sábado, 14 de janeiro de 2012

O que 2011 me trouxe? A percepção do poder..


Sinceramente, não sei. 
Possivelmente, o mesmo que 2010, 2009, 2008.. e vai por aí. Na verdade, eu vim acumulando uma série de aprendizagens e experiências que me fizeram mudar de ideia sobre algumas leituras de mundo. E a minha grande mudança foi com relação ao que eu pensava sobre poder e dinheiro. 
Eu tinha comigo que o que movia a “puxada de tapete”, “traição”, a falsidade e outras tantas coisas comuns em ambiente de trabalho era o dinheiro. Aquelas gratificações que recebemos associadas aos salários e que engordam os ganhos. Mas 2012 veio para me mostrar que quem trabalhava com vistas à gratificação era eu e não muitos dos meus colegas que ou já tinham dinheiro, ou a gratificação que recebiam era tão pífia que não compensava o esforço.
Eu sempre deixei claro que amor eu tenho pela minha esposa e meus filhos, por instituições, eu tenho compromisso profissional e respeito. Sou contratado, cumpro meu dever de forma eficiente e vou embora. É assim.
Mas o que compensava, então, a essas pessoas se não era o dinheiro? 
Poder. Pode parecer ingenuidade minha, mas nunca imaginei que as pessoas se entorpecessem disso como de uma droga e quando se encontram inebriadas são capazes de fazer qualquer coisa para não perder a posição. Convivi com pessoas com quem já convivia há anos e, quando elas provaram do poder, mudaram completamente. Tornaram-se outra pessoa capaz de tudo, tudo mesmo, para não ficar longe mais do suave veneno que as nutria. O dinheiro sequer era colocado em questão.. O que enlouquecia era o poder. 
Eu as percebi mudando de forma, de voz, de valores, enfim, se “monstrificarem” como o “Smeagol”, personagem de senhor dos anéis que se torna um monstro deformado pelo poder do anel.
Sinceramente, eu não sei se elas sempre foram aquele monstro, porém, adormecido, ou se eu estava diante de uma metamorfose completa. 

Vi pessoas que se foram da minha vida de vez depois que optaram por se transformar de algo que um dia admirei e respeitei em monstruosas deformidades. Não lamentei.. percebi que nunca tive amigos ali, tratava-se de uma leitura errada minha, que era tudo uma questão de tempo. 
E o tempo chegou..

E que venham outros tempos que coloquem à prova as minhas leituras de mundo.
E que venha 2012 com suas aprendizagens.

2 comentários:

Sidney Silva disse...

Boa parte da humanidade está esquecendo o amor ao próximo, isto é fato! Cada vez mais vemos pessoas ambiciosas alimentadas por programas (como o BBB) que fazem tudo (e mais alguma coisa) por dinheiro e poder! É uma pena também ver tanta injustiça acontecendo mundo afora, pessoas matando pessoas, animais e a natureza... tudo por dinheiro ou quem sabe, por momentos de prazer. Pior pra quem é avesso á tudo isto, pois sofre dobrado por se decepcionar com pessoas deste naipe... O que reina é a hipocrisia, que vestem certas pessoas, fazendo ser o que não são, o que não pensam, o que não querem...! Este é o pequeno mundo em que vivemos, um mundo de ilusões e aparências...!

Unknown disse...

Em toda a história da humanidade as pessoas sempre estiveram mais preocupadas com a glória e o poder. Para um Imperador sua glória, influência, nome eram a mais valia, mais ainda que sua fortuna. Um exemplo disso é a história dos judeus, que apesar de possuírem o dinheiro o nome das obras não eram deles. Ou seja muitas vezes somos os arquitetos, mas não recebemos o crédito e é isso que as pessoas esperam, crédito e respeito e também o gosto de comandar