar ônibus, metrô, gastar dinheiro, andar, sentir calor com esse tempo maluco ou tomar chuva com as pancadas dessa época do ano a ir para a porta de um fórum só para gritar "justiça, justiça...." Pela televisão vi que havia gente até com banquinho para encontrar um bom lugar de onde pudesse gritar "justiça, justiça", ser filmado pela TV e ser ouvido por quem quer que seja.
Não entendo a motivação disso tudo. Não prego a indiferença, muito pelo contrário, mas essa mobilização me parece algo tão sem sentido, tão sem rumo. Ao chegar em casa, depois de sua manifestação de indignação, ficam indignados também com as atitudes do Dourado no BBB, ou com as traições do Marcos na novela. Trocamos o banquinho pela poltrona, trocamos as câmeras pelo anonimato das paredes de nossa casa e mantemos a torpe "solidariedade" sem sentido que move a tanta gente para a janela de frente pro crime. A música de João Bosco e Aldir Blanc nunca foi tão atemporal.
"Sem pressa foi cada um para o seu lado, pensando numa mulher ou num time. Olhei o corpo no chão e fechei minha janela de frente pro crime. Veio o camelê vender anel, cordão, perfume barato. baiana pra fazer um bom churrasco de gato..."
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