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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Coisas nossas, falas nossas


Manias esquisitas dos falantes de português

Somos a terra dos falantes HIPERBÓLICOS. Aqui, as pessoas falam que isso ou aquilo é a oitava maravilha (na verdade só havia até ano passado 7), morremos de fome e continuamos vivos e ficamos carecas por saber algo durante muito tempo e, às vezes, ainda temos cabelo (menos eu, claro)
Mas o mais engraçado é o caso da frase “concordo com você em gênero, número e grau.” Pois é. Gênero e número, tudo bem. Mas GRAU. Bom, aí vai uma aula de graça:

Ao contrário do que trazem algumas gramáticas, grau é mais uma derivação ou como chama MATTOSO, uma derivação é voluntária (derivatio voluntaria). As pessoas flexionam porque querem, não porque “tem que”. A concordância se dá efetivamente com as flexões, não necessariamente com as derivações.

Dessa forma, concordar com o grau é um extremo mesmo, uma hipérbole (um exagero). Corresponderia a dizer:

Um caderninho pequeninho minúsculo

Esquisito, mas expressivo!

Obs.: Acho que a moça da foto exagerou na maquiagem...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Vida é curta para coisas diets

Sabe o que significa a frase Carpe Diem, de Horácio? Acho que todo mundo sabe. “Aproveite o dia”. Digo que sou de uma geração que, tendo sido obrigada a assistir ao filme Sociedade dos Poetas Mortos, aprendeu cedo. A ideia do poeta é aproveitar o dia. Mas o conceito é bem vago, uma vez que aproveitar é algo relativo. Alguns podem considerar aproveitar ao máximo, se entupir de alguma substância tóxica e ficar loucaço, outros, comendo desesperadamente, dormindo o tempo todo e não fazer nada. Mas isso não é aproveitar, isso é hedonismo destrutivo.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Quanto custa o carnaval? E quem paga a conta?


Entra ano e sai ano, sempre me pergunto isso. Quanto custa o carnaval? Não falo das festas nos sambódromos Brasil afora numa espécie de CTRL+C/CTRL+V do carnaval carioca, mas me pergunto sobre o custo colateral da festa. Qual o custo dos engarrafamentos? E dos acidentes? Qual o custo dos atendimentos médicos provocados pelos excessos? 
Qual o custo da limpeza? Qual o custo da segurança? E os banheiros químicos...? Quanto custam as festas de rua com seus conjuntos e bandinhas contratadas por prefeituras miseráveis para animar a multidão? E quanto custam os seguranças? Quanto custa montar o palco e as luzes? E os descontroles que geram danos ao patrimônio público ou privado, quanto custa pagar essa conta? E aqueles enfeites “sem vergonha que colocam na rua com iluminação adicional. Quanto custa aquilo?
E os mortos nas estradas, nas overdoses, nas brigas, nos excessos provocados pelas drogas e bebida (que para mim é a mesma coisa), qual o custo que se tem quando alguém morre e se projeta o ganho presumido com base na expectativa de vida e área de atuação? Quanto custa essa brincadeira toda?
Não. Não quero que a festa acabe. Acho que deve existir com seus excessos ou não. Só faço essa indagação para entender se, na relação receita despesa, estamos diante de um evento que nos dá grande lucro ou prejuízo. Acho que tudo isso deve existir, afinal, movimenta dinheiro para o comércio e serviços. Só me questiono é se o estado tem que financiar uma banquete onde só poucos comem os lucros. 
Que se dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, a começar por entregar a fatura para quem lhe é direito.