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sábado, 24 de outubro de 2009

Psiquiatras, psicopatas e testes psicotécnicos


Poucas coisas são tão sem pé nem cabeça quanto os testes psicotécnicos que fazemos em exames de trânsito. A examinadora lhe dá um papel, uma instrução quanto ao desenho que deve ser feito e você segue o que o instrutor da auto-escola lhe ensinou para não pensarem que você é maluco: Se desenhar bonequinho, faça um chão, se fizer uma árvore, faça o chão... Ah se fizer uma flor, desenhe o chão. Por fim, concluo... malucos não sabem desenhar chão. Nunca entendi a lógica disso.
E se eu desenhasse um sujeito esquartejado por um machado ao lado de uma árvore, sangue para todo lado, pessoas correndo ao fundo e um cara vestido de Jason.. Será que eu colocar o chão faz diferença?
Certa vez, vi, em um livro, um teste de borrões e enxerguei um borrão que parecia o clip da música crazy, num segundo momento pensei em uma borboleta, depois pensei em uma máscara daquelas do carnaval de Veneza. Fiquei pensando será que daí posso deduzir que tenho tendências a roqueiro ou a carnavalesco performático. A segunda hipótese decepcionaria minha esposa.
O fato é que não sei se me enquadro no grupo dos normais ou no grupo dos psicopatas incuráveis e altamente nocivos à sociedade, mas nem me aprofundo nessa reflexão. Só sei que li, outro dia, que um em cada três homens apresenta tendências à psicopatia... Por prevenção e cuidados de auto-preservação, quando entro com mais dois caras para uma reunião em um lugar fechado, fico perto da porta....

P.S.: É igual ao sistema de cartões em um banco, ele manda eu inserir o cartão, digitar os dados, retirar o cartão, escolher a operação e inserir o cartão de novo. Confirmar a operação, inserir o cartão de novo. Será que eles pensam, na paranóia de segurança, que bandidos só sabem enfiar o cartão uma vez na máquina?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cenas inusitadas I - bola da vez

Há somente dois dias na comunidade e Aderbal já conseguira sair com a mais gata dali. No baile, ele desfilava com ares de vencedor aos olhos de todos que o admiravam com ar de espanto e surpresa. Entrara e saíra de mãos dadas confirmando a todos a posse sobre a sua conquista. Ele era o máximo.
No motel, entregaram-se a horas de amor em todas as formas e posições e, vencidos, repousavam os corpos um sobre o outro e conversavam com voz mole.
- Precisava de um homem como você.
- E eu cheguei.
- forte, firme, decidido, inteligente e que me trouxesse tudo que não tive até agora.
O rapaz se sentia nas nuvens.
- Não agüentava mais o Ferida.
- Ferida?
- É meu namorado.
- Ex?
- A partir do momento que te conheci sim.
- Ele só sabia falar de trabalho... era pó para cá, fuzil para lá, granada para cá, amigos da Colômbia...
- Falava do quê?
- É .. aquele morro é a vida dele.
- Aquele o quê?
- Aquela gente que anda com ele cheia de armas.. ai que sufocante! Aí, meu celular está tocando. Já é ele sabendo que estou aqui com você... ele vai vir sim, deixa, deixa ela vir que eu vou abrir o jogo para ele... Ele vai ter que aceitar a minha escolha...
- ...
- Aderbal... cadê você?
Agarrado no telefone do quarto, Aberdal insistia que era um absurdo que o serviço de quarto não tivesse veneno a la carte.