domingo, 22 de março de 2009

A crise e o efeito manada... o que é fato e o que é boato.

Entendendo parte da história...

O empresariado trabalha sobre projeções de demanda do produto ou serviço que ele oferece e faz o seu investimento e planos de crescimento em cima disso. É como se dirigíssemos um carro sempre pensando no que vamos fazer exatamente nos próximos 6 quilômetros... calculando, imaginando trajetórias, avaliando o desgaste do veículo, analisando o tempo de percurso... e vai por aí. Se você tivesse uma informação (falsa ou verdadeira. Você não sabe) de que há uma barreira logo nos quilômetros seguintes, o que você faria? Certamente, reduziria a velocidade e aumentaria a sua cautela, certo?

Partindo disso, quer tentar entender a crise atual? Parte dela é real, a outra parte é correria porque, um dia, alguém ouviu alguém gritar corre, olha o touro solto... todo mundo correu e ninguém ainda olhou para trás para ver o tamanho do touro.. mas uns juram que já ouviram o som dos passos dele... E pelo jeito seria um dos grandes.. outros dizem que nem tanto...

Mas, por via das dúvidas..
Então.. Coooorree!!! Olha o touro solto!


quarta-feira, 18 de março de 2009

Argumento e contra-argumento



Em uma roda de discussões de homens, há sempre os que apelam para argumentos fortes de que Deus realmente existe....



Mas sempre existe um ateu (do contra) para rebater o que parecia irrefutável.



E segue o impasse, paraíso dos agnósticos.

domingo, 15 de março de 2009

Os culpados são sempre os outros

[na faculdade, na escola... e em outros lugares]

Se atrasei a entrega, é porque não me disseram o que fazer.
E se eu atrasei é porque tive uns problemas, sabe como é?
Se não ficou bom, foi porque não entenderam a minha proposta.
Ou não me explicaram direito, não me orientaram da maneira correta.
Eu fiz de tudo.
Se faltei aos encontros do grupo, é porque tive um compromisso, não pude desmarcar a tempo,
mas fiz o que foi pedido.
Se não deu para entregar, putz, aconteceu um problemaço.
Se eu me enrolei com os prazos, é porque eu tenho outros trabalhos a fazer.
Se alegam que eu tinha um ano para fazer, digo que um ano passa voando e quando vi... já foi.
Não foi cópia da internet o meu trabalho, foi aproveitamento de conteúdo pré-produzido.
Eu não queria copiar, só queria que o professor visse se aquele material era bom para o meu trabalho. Só tirei o nome do autor por distração minha.
E se tem uma coisa que agradeço todos os dias, é que para tudo há sempre culpados e um desses culpados, felizmente, nunca sou eu, são sempre os outros.

Ah “os outros”, parem de atrapalhar minha vida!

terça-feira, 10 de março de 2009

Papo de BBB... Nada com nada.

Não dá para fugir desse assunto em algum momento. Outro dia eu presenciei uma conversar entre os heróis do Bial, dos Brothers e confesso que depois de quase vinte anos de estudos, ensino e pesquisa na área de linguagem, eu jamais havia conteúdo de tamanha profundidade. Priscila (futura "Brasileirinhas") e uma outra chamada Fran, discutiam a atitude de uma sister, heroína do Bial (Bial anda mal de heroína... Bial anda viciado em heróina. Que droga!).

- Ah.. aí ela falou , pó sei lá.
- É nada a ver...
- O cara ta lá, assim, meio de páaa (sic)...
- É. Putz, mó (sic) falsa... caraca
- Ai eu falei pá, nada a ver.. sei lá fica falando assim.
- Pó. Só é, mó (sic) dissimulada (nota: gastou vocabulário aqui. Vai fazer falta um dia).
- É sei lá nada a ver, fazendo joguinho...
- Caraca. Só é.. sei lá.. nada a ver
- Eu sou assim... se eu gosto eu gosto mesmo, se eu não gosto, não gosto..
- Putz. Também... só. Nada a ver.
(e a conversa prosseguiu assim por uns 3 minutos mais ou menos)

Depois disso tudo, eu penso:
"Caraca, sei lá, nada a ver.... e digo mais, sei lá nada a ver, mil coisas..."
Tenho dito.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Das medidas de relevância de um texto.

Mede-se a relevância de um texto pela capacidade que ele tem de revelar emoções em quem lê. A capacidade de enternecer, de fazer refletir, a capacidade de incomodar são vitais ao bom texto. Ou seja, um movimento único no sentido de retirar o indivíduo da sua inércia absoluta e cômoda que o priva do raciocínio. 

