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domingo, 4 de janeiro de 2015

Gênero textual: discurso de eliminação de BBB

Como construir um discurso do Bial de eliminação em paredão.
Curso prático em uma lição

Depois de vários contatos dos brothers com as famílias via TV de LCD (comprei uma daquela) e ver que os caras repetirem sempre as mesmas coisas: ó, a tia lalá, O Zecão... caraca!.. Meu pai, minha mãe, a Aninha... caraca! O Alfredo, o Jão, o Pepe...caraca... (preste atenção que eles colocam a mão boca sempre que apontam para a TV. Será isso um sinal?), chega o Bial com um discurso que segue um padrão. Eis aqui a fórmula do mais do mesmo de sempre:

sábado, 16 de junho de 2012

A formatura e o pum


Durante anos como coordenador, diretor, professor etc em instituições de ensino superior tive que suportar as terríveis formaturas. Costumo a denominar isso como momento mais pum da nossa vida social e acadêmica. Afinal, formatura é igual a gases, incomoda todo mundo em volta, só o dono que não acha que seja tão ruim.
Nesse tipo de cerimônia, para o bem de todos, seria interessante se fosse considerado crime hediondo coisas do tipo:

- Discurso citando os coleguinhas (todos os 70, um por um), olhando para trás e fazendo vozinha de Xuxa em depoimento para o fantástico, carinha de choro e tudo mais. E o fulano, heeeiiin... sempre dedicado.... e a Fulana, heeeeiiiinnn, sempre atrasada..;
- discurso de paraninfo longos, expelindo erudição duvidosa e tentando ser engraçado;
- músicas - Campeão, vencedor... We are the champions, Você não sabe o quanto eu caminhei..., Carruagens de fogo, Can't you feel it, Acaboooou, acaboou (E o pior é que não acaba), Tchau, I have to go now, I have to go now... e outras mais que se os seus autores recebessem por direito autoral cada vez que tocassem em formaturas, os mesmos estariam pagando café para o Bill Gates. 
- atraso na entrada de formando. Acreditem.. formando não é noiva. Pode chegar na hora.
- becas quentes e desconfortáveis - ali dentro faz um calor dos infernos em qualquer época do ano.

Enfim, uma tortura para quem está ali, à espera do fim e da festa, dos comes e bebes. 
Olho essas coisas como um passado tão distante na minha história, mas que se aproxima com o crescimento dos meus filhos... dessa eu não vou conseguir fugir. 

Mas vou avisar... se tocar We are the Champions, eu subo palco, dou um acesso de loucura e faço vexame. 

quarta-feira, 2 de março de 2011

O mais legal do carnaval é que quem viu um, viu todos

Se a gente pegar um vídeo do carnaval da Bahia, do Rio e de qualquer lugar de há dez anos atrás passa por uma festa desse ano ou de qualquer ano. As reportagens no jornal Hoje de como curar ressaca com opinião de médicos e nutricionistas são as mesmas. Só mudam as caras... As notícias do carnaval de Pernambuco com gente balançando sombrinhas e bonecos gigantes cujas histórias são repetidas todo ano outro vez, de novo.
O carnaval de São Paulo se contentando em ser uma espécie de série B em relação ao Rio e as TVs mais underground (tipo Rede TV) transmitindo aqueles bailes esquisitos com gente famosa e gente que quer ser famosa pegando algum famoso.
E os comentários técnicos dos desfiles de escolas de samba no Rio feitos direto do sambódromo? O que é aquilo gente? Passar a noite toda descrevendo desfile de escola de samba é um castigo que só não é pior do que passar a noite toda ouvindo alguém descrever escola de samba.
No fim, o balanço do feriadão com o número de mortos nas estradas federais e estaduais... Enfim, começa o ano e voltamos a nossa programação normal.
Sou eu que envelheci ou esse troço é um saco mesmo?

P.S.: É impressão minha ou esse cara da foto está pegando o maior travesti pensando que é mulher?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Fazenda - O freak show da Record... Cada um tem o show de horrores que merece.

Começou mais uma A fazenda na Record, uma espécie de big brother com gente supostamente famosa, mas que joga na série C das celebridades. O BBB é uma máquina de criar celebridades instantâneas, já A fazenda é um agrupamento de pseudo-celebridades que se encontram no limbo do estrelato e buscam subir da série C para a série B, pelo menos. Olha o elenco com comentários: 

Monique Evans - era show... Há 30 anos atrás...
Andressa Soares (Mulher Melancia) – série D, rumo ao Brasileirinhas (aguardem). Eu aguardo ansioso.
Elisiane Benites (Piu-Piu) – Nunca vi mais gorda.. aliás, é magrinha e linda.
Geisy Arruda – essa mesma, a do vestidinho apertado na UNIBAN... Brasileirinhas e Buttman ainda aguardam também a sua estréia. Sem vaias...
Ana Carolina Dias – Hã.... Não é a cantora da MPB.. é a famosa... quem mesmo? Acho que canta música gospel e de louvor... encontrou o lugar errado para cantar e pregar o evangelho.
Luíza Gottschalk – Já vi fotos... bem gata! E só...
Janaína Jacobina – Nunca ouvi falar, mas vi fotos agora na internet.. é gata também.
Sérgio Mallandro – Para tudo que o mundo está no fim... Vem fazer glu-glu.. Ai meu Deus!
Viola – Nem quando jogava bola eu achava grande coisa...
Eduardo Pelizzari – Esse cara não tava na Globo? putz! Que decadência!
Tico Santa Cruz – Música não dá mais o mesmo dinheiro que antes, né... mudando de ramo? A MPB não sentirá muita falta.
Carlos Carrasco – Hã... Me disseram que é um cara que faz maquiagem e cabelo das estrelas. Da próxima vez, vão mandar o manobrista de celebridades para fazer A fazenda.
Sérgio Abreu – garotão boa pinta famoso por fazer... por ter... por ser.. sei lá.. é famoso (sic)
Daniel Bueno – vi na internet... o cara é compositor e cantor... famoso para caramba, embora desconhecido da imensa maioria do público.
Nany People – Meu Deus.. O que é aquilo que eu vi no "imagens" do Google. É uma mulher mal feita ou um transformista bizarro... sei lá. É alguém famoso (sic) da série C almejando a série B.

