Pode parecer estranho, mas uma coisa com a qual custou-me a adaptação no Brasil é a autossabotagem. Para entender melhor isso é de grande valia assistir a um filme chamado “Uma primavera para Hitler” (the Producers, em inglês), 1968, de Mel Brooks. O filme é muito divertido e conta a história de uma peça de teatro que é feita para dar errado (um golpe, claro), mas, catastroficamente, dá certo. É o fracasso que daria lucro... tese estranha?
segunda-feira, 9 de junho de 2014
quinta-feira, 5 de junho de 2014
É Friboi? Tem um cabelo na minha comida!
Aquela propaganda da Friboi se torna aos poucos um pesadelo meu. As pessoas estão em casa, na sua intimidade de um almoço em família, alguém comenta sobre a carne, um diz que "é claro, é Friboi" e do nada, surge o Tony Ramos.
- Caraca, Tony Ramos, tá maluco, véio.. você surgiu de onde, porra!??
Bom, mas ninguém reage assim. Sai do nada uma cópia de Monga, a mulher gorila e ninguém se assusta e ainda acham graça do Tony Ramos sair detrás da geladeira e dizer: sim, é Friboi.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Marketing ostensivo do traveco
Outro dia tive que ir ao prédio do ministério público no centro do Rio e, para chegar lá, passa-se por uma rua chamada Erasmo Braga que tem um trecho em que só circulam pedestres. No meio de passantes e fachadas de restaurantes comerciais, percebi que ali jaziam ainda os últimos exemplares da espécie dos orelhões que tiverem sua extinção quase decretada com o surgimento dos Celularis Personalis, que hoje superam o número de habitantes do país. Se eles adquirirem direito de voto, em breve nosso presidente será um iPhone ou um Galaxy Samsung.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
A esteira ergométrica do mal
Para início de conversa, tenho inúmeras restrições àquelas pessoas que fazem ginástica que somam dançam, ritmo e multiculturalismo. Não desgosto das pessoas na verdade, o que me irrita é o sorrisso delas. Parece que elas acordam, dão um sorriso e aplicam fixador. Daí, seguem o dia com a cara do Coringa: Why so serious?
E o cara diz que você perde peso se divertindo. Alô, amigo, eu me divirto jogando Call of duty e não perdi UM quilinho sequer! Isso é como dizer para o cara que descarrega farinha que ele ganha músculos e perde peso trabalhando. Uma política Pollyana de ser.
Quer coisa melhor que isso?
Olha… se não for pedir demais, quero sim.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Eu estou só curtindo sua foto
As redes sociais criaram um código novo. Compartilhar,
curtir, postar...exibir sua vida pessoal, o que se come, aonde se vai, o que se faz,
o que se pensa. Ainda que ninguém tenha perguntado sobre sua opinião, as
pessoas são compelidas a dizer o que acham. Discussões no Facebook se espalham
e surgem apelidos como coxinha para todo aquele que não ecoa e reproduz em eco
o pensamento obrigatório de esquerda, o atual politicamente correto da moda. O politicamente
correto é ditatorial e autoritário.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Teatro de horrores de personagens patéticos

Uma vez eu escrevi sobre o poder que deforma aqui no saco de
filó. Hoje cedo, acordei com uma postagem de uma frase atribuída ao presidente
do Uruguai José Mujica, o popular Pepe Mujica, um cara do bem, bacana mesmo.
Uma exceção no meio de tanto Zé Ruela da política mundial. Ele dizia que o
poder não muda as pessoas, mas as revela verdadeiramente.
Na minha trajetória de vida, vi o que o poder pode fazer com
as pessoas. Ele funciona como um potencializador de suas características. Ele
não o muda, ele o potencializa no que você já é.
segunda-feira, 31 de março de 2014
O clichê dos clichês... Clichezando a segunda-feira.

- John, fique fora disso.
Eu nem me chamo John, mas daí pra frente saquei que era um filme policial passado em Los Angeles... Uau!
Já sei como termina...
Respirei aliviado...
segunda-feira, 24 de março de 2014
O que é realmente essencial? O que faz a diferença?

Por que não dizer, muitas vezes, uma estúpida diferença.
Na porta de uma festa, o indivíduo tenta entrar. O porteiro o interpela.
"Convite senhor."
O homem enfia a mão no bolso e tira um papel amarrotado, logo entregando-o ao funcionário.
"Aqui!"
terça-feira, 18 de março de 2014
O tempo e as jabuticabas - Rubem Alves
[Nunca publiquei um texto no Saco de Filó, em 7 anos, que não fosse meu. Mas esse texto de Rubem Alves é tão perfeito que eu queria que fosse meu. E publico dando os devidos créditos]
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
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