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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Músicas cantadas erradas: o ranking das dez mais

Reconheço que, como minha esposa diz, não ouço bem as coisas e acabo entendendo tudo errado. Mas me limito a entender errado e não repetir, pelo menos, não muito. Por outro lado, conheço gente que entende errado, enche a boca e sai repetindo ad nauseam. Até porque não sabe que está errado até que tirem um sarro da cara dele(a). No campo da música a coisa assume proporções impressionantes e basta um pouquinho de atenção para ver gente cantando “do que a terra, margarida, teus risonhos, lindos campos têm mais flores...”. Tudo bem, vá lá.. Ninguém usa a palavra garrida.. ainda mais "MAIS GARRIDA"... Agora, a palavra margarida tem um uso bem difundido, desde a namorada do Donald até a florzinha. Mas o que me diverte foi o que já ouvi e vi... Cantem comigo e se quiser veja o link para a música certa.

"Se alembra" dessa paixão, faz sorrir ou faz chorar.. (A lenda, cantada pela Sandy e Júnior)
Se o quê??? Ah.. eu “me alembro” sim..

Um novo tempo, “apesar dos amigos” (Novo tempo, Ivan Lins)
Pô.. esse cara tá mal de amigos, hein.

Na madrugada, vitrola rolando um blues. "Trocando de biquini" sem parar.. (Noite do Prazer, Claudio Zoli)
Tá legal... Pra que ficar trocando de biquini sem parar? De madrugada?

"Corri pela ilha", descansa meus olhos... (Sonífera ilha, Titãs)
Correu por onde?

Vai no cabeleireiro/ "No eletricista."/ Malha o dia inteiro. /Vida de artista (Burguesinha, Seu Jorge)
No eletricista... ah sim.

Mas é você que é "mal passado" e que não vê que o novo sempre vem... (Como nossos pais, Belchior)
Então é um bife.

Mais fácil "apedrejar pôneis em Bali" (Se, Djavan)
É. Apededrejar pôneis em Balli não é fácil não..tá rindo de quê?

Vital e sua moto, mais que "um leão" feliz (Vital e sua moto, Paralamas)
Sim. Um leão, mas um leão feliz. olha só que bonito.

Um filme e "atolar num patê" (Tão seu, Skank
Atolar num patê é quase erótico, né não?

Amanhã, às duas horas, "na Finlândia" (Faroeste Caboclo, Legião Urbana)
Esse foi longe... 

domingo, 19 de abril de 2009

A sublime arte de ouvir

A vida nos dá grandes lições e a maior delas são aquelas que têm como protagonistas os outros e não nos mesmos. Como em um filme, assistimos aos erros alheios e, se atentos formos, aprendemos como agir ou, melhor ainda, como não agir. Já vi quedas de onipotentes que, cegos por suas certezas, tropeçaram nas pernas.

As grandes lições que tirei da minha vivência em ambientes corporativos é que cada vez temos mais chefes e menos líderes. Ao líder é inerente o culto ao "ouvir", mas ao chefe, a cegueira da própria vaidade faz com seus ouvidos se lacrem e o único som que lhe chegue é o que já está dentro de sua cabeça. Sabe que, por isso, há alguns anos abdiquei do desejo de falar com pessoas que não querem ouvir. Diante delas, eu ouço, coloco o cérebro no piloto automático e sigo em frente.

É necessário ouvir para concordar e discordar, para entender e até mesmo não entender, para gostar ou detestar. Entretanto, na ânsia de falar ou de impor o que temos a certeza de que é o certo, esquecemos que o certo é não impor, mas compartilhar a decisão para vermos se ela está correta. Em cargos de comando, a maioria das pessoas se nega a ver que, na vida, nunca somos, só estamos. E vivemos como se fôssemos... assim, para sempre. Mas não somos. 

Um retrato dessa falta de "ouvintes" é que, ao abrirmos um jornal vemos cursos de oratória, como falar, como impostar a voz, como ser eloquente, mas nunca vemos um curso de "como ouvir bem", "o que devemos prestar atenção quando falam conosco", uma espécie de arte "auditória". 

E, assim, seguimos, falando, falando, falando... e, às vezes, ouvindo em um mundo em que a natureza já nos proveu sabiamente de uma boca e dois ouvidos, para que fizéssemos uso mais destes do que daquela.

Em tempo:
Constatação aos 37: Na minha vida obtive mais benefícios quando ouvi do que quando me aventurei a falar quando devia, somente, ouvir.