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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A foto, o photoshop e a funkeira


Outro dia, eu assistia na TV a um programa de entevista em que o Danilo Gentili recebia uma moça que canta funk chamada Valeska Popuzada e, lá pelas tantas, ele tocou numa questão delicada, uma foto no carnaval em que ela aparecia no carro alegórico de uma escola de samba com um bumbum bem deformado. Ela ficou sem graça e disse que aquilo era sacanagem, não era aquilo, mas acabou admitindo que nunca negou que tivesse celulite... enfim, admitiu que é normal.
Mas ao que as pessoas não atentaram é para um fato interessante sobre fotografia. Primeiro, uma bunda daquele tamanho, se não tivesse uma celulite, seria feita de louça e, ao que parece, não é de louça ou já teria quebrado. Outra coisa, e mais importante ainda, ela estava sambando numa trepidação intensa do bumbum. As fotos parecem não ter sido tiradas de longe e nem foram  tiradas com câmeras dessas que se compra no balcão de lojas de eletrodoméstico.
Em ambientes de luz irregular como é o caso das fotos comentadas, o fotógrafo usa fortes flashes que obrigam que o obturador (o buraquinho por onde entra a luz na câmera) abra com muita velocidade. Bingo! Quando o obturador abre e fecha com grande velocidade, por exemplo, ele capta o movimento em uma micro fração de tempo. Para se ter uma ideia, se fotografarmos uma pessoa falando nessas condições, o cara fica com jeito de maluco, boca meio aberta, olhos fechados.. enfim, horroroso. Se o fotógrafo deixar sem o flash, o obturador automaticamente ficará aberto por mais tempo para captar luz e, com uma pessoa se mexendo na frente, vai gerar uma foto borrada.
O que aconteceu ali foi isso uma foto batida de mais próximo, com maior velocidade, pegou o micro momento em que o bumbum e suas naturais celulites estavam subindo e descendo. Daí, aquela imagem esquisita. Quando comentei com minha esposa que havia escrito um texto explicando isso, ela logo atirou: - ê.. você defendendo a bunda da mulher!
Não. De modo algum, só estou explicando um detalhe que para a maioria das pessoas passa completamente despercebido... pois é... apaixonados por fotografia percebem fotos além das bundas.

sábado, 11 de junho de 2011

Fotos digitais: popularização e horror ao acesso de todos

Com toda popularização de uma tecnologia, vem o efeito reverso que nos  força a buscar qualidade no meio de tanta quantidade. Antigamente, quando fotografávamos, seguia-se a isso uma via sacra em busca da foto impressa. O cara da loja de revelação recebia e já adiantava que só ficaria pronto em uns 15 dias. Obviamente, sem falar no custo absurdo que ficava  revelar um filme de 36 poses. Ou seja, fotos, só para eventos importantes.
No final da década de 90, as máquinas digitais popularizaram a fotografia e permitiram que qualquer um tirasse fotos de qualquer coisa a qualquer momento. Eu acompanhei toda essa revolução e só comecei a estudar o tema quando me foi permitido tirar fotos à vontade sem ficar refém do homem da loja de revelações.
O efeito contrário dessa popularização é o show de horrores que pipoca nas redes de relacionamento. Uma montoeira de fotos tiradas com celular em luz péssima, desfocadas, em ângulos esquisitos com garotas fazendo um biquinho para o espelho da porta do guarda-roupa ou do banheiro que era para ser sexy, com certeza, era. Ou pelo menos, parece ser que era para isso. (Olha, conheci poucas pessoas lindas e fotogênicas suficientemente para ficarem bem nessas fotos). Rapazinhos fazendo pose com latas de cerveja na mão em churrascos ou na noitada para as pessoas olharem e dizerem: olha é um homenzinho e já até bebe. Olha como ele é farreiro... Isso sem falar no tradicional sinalzinho de metaleiro com os dedos que frequenta além dos show de rock, os pagodes, sertanejos universitários, exposições agropecuárias e bailes funks.
Tudo isso com poses sem noção, com fundos horrorosos tirados com câmera meia boca (ou celular que é tão meia boca em sua imensa maioria das vezes) ou, quando tiradas com máquinas razoáveis, essas são mal reguladas e mal usadas (o que ocorre em boa parte dos casos). 
Apontou, fez pose, tirou.. clic.. pronto. 
Olha só que merda.. mas vai para o Orkut.