segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Nada de novo sob o céu do humor?

Há muito tempo só assisto às comédias americanas dos canais por assinatura por considerar que vivemos uma entressafra de bons roteiristas e nos EUA, parece-me que brotam em esquinas. Não sei.. pode parecer impressão mesmo, mas tirando Bruno Mazzeo, Fernanda Young e mais alguns desse círculo de redatores, a coisa anda feia por aqui. Zorra total já esgotou a fórmula até como programa de revelação de talentos. Verdade seja dita, há anos está muito ruim. Praça é nossa então, nem se fala. É triste, mas de Casseta e Planeta até Tom Cavalcanti e Pânico na TV, constatamos que a fórmula de fazer rir esgotou. E agora, José?
Bom, numa das minhas viagens de trabalho, tive a oportunidade de, em uma noite de tédio em hotel, zapear daqui e dali e achar na MTV, que eu só achava que apresentava clips e apresentadores estereotipados, alguns programas de humor me fizeram lamentar por não estar no pacote de canais da minha SKY (aliás, nem sei se tem a MTV atualmente na SKY). Bom, o fato é que me surpreendeu a qualidade de humor de alguns rapazes como Marcelo Adnet, Rafel Queiroga e uma galera muito fera. Os caras fazem um humor inteligente que ainda busca encontrar a mão exata da coisa, mas estão no caminho certo. Observação do cotidiano e reprodução de um non sense que me fazem sentir saudade dos tempos de Planeta Diário e mesmo de Monty Python, o grupo inglês que criou maravilhas como A Vida de Brian.
Há um vídeo no You tube em que eles criam uma paródia de funks com as famosas (sic) Gaiola das  Popozudas e criam o Gaiola das Cabeçudas (Vale a pena ver  versos como “Qual a diferença entre Luthero e o Kant? Um é iluminista o outro, protestante..) E a criatividade segue com uma versão acústica dos funks proibidões como Árvore Seca e Atoladinha. Só vendo para crer. Risada garantida e capacidade inventiva à flor da pele.
Ainda há esperança. Aos poucos volto a garimpar a mídia de humor nacional com esperança de vida inteligente aqui dentro.