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sábado, 4 de julho de 2015

Parafraseando Pessoa em tempos de internet

(paráfrase de Alvaro Campos - pseudônimo de Fernando Pessoa)

NÃO: Não quero ouvir sua opinião.
Já disse que não quero nada.
E nem vou curtir sua postagem politicamente correta.

Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se vocês têm a verdade, guardem-na!
Já sabemos que sobre vocês repousam toda consciência social.

Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Facebook revisited

sábado, 23 de julho de 2011

Filhos, melhor não os ter... Será?

Camões nunca se casou e nem teve filhos, mas sinto que o soneto 11 dele se aplica muito bem a quem os tem. Filhos, filhos, filhos... melhor não os ter.. Diria o poeta. Será? Depois deles, a liberdade de ler um livro ou sair para uma peça de teatro demanda uma logística quase de operação militar com babás, vovós, listas de recomendações. Isso é um estar preso por vontade e é um ter por quem nos mata (pelo menos nossa liberdade) lealdade. Ficamos horas dedicados 100% a eles, brigando, dando bronca, rindo... e quando dormem, deixam um gostinho de saudade do tempo que estavam acordados exigindo toda nossa atenção. Isso sim, é um contentamento descontente, uma dor que desatina sem doer.
É cuidar de alguém que você sabe que única coisa que é certa é que um dia, ele irá sair pela porta e cuidará de sua vida. Sua casa ficará vazia novamente e você voltará ao solitário andar por entre a gente. Afinal, amar os filhos é cuidar que ganha em se perder.
E mesmo sabendo disso, amamo-los. E quem passa pela vida sem os ter dificilmente conseguirá entender o significado da palavra perda e da palavra medo.

Realmente, sem amor, eu nada seria... obrigado Daniel e Bruno por essa lição de cada dia.