Todos apresentam na web um perfil do tipo: ator, modelo, cantor, apresentador, poeta, escritor, físico nuclear, goleiro, cabeleireiro, oftalmologista, malabarista, clínico geral, empresário, motorista, modista, diretor e produtor que estuda novos projetos para 2011... Tenha paciência!

E vai começar mais um freak show, o show de horrores da Record valendo 2 milhões de reais.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Carnaval, tudo de novo, outra vez a mesma coisa... de sempre.

Em fevereiro, em fevereiro... tem carnaval, tem carnaval... já diz a musiquinha do século passado. E tem mesmo, sempre, tudo igual, de novo, outra vez, o mesmo. A Globo vai mostrar flashes do carnaval de Pernambuco com um monte de gente jogando as pernas para frente com sombrinha na mão. Na Bahia, vários trios elétricos com um monte de gente suada atrás e sempre há uma dança nova exatamente igual a velha, mas com nome de impacto. No Rio, o desfile das escolas de samba (com um ou dois BBBs desfilando) e, em São Paulo, uma espécie de série B do carnaval de escolas de samba, o pessoal misturando carnaval com rivalidades no futebol. 
Há o saldo de mortos e feridos por excesso de bebida, os acidentes de trânsito, os programas que dão dicas de como curar ressaca, as pessoas que distribuem camisinhas e os blocos dos homens vestido de mulher, algo que, um dia, em um estágio evolutivo superior eu, talvez, venha a achar alguma graça. E os blocos gays sempre coloridos, animados e desinibidos. Exatamente igual a parada gay que já aconteceu meses antes. Ah... ia me esquecendo dos chatíssimos concursos de marchinhas que consagraram genialidades como “a pipa do vovô não sobe mais”, “olha a cabeleira do Zezé” e outras pérolas (sic) do cancioneiro do folião.
Enfim, tudo igual outra vez de novo... a mesma coisa.

P.S.: Se não fossem os deliciosos dias de folga eu odiaria carnaval.

Outra coisa. O cara da foto acha que se deu bem, mas tenho para mim que ele pegou um travesti e só se deu conta quando a foto caiu na web. 

sábado, 16 de janeiro de 2010

Sempre atual.. BBB de novo, tudo igual de novo...


Como construir um discurso do Bial de eliminação em paredão.
Curso prático em uma lição

Depois de vários contatos dos brothers com as famílias via TV de LCD (comprei uma daquela) e ver que os caras repetirem sempre as mesmas coisas: ó, a tia lalá, O Zecão... caraca!.. Meu pai, minha mãe, a Aninha... caraca! O Alfredo, o Jão, o Pepe...caraca... (preste atenção que eles colocam a mão boca sempre que apontam para a TV. Será isso um sinal?), chega o Bial com um discurso que segue um padrão. Eis aqui a fórmula do mais do mesmo de sempre:

1. Adote a seqüência aleatória para comunicar. Tente ser imprevisível, mesmo quando só há duas opções : O ELIMINADO e o QUE FICA. O QUE FICA e o ELIMINADO. Nunca permita que saibam quem é o eliminado no início do discurso. Desvie com elogios aos dois... Isso sempre confunde.

2. Reúna considerações pessoais de cunho poético e com metáforas de efeito.
Ex.: E você, Fulana, que veio como um furacão e como um brisa se foi. Em alguns momentos explode em ímpetos, em outros deságua de ternura... E você, beltrana, uma flor que chegou em botão e desabrochou na convivência com os brothers. (Observe a carinha de idiota que as pessoas fazem quando ouvem isso, a cabecinha sempre vira para um lado, como se tombasse levemente)

3. Faça citações literárias que já se tornaram lugares-comuns, com interações a elas:
Ex.: Tudo vale a pena se alma não é pequena, mas a sua alma não foi pequena.
Tinha uma pedra no meio do caminho, entretato, o que é uma pedra para um guerreiro.
Amor é fogo que arde sem ver, mas esse você viu arder e se esvair nas cinzas.
(Caramba ele conhece Fernando Pessoa, Drummond e Camões.. putz é muito crânio! Muito culto! - Acredita que eu já ouvi isso?)

4. Afunile o discurso. Faça o processo na ordem inversa, ou seja, afunile o discurso no oponente que fica e rompa a expectativa ou afunile no eliminado. Encha de frases feitas de uso popular.
Ex.: Mas quem muito procura acha, e você procurou... o eliminado de hoje é você, Fulano.
Água mole em pedra dura, tanto bate... o eliminado de hoje é você.

É isso aí.
Agora, na hora de dispensar alguém (namorado(a), empregado(a)... ), você já tem estilo BBB.

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