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sábado, 25 de abril de 2015

E quem foi que disse isso?

O Veríssimo tem um texto fantástico chamado “Os Bárbaros”. Inspirei meu título nesse último. Acho essa relação entre palavras muito espirituosa, mas agora, o que gosto mesmo são de frases lugares-comuns. O senso comum nos leva a repetição mecânica de algumas coisas que me fazem pensar até quando vamos colocar o cérebro no piloto automático. Fiz uma lista das minhas frases automáticas preferidas:


A justiça tarda, mas não falha. Na verdade, quando costuma a tardar isso já é falhar porque tardar já é uma maneira de falhar com quem espera alguma coisa dela.

sábado, 16 de junho de 2012

A formatura e o pum


Durante anos como coordenador, diretor, professor etc em instituições de ensino superior tive que suportar as terríveis formaturas. Costumo a denominar isso como momento mais pum da nossa vida social e acadêmica. Afinal, formatura é igual a gases, incomoda todo mundo em volta, só o dono que não acha que seja tão ruim.
Nesse tipo de cerimônia, para o bem de todos, seria interessante se fosse considerado crime hediondo coisas do tipo:

- Discurso citando os coleguinhas (todos os 70, um por um), olhando para trás e fazendo vozinha de Xuxa em depoimento para o fantástico, carinha de choro e tudo mais. E o fulano, heeeiiin... sempre dedicado.... e a Fulana, heeeeiiiinnn, sempre atrasada..;
- discurso de paraninfo longos, expelindo erudição duvidosa e tentando ser engraçado;
- músicas - Campeão, vencedor... We are the champions, Você não sabe o quanto eu caminhei..., Carruagens de fogo, Can't you feel it, Acaboooou, acaboou (E o pior é que não acaba), Tchau, I have to go now, I have to go now... e outras mais que se os seus autores recebessem por direito autoral cada vez que tocassem em formaturas, os mesmos estariam pagando café para o Bill Gates. 
- atraso na entrada de formando. Acreditem.. formando não é noiva. Pode chegar na hora.
- becas quentes e desconfortáveis - ali dentro faz um calor dos infernos em qualquer época do ano.

Enfim, uma tortura para quem está ali, à espera do fim e da festa, dos comes e bebes. 
Olho essas coisas como um passado tão distante na minha história, mas que se aproxima com o crescimento dos meus filhos... dessa eu não vou conseguir fugir. 

Mas vou avisar... se tocar We are the Champions, eu subo palco, dou um acesso de loucura e faço vexame. 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Carnaval, tudo de novo, outra vez a mesma coisa... de sempre.

Em fevereiro, em fevereiro... tem carnaval, tem carnaval... já diz a musiquinha do século passado. E tem mesmo, sempre, tudo igual, de novo, outra vez, o mesmo. A Globo vai mostrar flashes do carnaval de Pernambuco com um monte de gente jogando as pernas para frente com sombrinha na mão. Na Bahia, vários trios elétricos com um monte de gente suada atrás e sempre há uma dança nova exatamente igual a velha, mas com nome de impacto. No Rio, o desfile das escolas de samba (com um ou dois BBBs desfilando) e, em São Paulo, uma espécie de série B do carnaval de escolas de samba, o pessoal misturando carnaval com rivalidades no futebol. 
Há o saldo de mortos e feridos por excesso de bebida, os acidentes de trânsito, os programas que dão dicas de como curar ressaca, as pessoas que distribuem camisinhas e os blocos dos homens vestido de mulher, algo que, um dia, em um estágio evolutivo superior eu, talvez, venha a achar alguma graça. E os blocos gays sempre coloridos, animados e desinibidos. Exatamente igual a parada gay que já aconteceu meses antes. Ah... ia me esquecendo dos chatíssimos concursos de marchinhas que consagraram genialidades como “a pipa do vovô não sobe mais”, “olha a cabeleira do Zezé” e outras pérolas (sic) do cancioneiro do folião.
Enfim, tudo igual outra vez de novo... a mesma coisa.

P.S.: Se não fossem os deliciosos dias de folga eu odiaria carnaval.

Outra coisa. O cara da foto acha que se deu bem, mas tenho para mim que ele pegou um travesti e só se deu conta quando a foto caiu na web. 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Então é Natal.... então, é final de ano...


Então é Natal. Época de ouvir a Simone cantando "então é Natal..." e passearmos no comércio comprando lembrancinhas baratas para os amigos ao som daquelas harpas tocando "Jingle bells", época de ganhar presentes sem vergonha em amigos ocultos, tempo de assistir ao show do Roberto Carlos na TV todo de branco cantando "São tantas emoções..." (com risadinhas ao final), momento de confraternização em que comemos muito de noite e ainda sobra empada fria para tomar com Coca-Cola no dia seguinte assim que acordar. Isso tudo, sem esquecer que é a marca para começarmos a contagem para o ano novo com a famigerada retrospectiva com cara de Globo repórter e com o Show da virada... todo mundo de branco contando de frente para trás e assistindo aos fogos em Copacabana pela TV que, todo ano, nos surpreende sendo exatamente igual ao que foi nos últimos anos. No dia seguinte, a ressaca da festa não nos impede de assistir aos videntes, pais de santo, tarólogos, astrólogos, geólogos, numerólogos, sexólogos e outros ólogos fazerem suas previsões e, logo após, sumirem, mudarem de nome, deixarem o bigode crescer durante o ano para não lhes jogarem na cara a besteirada que disseram no início do ano.
É isso... porque então é Natal...
E ano que vem haverá outro igual a esse e aos outros que passaram, mas mesmo assim, é Natal.
Feliz Natal!
Esse voto de boas festas é válido por 10 anos.... Ou enquanto o Roberto Carlos viver.