Se o texto incomodou, se levou a pensar, pronto, virou referência. Por outro lado, quando ele é mal lido, desperta as acusações mais descabidas, mas logo há quem retifique em um comentário e que demonstre que entenderam mal e que a idéia não era essa. Todo bom texto, de certa forma, sempre desperta a ira de quem acha que kkkk legal seu blog, visite o meu” é uma forma legítima de expressão. Para alguns, talvez o seja, afinal, o nosso senso crítico e nossa capacidade de pensar são as margens que limitam nossa percepção do universo. 

É fato que pedir que se entenda certas coisas para algumas pessoas é angustiar-se na eterna busca de receber algo de quem não o tem para oferecer. E como diz Djavan, “sabe lá o que e não ter e ter que ter para dar, sabe lá”.. E resta ao indivíduo o conforto da ignorância que abranda toda a dimensão da escuridão. Sempre achei que, quando formulou o mito da caverna, Platão se esqueceu de dizer que, a alguns, ainda excitam e atraem as algemas e a escuridão.... É quase um fetiche, uma perversão pela própria ignorância.

A idéia é que uma boa leitura do texto e uma releitura do que você comenta nos blogues são as chaves-mestra de uma participação relevante, pois, além de ser seu cartão de visita, é uma maneira de expressar respeito por quem postou. Muitas vezes, esquecem que, mesmo por trás do anonimato de um apelido e um teclado, há algumas “regras” que fazem bem a todo relacionamento humano. E o respeito é a mais sagrada delas.

A minha contribuição foi dada e não é o pecado da omissão que garantirá minha cadeira cativa no inferno...

Por conta desse pecado não.
De outros... é bem provável... rs

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

É carnaval... imagens e flashes.. sempre mais do mesmo.

Entra ano e sai ano, é sempre o mesmo. Um BBB na avenida, muvuca em Salvador (calor, um monte de gente se acotovelando, barulho ensurdecedor, um cheiro de suor desgraçado... enfim, folia), tradições estranhas de roupas brilhosas e sempre alguém dizendo que aquele é o maior bloco no mundo (Claro, aquilo só tem ali). Por fim, no Rio, um puxador de samba gritando "oooooiiii" antes de começar um samba e, na Bahia, alguma cantora super sexy gritando "sai do chão" em cima de um trio elétrico.


Mas há os personagens dessa folia que são o tema dessa postagem. Foliões anônimos que trazem alegria, ilustram as fotos de jornais e tornam o carnaval a eterna festa do "mais do mesmo" sempre.

Os filhos de Gandhi

Um dos mais tradicionais blocos do carnaval baiano, os filhos de Gandhi, vem seguido pelo bloco, as ex-esposas de Gandhi e o carnaval fecha em uma enorma batucada com o bloco Advogados das ex-esposas de Gandhi em frente ao fórum de Salvador.

Nesse momento, vestidas com roupas tradicionais de peruas e documentos nas mãos, é feita a tradicional cerimonia de lavagem de roupa suja nas escadarias do prédio e em frente ao juiz.



sábado, 21 de fevereiro de 2009

Leitores e visitas: confissões de um diletante.

Todo leitor é uma visita, mas a recíproca não é verdadeira, ou seja, nem toda visita é um leitor. Quando criei o Saco de Filó, tinha em mente ser lido. Óbvio. Ponto final. Mas a grande dúvida seria onde achar este leitor. Eu tinha alguns colegas de e-mail, descobri as comunidades do Orkut, depois o DiHITT e, por aí, eu fui.
Hoje, mais de um ano, mais de 3500 comentários e quase 220 postagens depois, aprendi algumas coisa que sempre compartilho com quem chega agora. Por exemplo, quando um colega me diz que vai montar um blogue, eu sempre pergunto: o que você pretende com um blogue? Você quer leitor ou visitas? Se a resposta para a segunda pergunta é “visitas”, respiro aliviado porque sei que é um caminho menos árduo. Descobri que conseguir 200 visitas/dia é fácil. Difícil mesmo é conseguir 5 leitores/dia.
Certo dia (nas férias), tirei o dia para catar visitas e consegui mais de 200 visitas em pouco tempo. No dia seguinte, sem a operação "cata visitas," voltei às minhas 70 visitas/dia.... repeti o processo por mais dois dias e obtive os mesmos resultados. E, nos dias que seguiam a caça de visitas, voltava aos meus 60/70 casos. Que conclusão eu tiro disso?
O blogue havia cativado um número fixo de leitores e o processo de garimpagem de mais leitores (Já escrevi sobre isso aqui) é uma estafante tarefa e que surte resultados relativos. Como não tenho intenção de monetizar blogue (começou como uma brincadeira e continuará como tal) desisti do trabalho da "cata à visita".
É isso que muitas pessoas não entendem: quem o visita, não necessariamente o lê. Pelo teor de alguns comentários fica muito evidente essa relação. Por exemplo (já vi algo bem parecido), uma postagem, 300 visitas/dia, 3 comentários, somente um mais ou menos pertinente, os outros dois ao estilo “kkkk legal seu blogue. Visite o meu”.... Na verdade, foram 300 espectros que, na maioria das vezes, não fazem idéia do que havia no site... Até que ponto me interessa essa número? Sinceramente, a mim, não interessa.
Sou bloguista (um misto de blogueiro com alma de artista), quero ser lido, quero incomodar, quero ajudar a pensar e quero que me vejam como um eterno diletante da blogosfera.


