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quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Dos sofrimentos opcionais, ou seja, TODOS

Foram muitos meses de pandemia e, naquela época, tivemos que aprender a lidar com nossas ansiedades, medos, inseguranças naturais que se viam somadas às notícias de um monte gente morrendo pelo mundo. Mas a gente sempre tira experiências interessantes e que carrega para a vida toda nessas épocas de dificuldades. Eu, por exemplo, conheci a meditação ou, com a roupagem que meu psicólogo online dava, o Mindfulness.

Daí, mergulhar no budismo e na filosofia Estóica foi um pulinho. Um desafio de aprender a lidar com o que se tem já que aprendemos que a dor é inerente a todo ser vivo, mas sofrer é sempre uma escolha.

E de lá para cá, escolhi não sofrer. 

Isso não implica indiferença em relação à vida, mas em um dimensionamento real das coisas e o entendimento de que o mundo é desprovido de essencial inerente, nós atribuímos essa essência por questões culturais, por momentos, por dores pessoais, frustrações.. enfim, nós construímos o que sentimos a partir de coisas que existem como coisas e só.

Um comentário, uma indireta, uma maledicência só nos atinge quando aceitamos que aquilo provoque um efeito devastador em nós. Nesse momento, a pergunta nunca deve ser: por que fulano disse isso ou fez isso? Entretanto, a pergunta certa, seria: por que isso me afeta? O fluxo desse questionamento é para dentro e não para fora. 

Como diz o poeta "cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”e a dor do odiador é dele e se encontra amalgamada em sua alma. Talvez nem ele tenha acesso a isso. E você ousa acessar? Que presunção!

Estamos falando de ser uma pedra às críticas, ao ódio alheio, à maledicência? Não. Estamos falando em aceitar nossa condição humana e deixarmos, SIM, tocar pelo ódio do outro, ficarmos chateados, triste, sentindo-nos injustiçados.. Mas que isso não exceda ao tempo de mastigarmos aquele sentimento e cuspirmos. O desafio é reconhecermos nossa condição humana de não sermos imunes ao outro, mas entendermos que, como uma tela de celular com um conteúdo de que não gostamos, podemos passar o dedo para cima.

Esse é o segredo que não nos contam em tempo nem nos ensinam a lidar com ele.

Fechadas as cortinas e ao apagar das luzes, o odiador pode te odiar  por 9, 10, 11 anos… Mas no fim, o único abrigo que o espera são as suas dores, derrotas e frustrações. E você? Bem, você volta para sua vida sem as marcas amargas. Isso é um mantra: Ouça, se irrite, cuspa, retorne a seu fluxo. 

Aquela dor não é sua e o sofrimento será sempre uma opção.