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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A exposição e o espectador

Outro dia me perguntaram se eu havia visto a exposição do patrocinada do Santander que causou polêmica no Rio Grande do Sul e o que eu achava. Na verdade, não vi porque fica em Porto Alegre e não vou lá por aquelas bandas há um tempo. Mas enfim... Aí vem a discussão. Vi na internet as imagens que, sinceramente, são grosseiras como a pintura de um cara transando com um bicho, uma criança com os dizeres criança viada etc... Sinceramente, tenho dificuldade de entender o propósito da amostra além de chocar as pessoas que sejam mais suscetíveis. O que não é o meu caso. Não me afeta esse tipo manifestação. Olho, penso: "putz, que troço escroto" e sigo em frente.

Mas há duas coisas em jogo: a liberdade de expressão e a responsabilidade jurídica sobre seus atos. Se considero escrota essa forma de expressão que só serve para dar votos a uma direita radical que cresce no Brasil (sim.. esse tiro sai pela culatra e elege os conservadores), também penso ser absurda qualquer forma de censura. Deixa fazer, se o fato caracterizar algum tipo de violação ou apologia a ato ilegal, que se aplique a lei. Não sei, mas expor como forma de arte, ou de certa forma, conteúdo formador de opinião, pedofilia ou zoofilia, creio eu violar de alguma forma as leis brasileiras e comprometer a segurança de alguém (no caso, crianças e animais). Não sei... isso é papo para os juristas.

sábado, 4 de agosto de 2012

Quando a ideologia legitima a violência...

Quando os argumentos cessam,
a violência convence.

Cresci em uma geração que aprendeu que violência de direita é crime, de esquerda, é luta por igualdade. Uma geração que trazia ídolos como Che guevara em uma camiseta de malha vermelha e se esqueciam de que aquela história de endurecer sem perder a ternura era conversa mole para boi dormir, pois, no paredão, chefiado por ele em Cuba, não havia ternura, mas ódio, revanchismo e loucura doutrinária. 
Falo isso, pois toda vez que vejo uma greve como foi a dos caminhoneiros recentemente, fico incomodado com os métodos de “convencimento”. Reinvidicar seus direitos, sejam eles justos ou não (não entro no mérito da questão aqui), é um direito seu, mas até que ponto o exercício do seu direito permite o cerceamento do meu. Vi na TV vários caminhoneiros (contrários à greve) que queriam trabalhar, mas tiveram o caminho bloqueado, o vidro do caminhão quebrado e sofreram ameaças físicas... E viva a democracia autoritarista que é professada pelo sindicatos há décadas. Você tem o direito de participar da greve e se não o exercer, nós o enchemos de porrada e tacamos fogo no seu caminhão... O que você escolhe? Nada como poder escolher, não é não?
Se a polícia tivesse intervindo e baixado a porrada nos líderes do movimento era um ato de violência e autoritarismo, mas se os líderes do movimento obrigam a adesão por meio de violência e coerção, não se trata de uma violência, mas de uma luta por direitos que conduzirão a conquistas para o bem comum... Sim. Entendi.
Quer dizer que dar um murro na cara de alguém não é violência, mas seu um homem de farda da um murro na cara de alguém é... Entendi.
Mas preferiria não ter entendido.

P.S.: E as viúvas do muro de Berlim retrucam que isso foi o que a TV mostra para desmoralizar os mártires do movimento. É verdade, esqueci que as TVs só mostram mentiras. Os únicos meios de comunicação que dizem a mais absoluta verdade são os jornaizinhos do PSOL, do PCB, do PC do B e dos sindicatos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cidades esquecidas.. estados esquecidos

De tempos em tempos, viajo pelo Brasil a serviço do MEC avaliando instituições de ensino. Em termos de dinheiro, não posso dizer que isso seja altamente gratificante, mas, em termos profissionais e humanos, há uma experiência inestimável que adquirimos nesse serviço. 
Na maioria das vezes, sou designado para cidades de pequeno e médio porte do interior do país que possuem instituições a serem avaliadas. Em meio a papéis, relatório e entrevistas in loco tenho sempre tempo para conhecer um pouco mais sobre aquele lugar ao qual fui designado e, possivelmente, nunca mais voltarei. A oportunidade ali é única e eu sempre aproveito.
Do nordeste ao centro oeste e daí a região norte, conheci um Brasil de cidades que nem o Brasil sabe que existe muito bem. Cidades que estão no mapa do IBGE, mas nunca as vimos quando olhamos. Cidades em que a riqueza do garimpo contrasta com a miséria da população, é o ouro maldito. Cidades em que a saúde fica a cargo dos alunos do curso de enfermagem, pois o poder público não oferece profissionais suficiente para atender a população. Cidades de ruas de terra a cem metros do centro, cidades que só carregam o nome de cidade porque um coronel local brigou para transformar sua área de ação em uma unidade estadual e, agora, junta-se com outros coronéis para formar uma unidade federativa alegando que o estado a que pertencem é muito grande e eles são esquecidos. Mas não informam que não terão com que se sustentar e a população continuará sendo esquecida.
Quem será lembrado serão os políticos que poderão criar mais cargos para seus apadrinhados e não terão que se preocupar com os custos do estado já que a união pagará essa conta em nome da “democracia”. 
Conheci cidades esquecidas que se tornaram propriedade de um outro senhor de terras, agora caminhamos para conhecer estados esquecidos sustentados pela federação. Como se não bastassem as contas que pagamos já existentes, em nome da “democracia” ampliamos nossa dívida.


sábado, 23 de abril de 2011

Democracia tutelada é a mais escrota das ditaduras


Eu assistia a um documentário outro dia no History Channel sobre as democracias tuteladas da america latina. Achei essa terminologia ótima para se referir a uma ditadura negociada. Se é que se pode dizer que isso exista mesmo. Tenho cá para mim que ditadura é ditadura e ponto final. Muitas se disfarçam de estados legítimos democráticos, mas se valem do poder econômico para perpetuar o poder. Um exemplo que me chama a atenção é a Venezuela.
Um líder que se elege a custo de poder econômico uma vez que detém a máquina do estado e dela faz o que bem entende, controla a impressa que considera golpista quando discorda dele (impressa golpista... parece que já ouvi isso por aqui no Brasil há bem pouco tempo atrás...) e assume uma postura de candidato a martir de um comunismo morto e enterrado há mais de 20 anos...
Enfim, não existe democracia tutelada. Democracia tutelada é ditadura legitimada.

domingo, 25 de julho de 2010

Pelo direito de não se falar o que se quer e nem de ser ouvido


Entre todos os argumentos contra, os militares incomodavam por que mesmo? Ah sim.. censura! Que bom que os tempos mudaram e, hoje, podemos viver num país em que conquistamos o direito à liberdade de expressão contanto que a expressão esteja dentro do conceito de liberdade determinado por lei.


Em tempo 1: Está cada dia mais difícil decidir em quem votar.
Em tempo 2: Será que eu estou morando na Venezuela e ainda não me contaram...