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sábado, 5 de março de 2016

Vampiros nas redes sociais

Há muitos anos, li sobre vampiros em um artigo de uma revista enquanto esperava em um consultório para ser atendido. Obviamente, não se tratava de sugadores de sangue noturnos das histórias. Era uma reportagem superficial que falava de pessoas que se alimentam da energia dos outros e nem se dão conta da vampirização que fazem. Procurei ler mais sobre o assunto depois daquele dia e comecei a perceber que, realmente, há pessoas que se alimentam da  nossa energia. 
Já percebeu que há pessoas que lhe causam intenso cansaço co breves períodos de convivência? Conversar com elas por 20 minutos equivale a horas de conversa pesada, tensa e terminamos como quem correu uma maratona?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Vida é curta para coisas diets

Sabe o que significa a frase Carpe Diem, de Horácio? Acho que todo mundo sabe. “Aproveite o dia”. Digo que sou de uma geração que, tendo sido obrigada a assistir ao filme Sociedade dos Poetas Mortos, aprendeu cedo. A ideia do poeta é aproveitar o dia. Mas o conceito é bem vago, uma vez que aproveitar é algo relativo. Alguns podem considerar aproveitar ao máximo, se entupir de alguma substância tóxica e ficar loucaço, outros, comendo desesperadamente, dormindo o tempo todo e não fazer nada. Mas isso não é aproveitar, isso é hedonismo destrutivo.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Quanto vale o profissional?


Outro dia um colega do curso de enfermagem, onde leciono comunicação e expressão, estava indignado. Ele dizia ter um processo trabalhista contra determinada empresa e que o advogado lhe cobrara 30% do que ele iria receber e explicou que isso era padrão. Dias depois o advogado lhe procurou para pedir se ele conseguia uns exames para ele (o advogado), obviamente, de graça. Ele não pensou duas vezes e disse:
- Olha, de graça não dá. Mas o que eu posso fazer é o seguinte: uma pessoa normal tem 70 quilos, você tem uns 110, eu faço um cálculo proporcional e te cobro com base no que uma pessoa do seu peso pagaria.
Ao que o advogado retrucou:
Ué, mas não é o mesmo exame?
E ele respondeu:
- Sim.. mas não era o mesmo processo?

Na verdade, não fica uma crítica ao advogado, mas um questionamento de quão pouco a saúde e a educação valem nesse país. Imagina se o professor cobrasse em função da limitação do aluno. Olha, você sabe muito pouco do conteúdo, vou ter que cobrar mais caro. Claro que seria um absurdo, mas a questão é: Por que dois setores de vital importância em uma sociedade são tão desmerecidos?
São quarenta anos de estrada e sinto-me seguro para dizer que educação e saúde são as duas coisas mais esculhambadas nesse país.
São temáticas bissextas... aparecem de quatro em quatro anos e logo desaparecem para reaparecer daqui a 4 anos.

Nível federal, estadual e municipal... Brasil , alcançando a isonomia da esculhambação!

sábado, 15 de setembro de 2012

Reflexões "sobre" as esteiras ergométricas

Há muitos anos comprei uma esteira ergométrica. É.. daquelas esteiras elétricas que lhe dão a sensação de fila de banco, você anda, mas não sai do lugar. Usei um tempo, cansei, abandonei na casa dos meus pais. Tempos depois trouxe para minha casa onde minha esposa usava com frequência. Ela quebrou, comprei outra que também quebrou.
As esteiras ajudaram muito as minhas roupas ficarem menos amassadas e, no tempo que tive uma em casa, andei consideravelmente menos amarrotado. Abandonei-a solenemente. Entretanto, devido a problemas de saúde no início do ano, acabei tendo que voltar à rotina de esteiras. Desta vez, em uma academia em minha cidade. Cansei entulhar minha casa com esteiras.
O que eu desprezei durante tanto tempo é o papel da esteira nas nossas reflexões. Na esteira, pensamos coisas, organizamos as ideias, fazemos planejamentos e até escrevemos coisas que mais tarde vão virar postagens em blogues. Tudo isso para esquecer que estamos ali. Isso, até hoje, pelo menos para mim, é a melhor estratégia para fazer essa rotina de exercício físicos e romper o sedentarismo.
São 60 minutos de reflexões e abstrações. É mais ou menos como se eu deixasse o corpo lá fazendo caminhada e levasse a alma para um local mais agradável como a cadeira na frente do computador, por exemplo. Enfim, já dominei a técnica e fiquei bom nisso.
Mas sabe que, no fim das contas, quando volto para meu corpo e o encontro suado e cansado, pego-o de volta como uma bolsa que deixei no guarda volumes, vou para casa, tomo um banho e começo meu dia... livre e leve, com quilos e quilos a menos de peso na minha consciência. 
Estranho, mas sabe que a perda de peso mais significativa foi essa. Perdi muitos e muitos quilos de peso na consciência de sedentario rumo a um infarto ou a uma doença que me incapacitaria. Emagrecimento de consciência é uma espécie de efeito colateral das esteiras.

