terça-feira, 24 de abril de 2012

Cola, corrupção e outros jeitinhos desonestos de se sentir esperto


Como professor, há muito tempo tenho estratégia de deixar o aluno fazer uma folha de A4 frente e verso com o resumo da matéria para usar na hora da prova. É uma maneira de força o cara a, pelo menos, ver o conteúdo que vai cair e, ao mesmo tempo, não me aborrecer com cola. Bom, você diria, ainda resta a coisa de colar um do outro. Ah sim... Resta, mas vamos a realidade dos fatos.
Elaboro avaliações que, na imensa maioria das vezes, apelam muito mais para sua interpretação do que para o conhecimento em sua forma decorada e anotada numa folha. Se o aluno quiser colar do outro colega ao lado, isso é um fator quase inevitável. Agora, colar é um ato de desonestidade como outro qualquer e que caracteriza um desvio de caráter repreensível.
Às vezes, a gente esquece que a corrupção, a desonestidade, a falta de caráter não se dá nas grandes ações, mas em hábitos do cotidiano que corrompem e maculam desvirtuam a dignidade. Sempre pensei que isso não me afeta. Eu, como docente, estou ali, na frente, cumprindo minha função, ensinar, aplicar, corrigir, cuidar para que ele não transgrida as normas. Entretanto, não sou polícia para empreender um clima de vigilância total e terror sobre ele.
Se ainda assim, algum aluno acha que o melhor caminho é ser desonesto, ele o será e não sou eu quem vai conseguir impedir. Afinal, ali é só um aspecto da vida dele que nada mais é do que o reflexo de todos os outros. Quando sairmos dali, eu serei, por uns instantes, no máximo, um professor bobo, que deu mole e ele o mau caráter de sempre, para sempre.
No mais, a vida se encarrega de cuidar.

5 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com você, utilizo a mesma estratégia, e penso exatamente igual com relação a minha postura e a influência no corpo discente.

Abraços

Alessandr@ Santana Matheus disse...

Olá, Marcelo.
Muito interessante o artigo. Não utilizava essa estratégia, mas certamente passarei a utilizá-la.

Obrigada pela dica.
Abraço, Alessandra.

DAMIAO CARLOS DANTAS disse...

Bastante interessante, professor, bacana mesmo.

Gian Lyrio disse...

Pois é...

Tem outra frase também que é boa. Tudo que você faz, um dia volta pra você.

Se vocÊ só viveu na base de coal durante na fase no ensino médio. Já é uma coisa que vai apgar pro resto da vida :O.

A minha amiga e não vou citar o nome que estudamos no ensino médio colava, mas aí falei com ela o que pode acontecer com cola. E não acreditou. Quando chegou o final do ano, estava desperada. Lógico que dei uma força e consguiu passar de ano :D

Por isso digo mesmo, não é bom ter cola não. Não fez o resumo??? Aceita as cosenquencias e vamos que vamos.

Gian Lyrio disse...

Ainda penso na frase:

"Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para nos ensinar as mais importantes lições de vida!"

Pois é. Quem começa a colar no ensino médio. Mal sabe que a faculdade muda de rumo. È bem diferente do que atual as coisas. Acham que vai ser a mesma coisa. Repito: não é. E nem adianta usar cola, pois não irá dar certo.

A técnica já é avisada desde o ínicio do ensino médio.

Bom pra falar um pouco de mim no ensino médio lógico que colamos a Geografia. Pois a razão, a professora era uma doida, quase mandou a gente decorar uns 4 capítulos porém não pensa que é pouco não. Tem mais de 45 folhas só com letra que estou digitnado do blog :O.

Pois é a gente ler, não adianta ficar decorando, pois o ideal era resumiu e entender a matéria. Pois era prova de multipla escolha. Então com frases díficies pra pode r fazer a provae somente aqueles que entederam que fizeram resumo irão conseguir.

BOm nada mais que justo fazer a prova de cabeça. Agora de cola, deixa que o bicho ter a cola. E terá sisplemnte ter gostado de ter cola, quando isso vai ser tratado como bicho :D Afinal a vida dá lição :P