Mostrando postagens com marcador paternidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador paternidade. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

É difícil ser pai, né, pai?


Outro dia, eu brincava com o meu filho de 4 anos, Daniel, e lá pelas tantas eu perguntei se ele sabia quem era a razão da minha vida. Ele não pensou e respondeu de cara: - Sei sim. Eu e o Bruno (o meu caçula). Ele me deu um beijo e disse que me amava e achava que devia ser difícil ser pai. Eu respondi que não era fácil, mas era uma coisa que mais dava sentido à minha vida. E voltamos a brincar.
Ser pai no sentido mais amplo da palavra é dividir o meu tempo com ele e entender que eles fazem parte das minhas prioridades. É sentar no chão para brincar, sair para comprar coisas juntos, conversar como gente grande, jogar videogame, brigar na hora de brigar, pedir desculpas quando nos excedemos e dar exemplos bons o tempo todo. Eles nos observam mais do que imaginamos e isso, às vezes, assusta.
Antigamente, o pai-padrão contribuía com o esperma e ali encerrava sua participação direta na paternidade. No mais, botava dinheiro em casa enquanto as mães eram as responsáveis pela educação dos filhos. A coisa, hoje, mudou. A minha geração de pai é mais comprometida e vemos isso nos shopping e pracinhas.
Temos que ter tempo para o trabalho, para o estudo, para a esposa, para os filhos... Quando sobra um pouquinho para a gente, aí sim, aproveitamos e... Damos para os filhos, pois a vida ao lado deles assume um sentido sem o qual não saberíamos mais viver.
É, Daniel, é difícil ser pai.. mas todos os dias agradeço essa oportunidade que você e seu irmão me deram de entender o que é esse nunca contentar-se de contente, esse cuidar que se ganha em se perder. Esse tão contraditório a si que é mesmo o amor. 

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Que exemplo deixamos para nossos filhos?

Os filhos espelham os pais. Antes de ser pai, sempre achei que isso fosse filosofia barata. Mas tenho tido inúmeras razões para acreditar que a coisa vai além das palavras.
Outro dia, durante uma aula em que eu explicava o que pressupomos e o que subentendemos em um texto. Eu disse que é possível, na frase “Maria parou de fumar”, pressupor que Maria fumava, com base na expressão “parou de”. Então, perguntei por que as pessoas achavam que Maria parou de fumar. As opiniões foram várias: tinha força de vontade, porque sofria de problemas respiratório, porque se sentia discriminada, enfim, cada um opinava e criava um subentendido com base no que tinha como vivência pessoal.
Foi nisso que uma aluna disse que Maria parou de fumar porque tinha uma filha pequena. Questionada com a relação entre parar de fumar e ter um filho pequeno ela explicou que ela (a aluna) fumava e que decidiu parar de fumar quando viu sua filha brincando com uma caneta, como se fosse um cigarro. Isso explicou tudo.
Fui pensando nisso durante o caminho para casa. Uma hora de volante dá pra mastigar muita idéia. No dia seguinte, em casa, sentei para ler o jornal como sempre o faço nas minhas curtas horas vagas. O meu pequeno Daniel (de dois anos e meio) se aproximou, pegou um dos cadernos do jornal (Valor Econômico) arrastou para o quarto dele. Não sem antes dizer: papai, eu qué lê.
Cheguei de mansinho no quarto e simultâneo ao Barney que passava na TV, o meu menininho me imitava com o jornal aberto e dizia: esse é o A, esse é o O.... esse é D de Daniel...
Com um sorriso que se espalha na alma, entendi tudo. Entendi e me pesou como toneladas a responsabilidade saber o que podemos deixar para nossos filhos.


domingo, 8 de agosto de 2010

Mãe, cheguei bem. Te amo.

[não sou de poesias, mas essa foto ficou tão linda que inspirou]


O que é que você espera mulher?
Espera menino?
Que chega às pressas e estabanado
Derruba as coisas a frente e ao lado.
O que espera mulher?


Espera menino?
Moleque levado que fala enrolado
E torce a língua para falar mamãe?


Ainda esperando mulher?
O garoto sapeca 
Ruidoso da breca
Ou seria levado breca?
Não importa. O fato é que espera menino.


Espera mesmo menino?
Que um dia crescido
Com ar decido e mochila nas costas
Chega e lhe diz:
- Tô indo viajar, mãe. Beijos
 E contrariada, mas resignada
Vê bater a porta.


E então...
Deixa o corpo cair no sofá...
Espera menino
Esperando o menino ligar.

[O nome dela é Camilla, minha esposa, e espera nosso segundo menino. Vai se chamar Bruno.]