sábado, 24 de março de 2012

Pesos e medidas - Quanto vale o profissional?


Outro dia um colega do curso de enfermagem, onde leciono comunicação e expressão, estava indignado. Ele dizia ter um processo trabalhista contra determinada empresa e que o advogado lhe cobrara 30% do que ele iria receber e explicou que isso era padrão. Dias depois o advogado lhe procurou para pedir se ele conseguia uns exames para ele (o advogado), obviamente, de graça. Ele não pensou duas vezes e disse:
- Olha, de graça não dá. Mas o que eu posso fazer é o seguinte: uma pessoa normal tem 70 quilos, você tem uns 110, eu faço um cálculo proporcional e te cobro com base no que uma pessoa do seu peso pagaria.
Ao que o advogado retrucou:
Ué, mas não é o mesmo exame?
E ele respondeu:
- Sim.. mas não é o mesmo processo.

Na verdade, não fica uma crítica ao advogado, mas um questionamento de quão pouco a saúde e a educação valem nesse país. Imagina se o professor cobrasse em função da limitação do aluno. Olha, você sabe muito pouco do conteúdo, vou ter que cobrar mais caro. Claro que seria um absurdo, mas a questão é: Por que dois setores de vital importância em uma sociedade são tão desmerecidos?
São quarenta anos de estrada e sinto-me seguro para dizer que educação e saúde são as duas coisas mais esculhambadas nesse país.
São temáticas bissextas... aparecem de quatro em quatro anos e logo desaparecem para reaparecer daqui a 4 anos.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Enfermagem de verdade, ofício para poucos

Leciono no curso de enfermagem há alguns anos e me faltou, nesse tempo, oportunidade dizer aos meninos e meninas de lá como eu os admiro. Muito alunos de alguns cursos da área de saúde querem é desfilar com jalequinho branco para todo mundo dizer: olha, lá vai um futuro “dr”. Hã.. como assim doutor? Bom, mas isso é outra história.
Os enfermeiros não. Raramente os vemos desfilando de jaleco embora no ambiente de trabalho usem as mesmas roupas que os “doutores”. (Hã..? Como assim de novo? Ah deixa pra lá.) O enfermeiro é uma espécie de médico a quem não cabem as glórias e o status dos homens de branco. Afinal, eles fazem o serviço pesado. Limpam cocô, tratam feridas purulentas, colocam sonda, carregam idosos quase desmontando as peças de tão debilitados, tiram sangue, recolhem urina e fezes, limpam o vômito e no meio dos excrementos humanos não há espaço para a glória. Quando muito gratidão, mas não glória.
Isso é vocação. Cuidar do próximo no sentido mais amplo da sua palavra, no sentido de ser as mãos que limpam e recuperam quando as suas mãos não mais atendem a essa função. Isso é doação. No final do expediente, os jalequinhos brancos  ficam pendurados no local de trabalho, pois eles sabem que jaleco não é roupa de grife e que rua é ambiente infectado para se desfilar com roupa que frequenta local com pessoas, muitas vezes, frágeis e expostas a todo tipo de infecção.
Não esperam o muito obrigado, não aguardam o rótulo de doutor, até porque, por sensatez, sabem que  doutor é quem cursou doutorado e não quem só fez a faculdade e se veste de branco.