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domingo, 17 de março de 2013

Nosso desgaste de cada dia... o desnecessário permanente.


Gosto de me reler. Olhar para trás e tentar ver tudo pelo que lutei e avaliar o quanto cada gota de suor valeu a pena ou não. Nesse processo, mergulho numa viagem de critérios e julgamentos pessoais para constatar quase sempre a mesma coisa: muito pouca coisa vale a pena.
As discussões que poderiam ser evitadas, as desavenças que poderiam ser contornadas, os dissabores que custaram a dissolver na boca. Tudo isso, fruto de uma necessidade estranha de nos posicionar, ou de posicionar as coisas em um mundo em que tudo assume a ordem decorrente do balanço da terra. Você pode até colocar no lugar, mas quando girar, muda tudo.
Hoje entendo melhor as pessoas e fico assistindo às lutas tão iguais e tão diferentes das minhas. Penso que eu poderia dizer o quanto aquilo não vale a pena, mas entendo que, assim como aconteceu comigo, só o tempo faz entender.
Atualmente, penso muito nisso toda vez que vejo esse embate entre religiosos e grupo de defesas dos direitos dos homossexuais e simpatizantes da causa. Não me encontro em nenhuma das duas categorias e, por isso, consigo ver a questão de ângulo claro o suficiente para afirmar: quanta perda de energia, quanto desgaste desnecessário… E, quanto tempo será necessário para que percebam isso?

Que tal cada um na sua cuidando de sua vida e seguindo em frente cada um com seu "cada um"? Um declaração simples:


Religiosos: Olha gente, a gente não concorda com o que vocês fazem, mas como cada um sabe de si, então, vamos seguir em frente gastar energia com o que é realmente importante. Deixa quieto.

Grupos GLBT: Pois é. Não restringindo nosso direito como cidadão. Tudo bem. Vocês podem pensar o que quiserem ainda que não concordemos em nada com isso.

Pronto. Resolvido.


As pessoas não fazem ideia de como essa existência é curta... Mas farão um dia. E, nesse turbilhão todo, sempre fico pensando quanto de coisas que não valem a pena tenho eu vivido agora e que só o tempo vai me mostrar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ódio e intolerância em nome de Deus

Tenho poucas oportunidades de ler blogs, mas sempre que o tenho, faço com prazer. Gosto de ver o que pensam e escrevem e, principalmente, como escrevem alguns blogueiros. Outro dia, passeava pelo DiHITT, uma rede social de blogueiros, e me deparei com uma série de blogs (não vou promovê-los aqui dando nome) com significativa projeção entre os usuários e que pregavam através de artigos que gays eram os responsáveis pela AIDS, que eram responsáveis pelas doenças venéreas e que tinham desequilíbrio mental, por isso, apresentavam o maior índice de suicídio. Os dados eram sempre duvidosos ou de fontes questionáveis, mas estavam sempre lá. E no final, sempre a mensagem. Deus não gosta de gays, por isso criou o homem e a mulher. 
Não sou gay, não tenho parentes gays (não que eu saiba), mas tenho (e sempre tive) alguns colegas de trabalho gays. Aliás, bons profissionais e que não se aproximam nem de longe do estereótipo evangélico do aidético, doente mental suicida rejeitado por Deus.
O fato é que algumas pessoas se arrogam uma espécie de procuração para falar e assinar em nome de Deus e saem despejando as suas frustrações, inclusive sexuais, sobre todos e tudo. Dedicam-se a atacar com feroz fervor como se num grito interno sufocasse sua sexualidade confusa e reprimida e o ataque abrandasse a dor de não ser o que se queria ser, de se viver o que se queria viver.
Não acredito que gays sejam aidéticos, doentes mentais suicidas rejeitados por Deus, aliás, acredito que se existe um Deus, ele teve a sabedoria de dar uma vida para cada um para que cada um tomasse conta da sua e fizesse menos julgamentos. E, por fim, para arrematar, mandou o filho dele para a terra para ensinar que acima de qualquer coisa deve haver um sentimento forte entre os homens: amor e, consequentemente, a  TOLERÂNCIA daqueles que sabem amar o próximo.


Em tempo: Quando a sexualidade do outro nos incomoda a fim de nos mobilizarmos é sinal de que há algo incômodo com a nossa sexualidade. Isso é para se pensar.

Em tempo 2: ah sim.. o mesmo preconceito que se "justifica" contra gays aponta suas armas, a seu tempo, para negros, pobres, judeus, ciganos, suburbanos... Preconceito é ódio enlatado no peito e só muda de alvo...