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sábado, 30 de abril de 2011

Por um mundo com mais bullying

O senador Roberto Requião (PR) reclamou de bullying da imprensa, porque o repórter perguntou se ele abriria mão da pensãozinha vitalícia de 24 mil que recebe como ex-governador do Paraná (arrancou o gravador da mão do repórter e ofendeu com palavras incompatíveis com sua função de senador da república). O deputado Jair Bolsonaro reclamou que é vítima bullying da imprensa só porque declarou que negros e homossexuais não são pessoas que não merecem o menor respeito, sequer talvez, sejam pessoas. Mussolini foi vítima de bullying e pendurado em praça pública. Getúlio foi vítima de tamanho bullying que acabou cometendo suicídio. E o bullying que sofreu o ex-presidente collor na época do impeachment? 
Vamos parar com essa babaquice de que essa palavra serve para todo tipo de coisa. Se o objeto do assédio é um homem público que atenta contra moral do cargo que ocupa, que tira proveito, que rouba, que viola às leis, que envegonha o país, quer tira proveito de seu cargo para se arrumar estamos lindando com um bullying com justa causa. Desejo que o CQC, o Pânico, humoristas, imprensa em geral façam da vida desses políticos o inferno na terra.. Renan Calheiros, Sarney, Requião, Bolsonaro e cia. Se esse é o tipo de bullying que eles estão reclamando, lanço aqui a campanha, “Contra políticos, mais bullying
Dessa forma, se o caso é esse, vamos lutar por um mundo com mais bullying.
Se alguém vier e criticar, já sabe né. Vou acusar você de que estou sendo vítima de bullying.

sábado, 19 de setembro de 2009

Hipocrisia é a eterna pretensão à virtuosidade

Muitas vezes, o discurso serve para esconder o mau cheiro das nossas perversões humanas. O noticiário mostra o honorável senhor que reprimia a filha de minissaia, mas que se esfregava com meninas de 12 anos em um sítio na periferia. O “religioso” pregava a castidade, mas, em suas preces, pedia para não sucumbir outra vez a tentação dos meninos sarados que o cercavam. O político que vociferava pela sua dignidade e honra segurava a bolsa cheia de dinheiro recebido de um "amigo" que tivera seu contrato fechado com o Estado por sua interferência. Na esquina, o austero agente de segurança espancava o rapaz que fumava crack e tomava o seu relógio para não levá-lo a delegacia. E na TV, o homem de terno dizia que não tinha nada com a empresa X, mas guardava no bolso as passagens de avião e o voucher do hotel SPA em que descansaria no final de semana, por conta da empresa X.
Seguia-se assim a semana e todos respiravam o ar da dignidade, no culto, na rua, nas câmaras, nos palanques e nos púlpitos da vida. Sorvendo o ar que trazia consigo a eterna pretensão à virtuosidade.