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Ter um rótulo é inevitável.
Querer um rótulo já é patológico. O rapaz sai de casa com uma meia colorida ao
estilo anos 70 – Dancin Days. (Só os que sorriem entre aspas das rugas
entenderão essa referência jurássica da cultura pop) e uma pochete na cintura,
outro artefato arqueológico dos anos 80 que atualmente só é visto em
documentários do History Channel – Artefatos do Passado. Logo, alguém rotula de
cafona.
Com um fundo de razão ainda que
tivesse ouvido as frenéticas quando criança e usado pochete na minha
adolescência, estamos diante de um rótulo atribuído. Tirando o fato de se você
não paga as contas dele, não responde legalmente por ele e a meia estar sendo
usada por ele, isso não ser de sua conta ou mesmo algo que gerasse a
expectativa de sua opinião, você rotulou.