sábado, 10 de outubro de 2015
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Onde perdemos a ternura no caminho
Em algum ponto da nossa existência perdemos a dimensão do zelo com o outro em nome de ideologias que com o vento vem e na mesma brisa se vão. Lembro-me de algumas mulheres que conheci em minha vida que repetiam com orgulho que estava para nascer o homem que as faria ir para cozinha, nem para buscar água, concluíam.
Eu entendo que há toda uma carga histórica da cozinha como ambiente de opressão da condição feminina, mas nos esquecemos de que por trás do ato de cozinhar para o outro, está o ato de cuidar. Acho que negar esse gesto como manifestação de carinho é um grande equívoco. De uma mulher, recebemos o primeiro alimento que se confunde com carinho e proteção, o seio. O alimento é a maneira mais ancestral de dizer ao outro que amamos, que nutrimos, que cuidamos.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Tias Velhas, uma espécie em extinção
Tias velhas são uma instituição nacional. Desde minha mais tenra infância, eu me lembro delas nos aniversários de família em frente à TV (sim, "delas, pois elas andam em bandos, são seres gregários por natureza) e fazendo xiiiiiii para as crianças que faziam alvoroço em correrias que atrapalhavam escutar a novela.
Sempre me inquietou saber onde elas se escondiam nos dias em que não havia festas de aniversário. Talvez uma espécie de armário gigante onde ficavam em estado de hibernação e só saiam de lá para as festas em que se atualizavam das fofocas mais novas (quem casou, quem separou, quem tem o filho bem sucedido, quem tem o filho problemático, quem conseguiu bom emprego etc)
Sempre me inquietou saber onde elas se escondiam nos dias em que não havia festas de aniversário. Talvez uma espécie de armário gigante onde ficavam em estado de hibernação e só saiam de lá para as festas em que se atualizavam das fofocas mais novas (quem casou, quem separou, quem tem o filho bem sucedido, quem tem o filho problemático, quem conseguiu bom emprego etc)
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Realmente, de verdade mesmo...
Realmente, os números não mentem. Quem mente são as pessoas
que usam os números para se beneficiar de alguma forma dos resultados que se
podem extrair deles.
Olho com receio todas as pesquisas e tento entender como,
onde e qual foi o fluxo de coleta da amostragem e metodologia. Parece complicado, não é? Mas
até que não.
Por exemplo, vejo uma pesquisa sobre o extermínio de ovelhas
em uma determinada fazenda. Um lobo invade durante a noite e ataca matando
sempre algumas. Nessa mesma fazenda, existe 1 cabra para cada 7 ovelhas que
ficam no mesmo espaço. O número de cabras mortas é uma ou duas por semana no máximo
enquanto o de velhas pode chegar a 7 a 14.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Adão e a carteira de trabalho
E tudo começou em Genesis 3:1-24. Adão vacila, cai na conversa da Eva, come a maçã, comete o pecado, Deus paga geral e os expulsa sendo taxativo: "No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás" (Gênesis 3:19). Resumindo, Adão e Eva viviam às custas de Deus no Paraíso, o casal pisou na bola e foram os dois expulsos sendo condenados a trabalhar e pagar as próprias contas. Deus os lançou para fora do jardim do Eden penalizando-os a lavrar a terra de que foram feitos.
Condenados? Penalizados a trabalhar?
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Lógica do pum... transferindo direitos autorais
Eu voltava dirigindo outro dia escola de meus filhos, dois meninos muito ágeis em pensamento e resposta. O mais velho falava com o mais novo que um colega havia peidado uma vez na escola e passou a receber fama de peidorreiro e que, sendo o menino gordinho, gordinhos eram muito peidorreiros por natureza. No que eu intervim e retruquei:
- Pô, Daniel, todo mundo peida e você ficam pegando no pé do cara por isso.
- Não. Quem pega no pé são os outros. Eu não falo nada.
Continuei...
- E você também peida. Como é que você faz quando dá vontade?
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Um pouco mais sobre argumentação... parte I
Quando você fala que não concorda com uma determinada ideologia e encerra o assunto (ponto final) e uma pessoa, normalmente, altamente aderente à ideologia com a qual você não concorda diz: mas com o que é que você não concorda?
Isso significa. Fale para que eu possa convencê-lo do quanto eu estou certo, do quanto as minhas ideias são belas, justas e racionais.
Elas se esquecem de que o ponto final encerra um assunto e que ser convencido pressupõe interesse de convencimento pela parte passiva. Perguntar se a pessoa quer ser convencida é sempre saudável, honesto e digno.
No mais, o silêncio é o que se espera.
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