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segunda-feira, 6 de junho de 2011

A capacidade de mobilização em prol de uma cidade

Em 22 de janeiro de 2011, a revista nrote-americana Newsweek publicou uma reportagem sobre cidades nos EUA que apresentavam um declínio de população. Entre elas havia a cidade de Grand Rapids no estado de Michigam. Concluía o repórter: Grand Rapids not just sick, it's dying, Grand Rapids Não está só doente, está morrendo. 
Em tempos de tribunais em moda, cabia um processo de danos morais que alegasse que a cidade sofreu um dano de imagem que gerou um prejuízo de milhoes de dólares. Isso sem falar em milhares de cartas e emails desaforados para a imprensa e, por fim, a declaração da jornalista que escreveu a matéria como “personna non grata” pela câmara de vereadores.
Entretanto, não foi isso que aconteceu. No último dia 22 de maio, eles mobilizaram recursos, patrocínio e muitas pessoas e setores da cidade para fazer um clip da música American Pie, de Don Mc Lean (um clássico dos anos 60). Li no kibe loco e fui atrás de mais informações sobre o clipe. Fiquei impressionado com a capacidade de mobilização deles.
Em um anti-americanismo completamente fora de contexto são tecidas milhões de críticas aos americanos. Crítica de muita gente que nunca botou os pés nos EUA e só fala do que ouviu falar. Quando estive lá aprendi que era um país como qualquer outro, cheio de qualidades e defeitos. Porém, duas coisas me chamaram atenção: eles possuem um senso de coletividade e uma capacidade de mobilização que talvez nunca vejamos por aqui.
Fiquei com vontade de conhecer Grand Rapids.
Experience Grand Rapids.. It sounds great now...

Vale a pena assistir

domingo, 26 de setembro de 2010

Qual a diferença entre o Eike e o Gates?

Cresci numa geração que era sinônimo de intelectualidade falar mal dos EUA e dizer que tudo que havia lá era imperialista e explorador sem, ao menos, se ter saído do Brasil para ir, no mínimo, ao Paraguai e visto como é o mundo lá fora. O que se dirá de EUA.
Mas o fato é que estive em NY, em 2000, durante um tempo e isso foi tempo suficiente para eu aprender algumas coisas sobre os norte-americanos.  A primeira é que eles têm problemas graves como todo mundo e que conseguiram um patamar de crescimento no mundo porque sabem ver oportunidades onde muitos perdiam tempo discutindo aspectos dialéticos da questão. Perdemos tempo demais com isso. Pecamos por falta de ação e pagamos, hoje, um preço de infraestrutura do tamanho da nossa ineficiência.
E uma das diferenças mais interessantes que percebi é a cabeça de nossos ricos que ganham dinheiro e sonham em mudar para Paris ou Miami para poder dirigir seus carros de luxo em tranqüilidade. Ganham e acumulam riqueza como se fossem viver para sempre em seus castelos cercados por seus seguranças armados. Eike Batista, por exemplo, tem a 8ª fortuna do mundo, segundo a Forbes, aproximadamente, 27 bilhões de dólares, quase uns 50 bilhões de reais e em franco processo de ampliação de patrimônio.  Já Bill Gates, o segundo do mundo, tem uma fortuna de 53 bilhões, mas deixa claro que seus filhos não terão mais do que 1% disso como herança e o resto será doado. Aliás, muita coisa já está sendo doada em vida e o seu dinheiro sustenta centenas de projetos que atendem populações em estado de miséria na África e na Ásia. 
Nos EUA, existe a cultura de se doar dinheiro  (Saiba mais) para universidades, pesquisas, projetos sociais e muitos bilionários vêem isso como uma espécie de investimento, investimento em um mundo melhor para seus filhos e netos. Doar em vida ou deixar como herança para fundações de amparo social é uma prática e basta ver a história americana para constatar.
Nós, tupiniquins, novos ricos, ampliamos nossa riqueza e alimentamos o monstro de nossa ganância e de dentro de nossos castelos só nos deslocamos para nosso heliporto para passar por cima e bem longe da gentalha mulata e pobre que se embola nas “comunidades”.
É lógico. Tudo isso não explica a prosperidade americana, mas ajuda a entender uma parte da coisa toda. Eles possuem um sentimento que nós ainda não temos: o sentimento de coletividade, de nação.