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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Tempos difíceis, homens mais fortes

Não se trata de uma ode à privação e aos tempos difíceis, mas é fato que tempos difíceis forjam homens mais fortes e resilientes. As gerações que viveram o período mais duros (como as guerras, por exemplo) conheceram as privações, limites e dores muito cedo na vida. Isso forjou almas preparadas para lidar com a parcimônia, com as regras (por mais que discordassem) e com a resiliência de ser abatido pela dor, levantar e prosseguir. Enfim, criou-se uma geração de agentes e não pacientes de suas histórias.

Os tempos fáceis de fartura moldaram uma geração que se coloca como vítima de tudo, da sociedade, do capitalismo, do preconceito, da desigualdade, do melindre, do universo como um todo. Enfim, coisas que sempre existiram em uma escala muito maior do que se vê hoje, mas é uma geração que aprendeu que todos lhe devem algo, o estado, a sociedade, o sistema econômico etc. E esse sentimento de eterna dívida (que não vai ser paga porque não é assim que a banda toca) gera pessoas frustradas e incapazes de lidar com a dor e a privação que são coisas tão certas na vida quanto é a aurora e o entardecer. 

Os bancos de escola reforçam esse discurso porque, de certa forma, isentam-se da responsabilidade de criar agentes de suas histórias, mas acomodados pacientes em um mundo mau e injusto contra o qual a maior arma é o teclado do computador, as eternas lamúrias somadas à inércia absoluta da vítima eterna.


Pois é, garotada. Aprendam 3 coisas doloridas de se assimilar: 1. O mundo é injusto sim (você vai sentir isso na carne diversas vezes, acostume-se a aprenda a sobreviver acima dessa realidade) 2. Ninguém lhe deve nada (Se você não correr e muito atrás do que deseja, só lhe resta virar um reclamão chato para cacete que não produz nada além de reclamações e criticas vazias) e 3. A vida não vai lhe premiar pela sua capacidade de bater, mas de tomar porrada e levantar com a mesma dignidade. (fortes não são os que batem, mas os que caem mil vezes e se levantam)


Sim. Você vai sangrar muito e como dizia o Cazuza, a vida não tem "pódio de chegada bem beijo de namorada". Você é só mais um cara. O fato é que as gerações forjadas a ferro e fogo lidavam melhor com essa realidade. A vida vai doer e é assim que  funciona. O que nos resta é não focar no que acontece, mas no "como lidamos com isso". A dor é inevitável, o sofrimento é sempre opcional. 


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Toda dor

Toda dor que não nos traz aprendizagem é vã. Fugimos da dor, mas sabemos que toda dor vem do desejo de não sentirmos dor. Então, que venham as dores. Confuso, não? Explico.
A dor é uma forma de aprendizagem que nos conduz a um caminho de não mais cometer aquele erro e, logo, não sentirmos dor mais. Pelo menos não mais aquela.  Mas aí é que está. A dor só é válida quando nos traz a aprendizagem sobre o que a gerou e, assim, chegaremos à fatídica conclusão que elas são resultados de, pasmem, nossas escolhas. Escolhemos caminhos que nos conduzem a ela, escolhemos opções que as tem em sua rota. E lá está ela a nos esperar.
Se não traz aprendizagem não valeu, foi dor em vão. Precisamos beber esse copo até o fim e depois, olhar a vasilha vazia e perguntar: o que eu aprendi nisso tudo?
A primeira postura diante da dor, em face de nossa imaturidade espiritual, é buscar culpados, desejar o revide,  perguntar-se por que eu...
Culpados não há.... de alguma forma, somos frutos de nossas escolhas.
Revide não cabe.. não atenua a dor.
Porquês são inócuos frente ao fato que nos assoma... para que seria relevante esforçar-se para entender o que já se consumou.
Então, que as dores sejam bebidas até a última gota. Mas antes, quando os copos estão cheio, ergam-nos e façamos um brinde a todos as dores, que nos moldaram como o aço da espada e aos nossos algozes que nos ensinaram que é nas mãos deles que está o sangue. E, em suas histórias, é que está escrito o mal.
Um brinde a todas as dores, um brinde à maneira que a vida tem de de nos ensinar a ser fortes a partir de nossas escolhas.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Todo imbecil....

Todo imbecil se pergunta por que ajudar pessoas que moram tão longe atingidas por catástrofes quando há pessoas por perto precisando de ajuda. Todo idiota acredita que postar meme sobre meio ambiente, causas sociais ou pregação ideológica no facebook o torna alguém melhor. Todo babaca se pergunta por que se preocupar com animais se há pessoas sofrendo. Embora ele mesmo não faça nada nem pelos animais, nem pelas pessoas. Todo boçal acredita que palavras bonitas substituem ações. Todo ignorante tem certeza de que há um Deus que ama aquele que reza todos os dias, mas não faz nada pelo próximo. Ama e privilegia aquele que tira um dia para rezar/louvar/orar e se nega a tirar o mesmo dia para amenizar a dor de quem sofre ou dar atenção a quem precisa. Esquece em sua cegueira que  a mais bela das orações são as suas ações que ecoam pelo universo e realmente mudam as histórias.