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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ignorante por opção


Sei que minha confissão causará furor e revolta por parte de alguns colegas, mas sinto que há coisas que ficam por ser ditas. E esta é uma das que tem ficado na gaveta das minhas ideias. Depois de uma graduação, uma especialização, um mestrado, um doutorado, um monte de livros lidos, outro tanto de filmes vistos, enfim, assumo, após tanta cultura, optar por ignorar certas coisas e deixar que meus colegas mais novos (muitas vezes em espírito, não só em idade) se degladiem por mim. Cansei de sofrer...
Aos 40 anos, estou passando procuração para que me representem em causas de interesse da nação e midiáticas. Constatei isso ao ver que as pessoas discutiam um código florestal. Uns eram contra e outros também. Ruralista diziam que era uma lei ruim e ambientalistas diziam que era péssima. Enquanto o coro do facebook gritava: Veta, Dilma!
Até o presente momento não faço ideia do que era ruim ou que era bom nisso tudo. Mas a voz do facebook não é a voz de Deus? Então, Veta, Dilma! Também não entendo ainda hoje como é que dois lados opostos podem dizer a mesma coisa e ainda assim não concordarem em nada.
Agora vem aí o novo código penal... pode fumar maconha. Só não pode fumar perto de escola. Entendi... mas peraí... fumar não é queimar mato, queimar mato não é queimada? Ei... não pode. E o código florestal? Ah sim.. acho que a Dilma vetou.
Enquanto isso, começa uma nova edição de "A fazenda" que vai trazer um monte de coisas patéticas das quais não vou ficar sabendo nada assim como quase nada sei das outras edições. A não ser que eram coisas patéticas. No mais, tenho sido munido somente de um interesse meio sádico e egoísta. Acompanho a novela Cachoeiras da Paixão, com a particpaçõ de vários políticos e empresas com o patrocínio da DELTA e segui de perto as mudanças da poupança que, como sempre, são para ferrar com a gente... Peraí, peraí... Na minha poupança, não... Veta, Dilma, veta!
Ah... não dá mais...? Sacanagem!

Cansei de sofrer pela impotência diante das causas... e essa é a pior de todas, pois nem viagra ajuda.

sábado, 22 de outubro de 2011

É possível ter orgulho dos mais bizarros defeitos


Eu sou assim: quando eu gosto, eu gosto; quando eu não gosto, eu não gosto. Outro dia, eu falava em sala de aula aos meus queridos alunos que essa é a frase preferida de todo idiota quando quer chamar a atenção para sua personalidade, quase sempre, pífia, vazia e completamente desinteressante. 
Há gente que grita os próprios defeitos como se fossem traços louváveis de sua personalidade, pessoas que cantam aos quatro cantos do mundo que são possessivos, vingativos, incapazes de perdoar, não aceitam ideias diferentes das suas e são intolerantes ao extremos. Afinal, eles são assim: quando gostam, gostam; mas quando não gostam, não gostam.   
É claro que somos todos verdadeiros poços de defeitos e estamos longe de qualquer perfeição. Aceitar essas falhas de formação do espírito é a primeira parte do processo de mudança. Depois, temos a mais complexa das partes, corrigi-las. Aprender a tolerar, desprender-se, perdoar entre outras coisas é o mais difícil de tudo. Acho que é por isso que algumas pessoas desistiram, transformaram suas deformidades e aleijões  em virtudes e repetem o clássico "eu sou assim".
Sempre que ouço isso, penso que, com certeza, as pessoas não têm dimensão de toda a carga negativa dessas palavras que poderiam ser bem traduzidas por "eu sou assim: tenho um monte de defeitos horríveis, não vou mudar e aceito sofrer e apanhar muito porque não tenho forças para modificar isso"
Eu, por exemplo, sou assim, quando eu gosto, eu gosto; mas quando eu não gosto... Bom, quando eu não gosto, estou sempre aberto para que me deem boas razões para gostar. Inclusive de pessoas que repetem essas sandices de "eu sou assim, quando eu gosto, eu gosto.. e blá, blá, blá...