sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um saco de onomatopéias... amanhã que é bom.. tem texto novinho novinho...

Papo onomatopaico

Aí o cara começou...

-bla, blá, blá... bla, blá, blá... bla, blá, blá... De repente, fez cara de nojo e disse: bléeer...

- E o que você falou?

- A gente estava falando blá, porra! Não muda de assunto...
!


Adoro onomatopéias. Elas são a expressão maior do que se quer dizer quando não há palavras para aquilo ser dito. Somadas as caras e bocas que mesclamos no seu uso quase que dispensam os termos verbais ou nominais da língua para expressar certos sentimentos. O nojo, por exemplo. Não há frase que o expresse com mais exatidão do que uma boca retorcida e um som de argh! Mario Quintana gostava das cousas e sonhava com uma linguagem de adjetivos... eu gosto das cousas também, mas sonho com uma linguagem em que os adjetivos, substantivos e verbos peçam desculpas e digam às onomatopéias em algumas situações:

- Bom, agora é com vocês. Fiquem à vontade!

Ahhhhh....


Fiat justitiam!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Um saco gramatical... Amanhã é bom demais.. tem coisa nova no saco.

Um saco gramatical... Em tempo de verbos

Não me cobre perfeição, quando casou comigo sabia que eu sou um futuro, nunca lhe prometi presentes. Sou incerto mesmo, é minha a natureza. Se queria certezas, casasse com meu primo pretérito, aquele lá se acha mais que perfeito.

E a preposição perdia sua pose invariável e chorava baixinho.

Ainda em tempo de verbos

Agora você vê um garotinho que ganhará uma blusa de presente, irá para a praça jogar bola depois de um dia de muita chuva. Será lama para todo lado. Ele voltará para casa com a blusa que estará toda respingada de lama. Dali para a máquina de lavar será inevitável.

Você pergunta: E daí?
Como e daí? Até agora, você não entendeu o que é um Futuro do presente.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Por que tem letras no Grande Saco... Amanhã que é bom.. atualiza geral.

Escrevo por compulsão. Sofro de um tipo de TOC que me obriga a escrever... As idéias vêm e TOC, TOC.. batem à porta. O cérebro dispara TIC, TAC, TIC, TAC... e enfim.. TEC, TEC, TEC... lá vão os dedos para o teclado.
O TUC fica sempre de fora, mas um dia ainda acho uma função para ele...


Em tempo: Uma vez reclamaram que eu encho o blogue de palavras e letrinhas. Isso é cansativo... Concordo! Em breve, saco de filó só com figurinhas para atender o público portador de necessidades especiais em ler e compreender textos e demais problemas de alfabetização... É o saco de filó chegando aos mais desfavorecidos... Rumo à inclusão social!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O saco contou... Caso de polícia - amanhã o saco atualiza geral...

O Det. Wardrobe investigava se havia algum relacionamento entre um dos envolvidos no caso, pois havia suspeita de que naquela casa tinha um corredor que dava para o quarto e para a sala ao mesmo tempo. Investigou todos os móveis nos aposentos e concluiu que o único que havia presenciado o crime não poderia lhe prestar informações. Era um criado que estava no quarto da frente.

Mas o criado era mudo.

Rack, rack, rack... Ria o criminoso em um dos cômodos da casa enquanto detetive batia a porta da sala desiludido.

sábado, 9 de agosto de 2008

Apelidos e fases da vida

O fato é que quando somos adolescentes, nossos amigos têm apelidos que se dividem em algumas categorias distintas: os apelidos alimentares (o Farofa, o Pipoca, o Angu, o Biscoito, o Geléia etc), existem os “partes do corpo" (o Orelha, o Boca, o Coxa, o Barriga etc), existem os escatológicos (o Meleca, o Arroto, o Cocô, o Flato... e vai por aí). O fato é que todos guardam um segredo mortal, pois em casa tem um apelido dado pela mãe ou pela irmãzinha mais nova que depõe contra sua reputação e faz com que opte por ser conhecido o Orelha e não como Titinho (de bonitinho.. Sabe quando era pequeno? Pois é, era até engraçadinho... Mas, aos 15 anos, ser chamado assim é a queimação de filme suprema).
Quando se é adolescente e sua mãe pergunta quem vai ao lugar que você quer ir:
- Ué, mãe, vai eu, o Geléia, o Meleca e o Barriga...

A mãe aceita resignada porque conhece e sabe que são filhos de conhecidos, bons meninos. E ainda retruca:

- Ah bom... Tudo bem. Não quero saber de você andando com o tal de Arroto e do tal de Pipoca.