Em tempo

Não tenho do que reclamar. O Saco de Filó é o terror dos “kkk legal
seu blogue” já ganhei até postagem em outros blogues descendo a ripa em mim. Mas se você vir o blogue em que foi postado isso, soa como uma ironia e o que pretendia ser ofensa, torna-se uma piada tosca e mal escrita. O Saco de Filó é a cara e o nível de seus leitores, basta dar uma olhada nos comentários das postagens.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Webmala I – descobriu o PC.... o início.

Adailto comprou um PC em suaves 12 prestações nas casas Bahia e pagou no cartão. Até então, ele só conhecia o equipamento de lan houses ou do trabalho. O mundo digital entrou em sua vida e fez de Adailto o mais novo plugado da web. Todos os seus trabalhos impressos para faculdade vinham com ícones do Word na capa, margem colorida e letras com aparência de derretimento ou gótica. Ele gostava de explorar os recursos. Fez cartões pessoais, cartões de natal, convites para churrasco, batizados, bar mitzvah, iniciação esotérica....
Registrou um e-mail no Yahoo e outro no Google, criou um perfil no Orkut.... sempre que pode, passa os dias deixando scraps de "bom fds" e feliz aniversário para Deus e o mundo. Ele acha que a internet é uma ferramenta que vai mudar o mundo e se dedica a espalhar e-mails que tornem as pessoas mais ricas com trabalho em casa, e-mails para dar dicas de como aumentar o pênis, e-mails para auxiliar a obtenção de dinheiro para pessoas com doenças terríveis e raras, correntes de fé, e até repassa avisos de que o MSN vai começar a ser pago se você não repassar para todos de sua lista. E, finalmente, adora Powerpoints de anjinhos com mensagens engrandecedoras... Muitos anjinhos... muitas mensagens...

Adailto trabalha por um mundo melhor..
Um mundo chato para cacete, mas melhor...
 
Nota: Adailto sempre começa uma conversa no MSN com oooiieee (mais emoticon)... É super estiloso...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Quanto vale um cavalo de $ 3 milhões e um vibrador de ouro.

Outro dia eu estava assistindo a um programa chamado “Como gastar um bilhão de dólares” (How to blow a billion) na TV por assinatura e o apresentador mostrava as dicas de como “torrar” um bilhão de dólares. Em determinado momento, mostrou um lugar na Arábia Saudita em que comprar um cavalo por 3 milhões de dólares (aproximadamente, uns 7 milhões de reais) é básico, normal.
Não quero ser moralista, mas fico pensando no que leva uma pessoa a gastar 3 milhões de dólares com um cavalo. Investimento? Não. Eu conheço uma lista de 100 investimentos muito melhores do que esses cavalos. E convenhamos quantos desequilibrados você conhece que estão dispostos a pagar isso por um cavalo? Não, os Xeques árabes não investem em cavalos, eles compram cavalos por hobby, explicou o apresentador.
Acho isso de uma ironia cruel. A região do oriente médio é uma das detentoras de maior índice de desigualdade no planeta, reduto de conflito e ódio (de certa forma, agora vou entendendo...)
 
 
Onde o cara vai enfiar um cavalo de 3 milhões....??
(com relação ao vibrador de ouro, a pergunta anterior é meramente retórica)

Em tempo: Sei não, mas o vibrador parece um telefone sem fio... Sei não, mas isso vai dar confusão.