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domingo, 14 de agosto de 2011

Policiais, Ministério Público e a lógica da presidente

Na semana passada, a presidente Dilma, diante de inúmeros escândalos de corrupção no Ministério do Turismo, disparou em seu pronunciamento que era preciso apurar a ação da Polícia Federal nessas investigações. (Hã..?? Como assim?)
Talvez a presidente tenha razão. Os caras roubaram, desviaram, fraudaram e faziam isso há um tempaço. Vivíamos bem sem saber disso. Veio a danada da Polícia Federal e do Ministério Público e expuseram desnecessariamente as pessoas por uma coisa que poderia ser resolvida nos gabinetes e dar no mesmo que vai dar agora. Ou seja, em nada, pois, muitos deles fazem parte da articulação que constitui e mantém o poder hoje.
Ah... Polícia Federal e Ministério Público (isso sem falar na imprensa golpista e subversiva) que insistem em se meter em assuntos dos outros. Era o dinheiro de vocês que estava sendo desviado? (não me venham com essa história de dinheiro público. Vocês sabem que ele não é de vocês) Vocês deixaram de receber salário por causa da ação deles alguma vez? Não. Então sosseguem nos seus bons proventos e se preocupem com coisas mais relevantes. Com tantos traficantes, assassinos, contrabandistas e outros criminosos perigosos soltos e vocês atrás dos rapazes do turismo que só pecaram pela boa fé de confiar em quem não devia. Tenham paciência!
Como em um caso de adultério, o marido, tecnicamente, não é corno até que se saiba. Aí vem alguém e fala... A culpa é da esposa adúltera? Não. É de quem falou.
Fecho com a presidente. Vamos apurar o que andaram fazendo esses caras da PF e do MP. Vamos decretar prisão de preventiva de todos eles e mantê-los afastados da ordem que conduz ao progresso deste país.
Policiais e promotores na cadeia, políticos corruptos do lado de fora... Reina a ordem e a paz na terra de Cabral.

Por favor, agora é sério, parem o mundo que eu quero descer!

domingo, 7 de junho de 2009

Educando às avessas

Há o torpe raciocínio de que inserindo a obrigatoriedade de cantar o hino nacional e proibindo de usar boné nas escolas teremos um país mais patriota e organizado. Nas escolas do município do Rio de Janeiro, por exemplo, o professor ganha um lap top, mas se precisar de uma cópia de texto por aluno para trabalhar todas as semanas, não pode. Sabe onde eu quero chegar com esse papo?
São quase 20 anos de educação e eu vi inserirem disciplinas, retirarem disciplinas, modificarem currículos, mas algumas coisas são imutáveis: o professor continua sendo mal remunerado, mal capacitado e a escola continua restrita a um tempo comprovadamente insuficiente para oferecer o mínimo aos alunos. 
Na leva de um ensino sucateado, vieram as promoções automáticas, os sistemas de cotas e outros paleativos que buscam resolver na canetada o que, na verdade, custa dinheiro, planejamento e tempo. Surgiram até os amigos da escola, uma iniciativa louvável, mas que merecia uma orientação mais política e menos tapa-buraco. Se quer ajudar, por que não se movimentar como organização não-governamental para pressionar os políticos a definirem uma postura efetiva e planejada para a educação. 
Desculpe-me a secura face às boas intenções, mas entrar em escola para dar aula de capoeira de graça ao invés de pressionar as autoridades a capacitarem os profissionais já existentes para isso é resolver o problema de uma unidade de ensino. Somente uma...
Mas aí você diz, mas e a história do beija-flor? Lembra? Ele está fazendo a parte dele e você?
Pois é, são séculos de trabalho de beija-flor para chegar no pé que estamos... Não está na hora de parar com esse jogo de contente e admitir que os beija-flores podem ser bem intencionados em suas ações, mas um fracasso na capacidade de mobilizar forças em torno de uma causa? 

Em tempo:
Ah sim...
Só não terminaram de dizer que, na história do beija-flor, ele morreu queimado e a floresta ardeu em chamas até a última tora.

A floresta ainda está ardendo em chamas enquanto as crianças cantam o hino nacional enfileiradas nos pátios.... todas sem bonés.