A realidade é que quando crescem viram sobrenome em uma repartição (o Almeida, o Silva, o Andrade, o De Paulo, o Oliveira etc) e deixam para trás os apelidos bizarros. Olhando assim meio rabo de olho, ninguém suspeita que, hoje, o sério Almeida, chefe do RH, era o Meleca de outrora, ou que o Silva atendeu pela alcunha de Farofa...
É...
E o Pipoca virou meu chefe...
Se o Arroto não tivesse sido preso minha mãe tinha errado 100% no seu julgamento. O Arroto não prestava mesmo.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Antes do saco - Saco sem sorte - amanhã atualiza geral...

Não reclame da sorte.

Sem sorte foi Cristo que nasceu no dia de Natal
(Só ganhava um presente valendo por duas datas)
E para completar, morreu na sexta-feira santa.
(Perdeu o feriadão de Páscoa)
***
E Joaquim José da Silva Xavier comentava na repartição em que trabalhava em Ouro Preto:
- Semana que vem é 21 de abril, o pessoal vai enforcar ?
- Com certeza, com certeza... Comentou Joaquim Silvério dos Reis, colega de repartição.
E um silêncio sepulcral tomou conta da pequena sala.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O quem vem antes do saco em dois atos...

O que vem antes do Saco... capítulo II (já tem uma postagem com o I. Dá uma procurada aí no blogue)

No início era o verbo...
O verbo se fez carne,
A carne se fez assada,
E o que era para ser um texto de cunho religioso virou um churrasco regado com cerveja e vinagrete.
Farofa...
Amém
.


O que vem antes do Saco... capítulo III

No início era o verbo...
Menos no início dessa frase que começa com uma contração da preposição EM + o artigo definido O.

sábado, 2 de agosto de 2008

Tá, mas não fui eu... a culpa tácita

Há situações na vida que nos impingem uma culpa que nem o melhor dos advogados é capaz de nos tirar. É a culpa tácita. Aquela em que ninguém nos aponta o dedo e diz: foi você, mas aquela em que todos o olham de soslaio com cara de “foi você, hein” Dessa acusação tácita não temos como fugir e qualquer defesa prévia soa como reconhecimento de culpa. Aqui o tal do habeas corpus preventivo é o mesmo que uma confissão.
Veja só...
Você entra no ônibus, no meio da viagem dá um aperto danado, você precisa ir ao banheiro, mas é só um xixi. Você está apertadíssimo e sentado na janela na primeira fileira de poltronas. O caminho é longo e você decide marchar por entre as poltronas até o quartinho dos fundos do ônibus.
Apesar de desviar-se dos olhares, percebe que todos o observam com cara de "olha lá,lá vai o cagão” Você sabe que eles estão pensando e tem vontade de gritar: "gente, é só um xixi! Manda alguém para me acompanhar e só isso mesmo! Fiquem tranqüilos. Todos sairemos bem daqui."
Quando chega lá, está saindo do banheiro com cara de assustada aquele gatinha linda que está sentada logo atrás de você. Ela sorri sem graça e lhe saúda com um leve acenar de cabeça.
Ao entrar no banheiro, você constata que aquele gatinha tinha aparência de princesa, mas intestinos de um ogro e deixou algo à sua espera. Pronto. Se você sair todos vão pensar que foi você. Afinal, aquela coisa linda.. ah... não, nem pensar! Você faz um xixi balançando com o movimento do ônibus enquanto respira sofregamente pela boca.
Ao abrir a porta do banheiro, todos o olham com um ódio mortal. Você e o maníaco do parque são dignos da mesma pena. Uma velhinha que caminhava para o banheiro desiste no trajeto, uma criança que dizia que queria fazer xixi, muda de idéia subitamente. E você caminha até sua poltrona sob as acusações tácitas. A mocinha ceramista agora dorme com menos 2 Kg de peso (só falta um adesivo QUER PERDER PESO? PERGUNTE-ME COMO) e você caminha com 200 Kg de ira e revolta sobre você.
Vai explicar o quê?
Dessa, nenhum advogado te livra.
Sentado na sua poltrona você pensa resignado: cagona desgraçada!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O que vem antes do Saco... capítulo I

Ora, Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita.
Ora, disse um homem, faça se a conta de luz...
E assim foi feito..
Daí, a partir desse dia, todos dentre vós passaríeis a desligar vossos aparelhos do stand by.