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sábado, 29 de outubro de 2011

Estar com a razão para quê?


Por que as pessoas querem tanto ter razão em qualquer discussão? Parece que ter razão é uma questão de honra mesmo. Como se suas vidas dependessem daquilo. Eu, pessoalmente, detesto discutir e reservo a troca de ideias a pessoas que eu tenho certeza absoluta de que alguma ideia para trocar. Ah.. e sim. Que essa ideia a ser trocada vale o meu tempo.
Sou daqueles que dá um boi para não entrar em polêmica ou discussão e se necessário dá uma boiada para sair dela o mais rápido possível se a entrada tiver sido inevitável. Acho que só os idiotas dão uma boiada para ficar numa briga. Perdem tempo, gastam energia, criam animosidades e, no final das contas, carregam consigo o volátil trófeu do cara que estava com a razão. 
O gostoso do mundo é a certeza de nem sempre estarmos com a razão. E, mesmo quando podemos estar, ficar olhando de fora uma polêmica, com aquele ar entediado de olhar o rio por onde a vida passa (Pra rua me levar - da Ana Carolina) sem se precipitar e nem perder a hora chega a ser divertido.
A verdade é que as pessoas gastam muita energia com discussões que não conduzem a absolutamente lugar nenhum e que, quando conduzem, são lugares em que não queríamos ou em que não vale a pena ficar.
Bom, se você acha que discutir é bom, que não devemos levar desaforo, enfim, que o que vale é a sua opinião, tudo bem. Creio que não vale a pena discutir por isso. 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tenho preguiça de discordar de você

Quando somos adolescentes, discordamos até daquilo com que concordamos só para ter o prazer de discordar. Com o tempo, perdemos essa mania de achar cabelo em ovo o tempo todo. É uma necessidade de auto-afirmação característica da idade. Claro que alguns não superam isso e passam a vida inteira agindo com se fossem adolescentes, mas isso já é a tal da síndrome de Peter Pan.
O fato é que admito que, hoje, tenho uma preguiça enorme de discordar. Argumentar, falar, buscar ponto de base para seu raciocínio, aguardar que o outro entenda, conduzir a lógica da argumentação... enfim, se não for algo que pague as minhas contas. Desisto antes de começar e concordo para não esticar a conversa. Muitas vezes, minha concordância vem expressa num silêncio sepulcral e uma onomatopéia sem nenhum sentido do tipo: éééé.... Não se trata do verbo ser, é simplesmente: éééé..... com um ar desanimado e que vai se esvaindo preguiçosamente nos pouco segundos que tem de vida.
Se opinião da pessoa é algo estapafúrdia a ponto de comprometer a sua reputação ou reputação de outro, penso qual o grau de comprometimento que eu tenho com essa pessoa. Se esse grau for suficiente para eu abrir mão de meu silêncio (e de minha onomatopéia preguiçosa) eu tento mostra a ela que existem outras maneiras de ver a mesma coisa. Se ela insistir no equívoco, desisto e solto o meu célebre e definitivo: ééé...
Não preciso (e nem quero) convencer ninguém de que uma religião é melhor do que a outra, de que um partido é melhor do que o outro, de que essa filosofia é melhor do que aquela. Não quero te convencer de nada, nem mesmo de que essa minha maneira de ver as coisas é a melhor.
Bom, se você concorda comigo, fico feliz de encontrar alguém que já se cansou também de bater boca. Se não concorda comigo...
Ééé....