A escola da professora Polliana tinha muitos problemas de reprovação. A cada ano eram mais e mais alunos retidos em avaliações e testes. Certo dia, pensou ela, porque não abolir tais recursos. Uma vez abolido, os índices aprovação subiram a níveis de primeiro mundo. Mas persistiam alguns casos de reprovação, aboliu-se a necessidade de ir a aula. Dessa forma, o problema com presença acabou da noite para o dia e as aprovações chegaram a 100%. Afinal, baseado na frase "se escola boa é a que reprova, hospital bom é o que mata". Então façamos como o hospital bom. Vamos curar/aprovar todo mundo. Mas ainda persistia um problema. Professor reclamando que ganhava pouco. Como boa professora e pedagoga, considerou que pouco é um conceito relativo. Pouco com relação a quê? Se considerássemos um juiz, seria pouco, mas e se considerássemos um rapaz que cata papelão. Seria muito! E a partir daquele dia, todos os professores ficaram satisfeitos, pois ganhavam muito. Se o teto da escola caia, estudávamos ao relento, muito mais saudável. Havia até aulas interativas de meio ambiente com o próprio. Se faltava merenda, jejuávamos e refletíamos sobre as coisas do espírito, quer melhor que isso, aula de religião. Na ausência de professor, sempre havia um bom amigo da escola para tapar buraco. Tinha um que era até a cara do Tony Ramos. E assim viveram todos felizes para sempre.
FIM
P.S.: Você está rindo do quê? A aprovação automática já passou. Tia Polliana vem aí.
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