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domingo, 8 de abril de 2012

Vaidades das vaidades.. tudo é vaidade


Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? 
Eclesiastes 1:3

O vaidoso é um idiota (no sentido helênico da palavra aquele que só pensa em si mesmo) por natureza. Não falo da vaidade que quer deixar a si mesmo mais bonito, mais novo, mais forte, mais chique, enfim, mais qualquer coisa que agrade aos olhos. Falo do vaidoso estúpido que faz tudo na espera do agradecimento, do reconhecimento, das placas, dos títulos, das honras... Trabalhei em lugares em que as pessoas faziam lobby para colocarem seus nomes em prédios e salas antes de terem ao menos morrido.  Coisa que aliás, por desfeita, não fizeram até hoje para se fazer jus à homenagem. Conheci, na minha vida, pessoas que adulavam chefes para receberem um título qualquer de qualquer coisa só para ter uma cerimônia de honra e entrega de plaquinhas. Lidei com professores que adotavam uma postura de bajulação com alunos para não ficarem de fora das homenagens das festas de formaturas... Ao fim, plaquinhas, musiquinha “ao mestre com carinho”...
Vi, nesse mundo, almas que se alimentam de elogios, nomes, títulos e pompas que escondem o imenso vazio que trazem. Muitos desses, por essas terras andam, deixam seus nomes em prédios, ruas, estabelecimentos, praças e até cidades e, nesse rastro de suas vaidades, nos fazem até esquecer os canalhas que foram em vida. Afinal, a morte redime a tudo, já diziam os romanos.
Sem estender-me em elucubrações, talvez essa seja a real intenção em vida de sua sede por notoriedade e reconhecimento. Cobrir com placas e louvores tudo que ele não fez, tudo que ele não foi.

sábado, 18 de junho de 2011

Caia na real! Você não é o centro do universo

Somos eternos presunçosos. Achamos que há coisa que só acontecem com a gente. Como se uma entidade superior a todos fizesse pequenas coisinhas só para nos sacanear. É algo como Deus acordar de manhã e pensar: Putz, tô sem nada para fazer... Ah, já sei, vou sacanear o fulano. 
Não seja tão pretensioso! Você acha que algum ser mágico e poderoso dedicaria seu tempo para te sacanear por quê? Vai. Me dá uma boa razão. Pois é... não tem. Então pare com essa de "só pode ser de implicância comigo" e entenda algumas coisas:

Quando estamos com pressa, o carro mais lento do trânsito anda na nossa frente e vai para o mesmo lugar que vamos. Além disso, no caminho não há nenhum ponto de ultrapassagem. Acredite, todo mundo que dirige passa por isso algum dia.

Todo mundo que trocar de fila no engarrafamento vê a sua ex-fila andar muito mais rápido do que a que estamos e que tínhamos certeza de que estávamos fazendo um grande negócio ao passar para ela.

Algum dia você reserva hotel, paga pacote, viaja para a praia e chove. Não precisa mentir quando voltar e dizer: olha, lá nem choveu. Só caiu uns pinguinhos no primeiro dia e depois fez um solzão.

Velhinhas que pagam as contas com moedas do fundo de sua bolsa quando você está na fila do supermercado com pressa é um evento normal. Velhinhas gostam de pagar com moedas e gostam de filas de mercado. Você é que está com pressa.

O seu pão e o de todo mundo cai com a manteiga virada para baixo.

Quando se tem dinheiro não tem tempo, quando se tem tempo não tem dinheiro. Isso é uma regra geral. Poucos conseguem burlá-la. Pense que poderia ser pior: não ter tempo, nem dinheiro.

Diz aí.. o que você acha que só acontece com você. Saco de filó ajuda você a entender que é menos importante do que pensa.

sábado, 27 de setembro de 2008

Eu até sei que você existe, mas e daí??

O grande mal da humanidade em todos os tempos sempre foi a falta da percepção da alteridade.. Esta palavra tem origem latina (alter = outro) e significa aquilo que está no outro, no caso, a existência do outro. Certa vez, disse por aqui que um egoísta é aquele que só fala nele, um egocêntrico acha que só falam nele e o ególatra tem certeza de que todos deveriam falar nele se tivessem bom gosto.
Na base disso, está o problema da alteridade. A pessoa que sofre desse mal não atropela o outro, porque simplesmente ignora a existência do outro. Também chamada de síndrome do filho único, pois reflete muitas vezes a existência de pais que disseram para ele que o mundo era feito só para ele.
Encontramos esse comportamentos em casos como:


a) duas vagas no estacionamento e o cara estaciona com metade do carro em uma vaga e a metade em outra. É...Você vai ter que dar mais voltas para procurar um lugar para parar.


b) o cara entra em um lugar fechado em que ninguém fuma e acende um cigarro. Alguns ainda disfarçam: se importa se eu fumar? Ora, claro que não... já estava sentido falta de fumaça por aqui.. manda ver. Sou um único caso de fumante passivo por opção no planeta.. Aproveita!

c) O sujeito entra em um auditório lotado senta em uma cadeira e coloca suas coisas nas duas ao lado dele. Segue-se a pergunta gentil de quem quer sentar: tem alguém sentado aqui... (Tem. O ego do cara. Procure outro lugar)


d) Na fila do banco, chega correndo, fala com o primeiro da fila, passa o serviço dele para outro em detrimento do restante da fila. Só ele tem pressa, só ele tem serviço... só ele... afinal.. que fila?


e) o vizinho liga o som e compartilha com você em volume máximo o último CD da Banda Calypso e da Taty Quebra Barraco mais de 5 vezes cada um... detalhe às 10 e meia da noite.
Sem comentários...

Mas, sejamos compreensivos, e entendamos que este cara sofre de um mal terrível. E, movidos por um espírito cristão saibamos perdoar... Não podemos desejar a morte a esse indivíduo que se encontra em um estágio precário de evolução humana...


Salvo se esta morte for bem lenta, cruel e dolorida.

Pois como diz o pessoal da Apple:


- Aí pode.
(não resisti ao trocadilho)