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terça-feira, 5 de junho de 2012

Facebook, minha carência agora é nossa.


Já reparou como as pessoas andam carentes? Principalmente, no Facebook. Como professor há muitos anos, tenho mais de 1500 contatos e vejo uma enxurrada de publicações de gente nova lamentando estar sozinha, sem ficar com ninguém, chorando por não saber o que é namorar no inverno, implorando por uma atenção, por um carinho ou, que seja, por um breve amasso (assim se dizia na minha época. Palavra velha, né?)
Esse público de choronas (e alguns poucos chorões) lamentosas é composto basicamente por meninas novas que poderiam bem estar longe do computador resolvendo esse problema. Mas não.. estão ali entre lamúrias e postagens de "como estou só... ninguém me quer... não estou pegando ninguém.. ai de mim.. coitada de mim.. não sei o que é um carinho
Entretanto, há também as revoltadas do afeto que dizem coisas do tipo: " estou sozinha porque quero", "estou sozinha porque não tem ninguém ao meu nível e por menos eu não quero". "Aguardo alguém que me mereça". Isso se trata, obviamente, de uma baita mentira e um grito de desespero final. Algo como se dissesse: S.O.S - pelo amor de Deus, me convence de que estou errada e ainda estou "pegável". Alguém, por favor, alguém....
Desculpe-me, mas isso é postagem predominante de moças, pois rapaz com esse papo é muito estranho. Imagine seu colega chegando perto de você, homem, e se abrindo:
- pô, cara, estou assim meio estranho, carente, sentindo falta de braços em torno do meu corpo, mãos dadas, sei lá... Há muito tempo que não fico com ninguém. Sinto falta de uma boca tocando a minha e de dormir de conchinha no inverno...
- Peraí, peraí.... "véi, cê tá dano", véi?
É o mínimo que o cara vai ouvir.

... Caramba! Ô terra de gente carente esse Facebook!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Que me desculpe povo "Teen", mas Crepúsculo é uma porcaria.

Estreia nos cinemas o mais novo episódio da saga Crepúsculo que promete, assim como os anteriores ser uma porcaria. Poucas vezes, fui tão direto ao ponto em um texto, mas não consigo me conter diante dessas fórmulas batidíssimas de romance gótico teen. Sinceramente, não encontrei as meias palavras. É ruim pra caramba... No primeiro, aquela cena em que a menina é socorrida pelo vampiro "The flash" de ser atropelada por um carro me arrancou risadas ótimas. Só que, creio eu, a ideia dos autores não era ser cômico. Mas enfim.. Outro dia fui entender o porque de parecer tão patético para mim e ser um sucesso entre o público adolescente quando lia um artigo sobre os conflitos na adolescência.
Na verdade, os personagens do filme, vampiros, atuam fortemente no imaginário dos jovens, pois representam o estereótipo da exclusão, do outsider social. Uma sensação comum nessa época da vida. A força, a imortalidade e os superpoderes são uma projeção de sentimentos que temos, muitas vezes, inconscientes nessa fase da vida onde tudo é intenso, somos imortais, incompreendidos, marginais de uma infância que nos deixou e de uma vida adulta que ainda não nos acolheu, Vivemos em um espécie de limbo etário. O vampiro é a constituição plena de um alterego do adolescente, daí toda as paixões despertadas por esse tipo de produção cinematográfica. Isso me ajuda muito a entender as coisas...
O que não faz com que eu deixe de achar a saga uma porcaria... eu, um homem de quase 40 anos, mas o eu, um adolescente de 16 acha o máximo... 

sábado, 9 de agosto de 2008

Apelidos e fases da vida

O fato é que quando somos adolescentes, nossos amigos têm apelidos que se dividem em algumas categorias distintas: os apelidos alimentares (o Farofa, o Pipoca, o Angu, o Biscoito, o Geléia etc), existem os “partes do corpo" (o Orelha, o Boca, o Coxa, o Barriga etc), existem os escatológicos (o Meleca, o Arroto, o Cocô, o Flato... e vai por aí). O fato é que todos guardam um segredo mortal, pois em casa tem um apelido dado pela mãe ou pela irmãzinha mais nova que depõe contra sua reputação e faz com que opte por ser conhecido o Orelha e não como Titinho (de bonitinho.. Sabe quando era pequeno? Pois é, era até engraçadinho... Mas, aos 15 anos, ser chamado assim é a queimação de filme suprema).
Quando se é adolescente e sua mãe pergunta quem vai ao lugar que você quer ir:
- Ué, mãe, vai eu, o Geléia, o Meleca e o Barriga...

A mãe aceita resignada porque conhece e sabe que são filhos de conhecidos, bons meninos. E ainda retruca:

- Ah bom... Tudo bem. Não quero saber de você andando com o tal de Arroto e do tal de Pipoca.

A realidade é que quando crescem viram sobrenome em uma repartição (o Almeida, o Silva, o Andrade, o De Paulo, o Oliveira etc) e deixam para trás os apelidos bizarros. Olhando assim meio rabo de olho, ninguém suspeita que, hoje, o sério Almeida, chefe do RH, era o Meleca de outrora, ou que o Silva atendeu pela alcunha de Farofa...
É...
E o Pipoca virou meu chefe...
Se o Arroto não tivesse sido preso minha mãe tinha errado 100% no seu julgamento. O Arroto não prestava mesmo.