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quarta-feira, 4 de julho de 2012

As pessoas e as outras pessoas


As pessoas querem que a gente odeie outros times que não sejam o nosso, mas não consigo ver inimigos a serem odiados e humilhados, mas gostos diferentes. As pessoas precisam que você compartilhe o que eles consideram belo justo, mas poucas vezes, lhe perguntam qual a sua ideia de belo e justo. As pessoas sentem necessidade de demonstrar algo que nem de longe sejam, mas se esquecem de saber se eu quero ver já que acreditar nem mesmo elas o fazem. As pessoas nos cansam e nem aceitam nosso pedido de tempo para descanso... Só no Vôlei  alguém nos leva a sério.
Acho que no facebook ou no mundo real, cada vez menos presente na vida social de tanta gente, as pessoas desejam que as conheçamos melhor e, para isso, se mostram no que são cada vez menos.
É isso. As pessoas investem para que sejamos cada vez mais idiotas perfeitos, mas esquecem que ninguém é perfeito. Logo, seremos falhos até em nossa estupidez.
E isso talvez ainda seja a esperança que nos resta.

sábado, 3 de outubro de 2009

O pessoal e o coletivo: quando a casa se mistura com a rua.

Não é raro o caso na história em que projetos pessoais atropelam ideais coletivos. Grandes ditadores sucumbem face ao fato de que seus planos pessoais assumiram proporção maior do que o do grupo em que viviam. Alguns indivíduos conseguem ver o universo como parte de seu mundo e não o contrário (uma vez escrevi sobre isso aqui. Vale a pena ler de novo "Eu até sei que você existe e daí?").
Toda vez que vejo uma reportagem sobre a Venezuela, penso nisso e imagino como o seu presidente está perdendo uma oportunidade única na história de seu país de criar uma ilha de prosperidade na América do Sul, um ícone da igualdade social e provar como o dinheiro de petróleo pode trazer justiça e melhores condições de vida para todas as pessoas de um país.
Entretanto, ele mergulhou em uma cruzada bolivariana (sic) contra os EUA, em apoio às FARCS, contra a Colômbia, a favor do Irã e da Coreia do Norte, pró-cubana revolucionária.. Tudo isso em pleno século XXI e num arroubo anacrônico de rebelde ao estilo Che. E assim, ele consome todos os seus recursos em um projeto pessoal que está há anos luz da realidade de um país ainda miserável, desigual e sufocado por um regime de “ditadura branca” que oprime a mídia, a livre iniciativa, que ideologiza o ensino e pune os discordantes de seu plano pessoal de entrar para a história.
Alguém deveria dizer a ele que ele já entrou.
Agora pode sair.