terça-feira, 18 de novembro de 2008

Da série ambiente de trabalho II: O preconceito... o perseguido!

Ramon tinha certeza de que não conseguira nada na empresa até hoje porque, há tempos, sabia que rolava um complô contra ele. Viu no corredor duas pessoas falando baixinho e tinha certeza que era dele que falavam. Deve ser só porque comprou um atestado para tirar folga mês passado. Ô, gente invejosa...! Outro dia recebeu uma advertência porque chegou atrasado mais uma vez... mas tem gente que chega atrasado e não falam nada.

Era marcação.

O cargo de gerente, tiraram de Ramon assim, ó... do nada. Tudo isso, logo depois que ele preencheu errado uma série de guias da empresa e deu um prejuízo imenso. Mas era marcação, já havia visto gente errar outras coisas e nao deu em nada. Hoje, no bebedouro, perguntou as horas para um colega e ele respondeu assim: não sei. Deixei o relógio na sala... assim com um ar de "estou armando uma para você, por causa daqueles material de escritório que você tem enfiado na bolsa e levado para casa toda sexta-feira".
E a bronca do chefe na semana passada?
Aquilo era isso mesmo, perseguição... Ah se era! Só porque foi grosseiro com um cliente chato, o patrão veio e deu uma chamada nele... Tem gente aqui que é grosseira e ele não fala nada. Mas como aconteceu com o Ramon, coitado do Ramon...
Tenho certeza de que é marcação mesmo, só porque eu vim de família humilde, estudei com dificuldade, trabalhei como garçon, vim de uma região pobre, ficam tentando me derrubar... ô , gente.. ô, gente!


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15 comentários:

Tiago disse...

Pra mim, isso é um problema sério, não só no ambiente de trabalho: pessoas que colocam a culpa da sua sorte nos outros e não em suas próprias atitudes.

Laila disse...

"Ahhh aquele professor me deixou de recuperação só porque ele não gosta de mim. E eu sei que ele não gosta de mim só porque eu tirei zero na prova dele."

Lilian Devlin disse...

Marcelo,
Tô adorando a série, muito embora acabe me "irritando" porque lembro de figuras assim mesmo, desse jeitinho, que passaram na minha vida e não só na profissional.A gente não sabe qual "tipinho" é o pior, né? Ô canseiras, sô!rs
Bjs!

All3X disse...

Ih, marcação existe mesmo... da pessoa em relação ao resto dos outros.
A culpa nunca é do próprio agente, mas o mundo que conspira contra seu favor.
Afinal, o que ele fez para merecer tudo isso??

Anônimo disse...

Ah, Marcelo. Você está de marcação, não existe gente assím, não! rs

Tou louca para chegar o puxa-saco. Conheço vários exemplares da espécie...

DuDu Magalhães disse...

hehehe

E ainda carregamos o esteiótipo de que todo mundo que 'venceu na vida' saindo da ralé... é gente boa!

rsrss

Caio Rudá de Oliveira disse...

Veja bem, pior fazem e não dá em nada. Ramon está certo em sentir-se assim, como ele mesmo justifica.

Deixa ele. Afinal não tá matando, não tá roubando. Se bem que a última parte é questionável...

Euzer Lopes disse...

Caralho... Eu fico imaginando o coitado do Ramon quando sair de férias e for passar uma temporada na Riviera Francesa... Justamente quando descobrirem que aquele investimento não terá sido pago justamente naquele mês.
Não quero nem pensar também quando todos os colegas não tiverem os 4,3% de aumento justamente no dia que ele se mudar para aquele bairro chique, numa casa de três pisos, oito quartos, cinco suítes e piscina de 20x10, aquecida.
Quanta injustiça!

Homenzinho de Barba Mal feita disse...

Eu conheço muita gente que é ruim deserviço e, que se enquadra no mesmo perfil do Ramon.
É facíl usar as pessoas ao seu redor, usar sua origem como muleta, para suas falhas.
Onde eu trabalhava, todas as pessoas que reclamavam de desconto em pagamento, com toda certeza tinha faltado pelo menos um dia no mês.


http://hdebarbamalfeita.blogspot.com/

Loucademiavirtual disse...

Isso me lembra assim um F** ops companheiro de trabalho de meu irmao de acordo com as historias que eu ouvi!

http://www.ki-locura.blogspot.com/

Nat Valarini disse...

Boa noite!

Adorei este texto!

Pior que é cada vez mais fácil achar os perseguidores e pior, os que se fazem de coitadinhos. Mas acho que as pseudo vítimas se alastraram em maior número!

Bjoks!


http://ocaoinfiel.blogspot.com/

Anônimo disse...

Aee me amarrei na história De paisagem, de Janelas e de culpados.
Post mas coisa focando mais esses assuntos...

Gustavo Ferreira disse...

Adorei o texto!

Não, ainda não trabalho, mas já vejo pessoas do tipo por aí, na escola por exemplo. Aquele aluno que acha que o professor pega demais no pé dele só por implicância. "O que tem demais deixar de fazer algumas lições? O que tem demais tirar 0 em alguams provas? O que tem demais desrespeitar alguns colegas de classe?"

Sei lá... vai ver é só implicância do professor mesmo u.u'

\o

http://mergulhoazul.blogspot.com

Wander Veroni Maia disse...

O mais foda é esse: há profissionais que não gostam de assumir o erro. Acha que sempre está no outro, nunca nele. Assim não tem como crescer. Se falta de profissionalismo for perseguição o mundo tá perdido, né...hehehe...rs. A sua série está fantástica, parabéns!

Abraço,

=]

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http://cafecomnoticias.blogspot.com

LETÍCIA CASTRO disse...

Poxa, e como existe gente assim, né? Esse problema de se fazer de vítima é crônico, a pessoa costuma ser assim nos outros âmbitos da vida tb. Tristemente.
Vou ler mais um.
Beijos!