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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Tudo tua culpa...

A imensa maioria das pessoas que conheço e com quem convivo possuem uma capacidade surpreendente de achar culpados. Diante de um problema, todas as energias se convergem no sentido de encontrar um culpado que não seja ele mesmo, é óbvio. 
O fato é que, nessa vida, conheci pouquíssima gente que vê o resultado negativo, analisa e conclui, “fiz besteira”. O responsável fui eu mesmo porque fui negligente, porque não estava à altura de dar conta, porque fui incompetente de verdade.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar?

Um dos grandes segredos da convivência humana é entender o que podemos pedir do outro. Em estados de entorpecimentos de paixões, perde-se completamente a noção do outro como um individualidade plena de qualidades e defeitos. 
Daí decorre, obviamente, a decepção pelo outro não ser exatamente aquilo que se queria que ele fosse. É engraçado, mas, em 90% das vezes, as pessoas se decepcionam não com as pessoas mas com a imagens que fazem das pessoas para si. A imagem construída de um ser humano é produto das nossas carências e não do que realmente ela é. É resultado nebuloso de uma série de fragilidades nossas que projetamos no outro. 
Dessa forma, por razonabilidade, deveríamos nos decepcionar com nós mesmos e não com os outros. Os outros são os outros e só. Nós esperamos demais, projetamos demais, idealizamos demais... Lembro de uma música do Djavan (Esquinas) em que ele solta a angústia de quem se vê idealizado no processo de percepção humana e diz: “sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar
Eis o desabafo de quem está na outra ponta. A ponta do idealizado, aquele que sabe que tem que ter pra dar, mas não tem o que dar. O fluxo de decepções é mútuo. De um lado, o que espera olhando aquele que é aguardado. E o peso dessa espera que consome os dois lados quando eles se dão conta desse jogo de gato e rato, sem gatos e nem ratos.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Nada mais do que sua obrigação


Uma das frases mais eficientes para matar qualquer boa vontade futura é essa: não fez mais do que a obrigação (normalmente, falada às escondidas após o favor prestado). Muitas vezes, esquecemos que ainda que seja obrigação é algo que poderia não ser feito e nos deixar numa situação complicada. 
Há ainda outro fator agravante. A ideia de obrigação envolve desde o conceito de função profissional até a tênue ideia de gratidão (ou suposta gratidão que deveria existir por algo feito com interesse de retorno). Um funcionário público que o atende e demonstra interesse em resolver o seu problema cumpre sua obrigação até o momento em que ele o atende. A parte do interesse dele deve ser vista como o excedente da obrigação, afinal, o problema é seu, não dele.
O colega que lhe presta um favor está excedendo a sua obrigação ainda que você tenha salvo sua vida de terríveis dragões assassinos que o cercaram em uma esquina escura. Lembre-se, a função de seu colega não é prestar favores, nem a sua de salvar pessoas de dragões assassinos que existem em todas as esquinas.
O grande mal das pessoas é fazer e usar tudo como moeda de troca. A partir daí, decorrem as decepções e desentendimentos. Frases do tipo “eu fiz tudo por fulano e quando precisei ele me negou ajuda”. Pois é.. é exatamente isso. Avisasse então, olha, estou lhe fazendo esse favor e ele equivale a X, por isso, faça o favor, assine essa promissória, quando você quitar eu dou baixa.
Não conte nunca com a consciência humana. Faça as coisa pela sua consciência e você vai se poupar muitas decepções desnecessárias.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Maturidade é aprender a se apaixonar pelos seus erros


O tempo traz muita coisa para gente. Rugas, cabelos brancos, fragilidades mil decorrentes da idade, mas quem se foca na casca perde a essência das coisas. O tempo me trouxe muita coisa boa, mas a que mais tenho degustado atualmente é a capacidade de me apaixonar por meus erros. Isso não quer dizer que eu queira errar cada vez mais mais para me apaixonar mais. Muito pelo contrário, quero me apaixonar mais para errar menos.
É óbvio que fazemos tudo com o objetivo de não errar, mas só não erra quem não faz e, vez por outra, batemos de cara com o fracasso. Planejamos tudo, executamos e ficamos perplexos e desejoso de saber onde foi que erramos. Às vezes, esquecemos que não fomos nós que erramos, mas coisas que deram errada, pois não controlamos todas as variáveis de uma situação e mesmo aquele 0,0001% pode ter sido o suficiente para colocar tudo a perder.
Lamentamos não ter conseguido passar em um exame. Mas quem foi que disse que as avaliações são 100% idôneas e precisas. Às vezes, caímos na margem de erro ou na margem de má fé. Ficamos triste quando alguém que nós era dado como amigo nos trai ou abandona, mas quem lhe disse que você tinha um amigo? Você nunca o teve. Faltava era oportunidade de isso acontecer. A oportunidade chegou.
Nessas situações, realmente aprendemos. Temos que aprender com o erro, entender que não controlamos 100% de nada e aproveitar a oportunidade que a vida está dando de aprender, uma espécie de aula prática de sobrevivência. Lamentar é uma maneira de demonstrar que a lição não lhe serviu de nada.
E que a vida traga, não os erros, mas quando os encontramos, a oportunidade única de nos apaixonarmos por eles. 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Precisamos passar por experiências idênticas para aprender?

Dizem que inteligente é quem aprende com os próprios erros e sábio é aquele que aprende com os erros dos outros. Escrevo isso por causa de um comentário de uma amiga de internet (Luisa) deixado no Saco de filó, outro dia, e que me fez pensar bastante. Dentre as palavras dela, uma frase me chamou atenção: "...é preciso passarmos por muitas experiências idênticas, para termos consciência..."
Pensei nisso, várias vezes no dia e constatei que é fato. Experiências são repetidas em sua essência. Não creio haver mais do que 2 ou 3 experiências diferentes em toda a vida quando se trata de sua essência. A traição, a mentira, o logro, a dano pessoal são formas de variantes de uma mesma ideia, tudo gira mais ou menos interligado entre si. Quando caímos no mesmo erro é porque ignoramos que, na essência, esse engano era igual ao outro que acabamos de cometer.
E a vida é engraçada, pois nos expõe repetidamente ao estímulo para que se fixe o entendimento. E quando superamos e achamos que cessou o processo, reinicia-se com uma nova variável do mesmo fato. Como se nos dissesse: olha, isso também pode acontecer do mesmo jeito por esse caminho, entendeu?
Sim. Entendemos. Só isso?
Não. Respire fundo que daqui a pouco tem mais. Uma (ou várias) oportunidades de aprender em um mesmo dia. Todas elas somadas nos dão a leitura do mundo e das coisas que são realmente relevantes durante essa curta passagem por aqui.