
domingo, 28 de junho de 2009
Invasão de privacidade em tempos de web

segunda-feira, 22 de junho de 2009
Onde começa a vida dos outros

domingo, 14 de junho de 2009
Estou cansado de concreto e sangue... quero viver em HOGWARTS.

domingo, 7 de junho de 2009
Educando às avessas

domingo, 31 de maio de 2009
Pirataria por pirataria.

domingo, 3 de maio de 2009
Papo de dentista

O rapaz chega na sala de espera. Na parede, quadros baratos, um sofá, uma música ambiente... uma mesinha com uma pilha de revistas de fofoca. Até hoje não entendo por que dentista acha que todo mundo se interessa pelo novo namorado da Ana Maria Braga e das férias da Suzana Vieira em Itaparica.
Aguarda, aguarda... A porta se abre.
- Bom dia!
- Bom dia!
- Vamos entrar?
Acomoda-se na cadeira. Abre a boca. Prepara-se psicologicamente, pois, daí para frente, alguém assumirá o controle de seu maxilar, de sua salivação e falará coisas que, para quem está do lado de fora, se ouvir, vai pensar mil coisas (“olha, eu vou colocar, se doer eu tiro”, “relaxa que eu vou dar só uma picadinha lá no fundo...”). A conversa começa.
- E aí, tem visto o fulano (um conhecido em comum)?
- agrunfunfgn...
- É. Eu também não tenho visto há um tempo.
- ghurnerghh
- É mesmo. E você também está trabalhando fora?
- rgunoooorgue
- Ah.. ta. É. Aqui não tem muito campo.
- greunhunooonuun.
- É mesmo. Eu sempre falo isso para o meu filho. Mas garoto novo não ouve mesmo.
-gruuuuughuennuumm
- Ah.. deixa eu colocar um sugador aqui.
- huuummm
- Bom, eu vou começar. Se doer você fala que eu tiro.
- huum?
- Mas é isso aí.
- adredgunhiuen...
- É eu penso assim também, conclui o dentista.
E a conversa segue por mais uns 30 minutos entre um homem de branco e alguém que, aparentemente, domina um idioma alienígena.
O dentista termina, retira os objetos da boca e te libera para vagar com a boca dormente mundo a fora e, ocasionalmente, mordendo o próprio lábio sem sentir.
Experiência sempre bizarra.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Blogue é gênero textual?

Pensei, pensei e lembrei que quanto mais a gente estuda mais a gente tem dúvida e mais a gente inveja o paraíso dos ignorantes, onde todas as certezas são achadas em cada esquina ou vendidas em portinhas de beira de rua.
Bem.. comecei. Minha área não é lingüística textual, mas com o que tenho observado acho que podemos começar a entender como um gênero textual caracterizado por uma série mecanismos que o tornam único. E daí saiu uma daquelas conversas que desviam aula e te dá a sensação que o aluno está tentando fazer você deixar a sintaxe descritiva para o lado e trazer a prosa para um outro rumo. Mas aceitei o fio daquela meada e engatei no assunto.
O texto do blogue pede a dinâmica da comunicacão na internet e todos os excessos, como já disse alguma vez por aqui, estragam-no. Esse texto possui um tamanho que, quando grande, extrapola alguns cliques abaixo da tela que o usuário tem na frente; a linguagem é rápida e pede pouco auxílio de dicionário e quando precisamos disso, colocamos o texto em hipertexto para a wikipédia ou outro site; os temas devem ser fugazes, mas não, fúteis e, quando transbordam erudição e hermeticismo, o leitor foge, pois ainda estamos longe do hábito de ler em tela de computador. O blogue é a literatura do free lancer, o espaço da livre expressão gratuita.
O espaço do direito de se manifestar, seja você doutor ou miguxo(a), mas isso não implica que você será lido ou admirado, pois os outros exercem o direito inalienável de ignorá-lo solenemente.
Blogue não é um jornal eletrônico ou um livro em capítulos on line, blogue é, enfim,.. um blogue. E ainda há muito para se discutir do que vem a ser isso.
O meu amigo Wander me disse, certa vez, que só quem lê blogue é blogueiro. Acho que, em parte ele tem razão, e só se poderá começar a desenhar o gênero textual blogue quando superarmos esta fronteira da tela do computador.
domingo, 19 de abril de 2009
A sublime arte de ouvir

terça-feira, 14 de abril de 2009
Das coisas e da medida das coisas.
