sábado, 31 de julho de 2010

Touradas: estupidez e barbárie em nome da tradição

O mundo moderno é engraçado. Em nome da tradição e da diversidade cultural, admitimos que se barbarizem pessoas e animais. Admitimos que mulheres serem apedrejadas por suspeita de adultério seja normal, afinal, é a cultura deles e temos que respeitar. Aceitamos que se cortem clitóris em nome da religião, pois afinal, isso é aceitar o multicultural e a diversidade. Mas isso acontece na África, um ícone do subdesenvolvimento mundial em pleno século XXI. No nosso século, aceite da diversidade cultural é o nome que damos a nossa omissão diante da covardia humana.
Mas e quando acontece na Europa branca e desenvolvida? Que nome damos a isso?
Recentemente, o governo da Catalunha proibiu as touradas. Para que se entenda isso, a Catulunha é uma região da Espanha que reivindica independência por não se considerar espanhola. Complicado, né? Nem fale.
Assusta-me que apedrejar mulheres em uma região miserável e medieval da África seja normal para eles, mas o que leva os “desenvolvidos” espanhóis e outros europeus a deixarem suas casas para ver um idiota de roupas coloridas e justinhas torturar até a morte um animal pelo simples prazer de vê-lo morrer. É a morte como o espetáculo bizarro e esdrúxulo das arenas.
Disseram que proibir as touradas na Espanha seria como proibir o futebol no Brasil. Isso é uma comparação estúpida já que este se trata de um esporte em que 22 homens buscam colocar uma bola entre três traves... não entra em questão nenhum prazer sádico que envolva o gosto pelo sangue, pelo tortura e o sofrimento até a morte de nada, nem ninguém.
A Catalunha mostrou que essa ficha caiu para eles e que se a Espanha não aceita essa proibição, realmente, eles não são Espanhóis. E viva a Catalunha, cada vez menos espanhola, cada vez mais desenvolvida.
Entenderam por que eles querem separar?