
domingo, 14 de junho de 2009
Estou cansado de concreto e sangue... quero viver em HOGWARTS.

domingo, 7 de junho de 2009
Educando às avessas

domingo, 31 de maio de 2009
Pirataria por pirataria.

domingo, 3 de maio de 2009
Papo de dentista

O rapaz chega na sala de espera. Na parede, quadros baratos, um sofá, uma música ambiente... uma mesinha com uma pilha de revistas de fofoca. Até hoje não entendo por que dentista acha que todo mundo se interessa pelo novo namorado da Ana Maria Braga e das férias da Suzana Vieira em Itaparica.
Aguarda, aguarda... A porta se abre.
- Bom dia!
- Bom dia!
- Vamos entrar?
Acomoda-se na cadeira. Abre a boca. Prepara-se psicologicamente, pois, daí para frente, alguém assumirá o controle de seu maxilar, de sua salivação e falará coisas que, para quem está do lado de fora, se ouvir, vai pensar mil coisas (“olha, eu vou colocar, se doer eu tiro”, “relaxa que eu vou dar só uma picadinha lá no fundo...”). A conversa começa.
- E aí, tem visto o fulano (um conhecido em comum)?
- agrunfunfgn...
- É. Eu também não tenho visto há um tempo.
- ghurnerghh
- É mesmo. E você também está trabalhando fora?
- rgunoooorgue
- Ah.. ta. É. Aqui não tem muito campo.
- greunhunooonuun.
- É mesmo. Eu sempre falo isso para o meu filho. Mas garoto novo não ouve mesmo.
-gruuuuughuennuumm
- Ah.. deixa eu colocar um sugador aqui.
- huuummm
- Bom, eu vou começar. Se doer você fala que eu tiro.
- huum?
- Mas é isso aí.
- adredgunhiuen...
- É eu penso assim também, conclui o dentista.
E a conversa segue por mais uns 30 minutos entre um homem de branco e alguém que, aparentemente, domina um idioma alienígena.
O dentista termina, retira os objetos da boca e te libera para vagar com a boca dormente mundo a fora e, ocasionalmente, mordendo o próprio lábio sem sentir.
Experiência sempre bizarra.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Blogue é gênero textual?

Pensei, pensei e lembrei que quanto mais a gente estuda mais a gente tem dúvida e mais a gente inveja o paraíso dos ignorantes, onde todas as certezas são achadas em cada esquina ou vendidas em portinhas de beira de rua.
Bem.. comecei. Minha área não é lingüística textual, mas com o que tenho observado acho que podemos começar a entender como um gênero textual caracterizado por uma série mecanismos que o tornam único. E daí saiu uma daquelas conversas que desviam aula e te dá a sensação que o aluno está tentando fazer você deixar a sintaxe descritiva para o lado e trazer a prosa para um outro rumo. Mas aceitei o fio daquela meada e engatei no assunto.
O texto do blogue pede a dinâmica da comunicacão na internet e todos os excessos, como já disse alguma vez por aqui, estragam-no. Esse texto possui um tamanho que, quando grande, extrapola alguns cliques abaixo da tela que o usuário tem na frente; a linguagem é rápida e pede pouco auxílio de dicionário e quando precisamos disso, colocamos o texto em hipertexto para a wikipédia ou outro site; os temas devem ser fugazes, mas não, fúteis e, quando transbordam erudição e hermeticismo, o leitor foge, pois ainda estamos longe do hábito de ler em tela de computador. O blogue é a literatura do free lancer, o espaço da livre expressão gratuita.
O espaço do direito de se manifestar, seja você doutor ou miguxo(a), mas isso não implica que você será lido ou admirado, pois os outros exercem o direito inalienável de ignorá-lo solenemente.
Blogue não é um jornal eletrônico ou um livro em capítulos on line, blogue é, enfim,.. um blogue. E ainda há muito para se discutir do que vem a ser isso.
O meu amigo Wander me disse, certa vez, que só quem lê blogue é blogueiro. Acho que, em parte ele tem razão, e só se poderá começar a desenhar o gênero textual blogue quando superarmos esta fronteira da tela do computador.
domingo, 19 de abril de 2009
A sublime arte de ouvir

terça-feira, 14 de abril de 2009
Das coisas e da medida das coisas.

segunda-feira, 30 de março de 2009
Guia prático de cinema em tempos de twitter

Titanic Um cara e uma mulher numa historinha de amor melada e um barco que afunda no final e já sabíamos disso no início.

Jogos mortais Um cara psicopata que "se acha" e sai fazendo justiça torturando com criatividade todo mundo que ele acha que não presta. Do lado de cá da tela, um monte de cara semi-psicopata achando que os torturados merecem aquilo.
Menino da porteira Uma música, o Daniel cantando e um menininho que morre atropelado por um boi no final. E também já sabíamos disso, pois conhecíamos a música. Ah sim.. o menino pulava quando ganhava moedas no filme também.
P.S.:Quando lançarem o filme “Filho adotivo”, o velho pai irá pra um asilo e quem vai ampará-lo será o filho adotivo e não os outros seis f**ilhos da p***uta que eram filhos legítimos. Isso porque já conhecemos a música também.
Didi e X (preencha como quiser) Renato Aragão usando ternos com ombreiras imensas e falando Cuma, Cuma, Cuma.... e dizendo meu nome é Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgina.... ! Mais o quê? Você ainda pergunta isso?
Rocky, o lutador Um lutador branco que dá uma surra num lutador negão americano. Apanha para caramba no início, quase desiste e, no fim, compensa sua frustração ariana de ser freguês e tomar surras homéricas dos afrodescendentes desde que inventaram o boxe.
Atração fatal Um cara trai a mulher e tem seu coelho cozido como uma espécie de ameaça a ele. Produto da ética puritana. Só escolheram mal.. Gleen Close como amante não vale o risco.
Proposta indecente $ 1.000.000 de dólares para ir para cama com a Demi Moore. Sinceramente, não esta valendo isso tudo não. Mas os caras precisavam ter um mote para discutir até onde vai a fidelidade.
Assédio sexual Demi Moore (olha ela de novo!) assedia um cara e o força a ter relações com ela usando seu posto hierárquico na empresa. Mas por que a Demi Moore...? Ser assediado por ela é mole. Queria ver é ser assediado Wesley Snipe que não aceita que você não seja gay e quer sodomizá-lo.... à força.
E isso aí.. Em tempos de TWITTER, dê sua contribuição. Ajude a resumir roteiros e facilitar a vida daqueles que sofrem de preguiça de assistir filme, ler jornal, ler revista....Só ficam twitando por aí...
quarta-feira, 25 de março de 2009
Números e fatos: apologia à dúvida
