
O colega explicou que era para mostrar que as partes diferentes refletiam a falta de comunicação da equipe com um orgulho de autor da dinâmica. Naquele momento, supus que era melhor encerrar o assunto. E fui pensando: será que não lhe ocorreu que bonecos com partes diferentes podem ser decorrentes das pessoas fazerem concepções diferentes do que é um boneco.... Uma vez largado o furo, não dei prosseguimento ao papo.
Mas fico impressionado como as pessoas adoram dinâmicas de grupo e testes de revista. Ambos os casos com o mesmo grau de credibilidade e cientificidade, ou seja, nenhum. Precisam fazer um teste para descobrir se o marido está traindo, um teste para saber se é um homem moderno, outro para saber se o namorado a ama de verdade, e mais, para descobrir se está satisfeito com a carreira.
Perguntas que se forem feitas a si mesmo podem ser respondidas facilmente. Mas não. A revista funciona como uma espécie de oráculo... Não o de Tebas, mas o de Claudia, Nova, Capricho.
As dinâmicas são elaboradas para definir que eu ou beltrano não gostamos trabalhar em grupo, mas funcionamos bem nesse esquema. Trinta minutos de trabalhos para saber isso? Era só me perguntar.
Imagina uma pessoa que fez uma dinâmica e descobriu que não leva jeito para o seu trabalho, que não é querida pelos colegas, fez um teste de revista e descobriu que o namorado a trai, que ela é cafona, que não é uma pessoa carismática, que tem problemas com dinheiro, que aparenta ser mais velha do que é... o que lhe resta?
Abrir o vidrinho de veneno que vem como brinde da revista e pingar no cereal no café da manhã.