quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Hay qualquier cosa, soy contra...

Dizem que pior do que ser contra ou a favor é ficar em cima do muro. Sei não. Tem muro que nos dá uma visão tão boa do que acontece lá embaixo que vale a pena não descer por mais um tempo.

O problema é que existem pessoas que, em um ato louco e desesperado de parecer inteligentes e politizadas, assumem posturas muito estranhas. Quando obrigaram o uso do cinto de segurança teve gente questionando o direito constitucional de não usar, quando restringiram o fumo às áreas externas, invocaram o direito de ir e vir (de preferência soltando fumaça). Atualmente, apertam a fiscalização sobre o consumo de álcool para quem vai dirigir e se reclama o direito (mais uma vez constitucional) de não ser submetido ao etilômetro (o famoso bafômetro).

E por aí vai, defendem o indefensável que é o direito à estupidez que compromete a vida de terceiros. Outros argumentam a favor de governos tiranos, invocam pedidos de liberdade a países dos quais só conhecem o nome, xingam o Bush... Ah... Como ele é politizado. Xingou o Bush e falou mal do Bill Gates.. gente! É um intelectual. E nem precisa ser alfabetizado para isso. Ah... com ele é politizado!

O problema é esse.... Havendo qualquer coisa, ser contra movido pela obrigação de parecer inteligente (ou movido por interesses pessoais)... maldita obrigação cuja redenção só virá quando entendermos que temos o direito “constitucional” de sermos... simplesmente... "burrinhos" e "alienados" de vez em quando... ou menos "do contra" e assim pouparmos a inteligência alheia.

Mas só de vez em quando.
Isso é daquelas coisas que se deve apreciar com moderação

Em tempo:
A foto é de um filme de 1954 chamado "papai é do contra". Olha a cara de "do contra" do papai.