Juro que tentei gostar de coisas refinadas como Sushi, mas aos 53 anos, eu me assumi como um ogro que acha um absurdo pagar uma fortuna por peixe crua esteticamente cortados (veja, o cara não gasta nem o fogo para fazer, mas se dedica ao visual como uma professora que corta EVA para suas crianças nas datas comemorativas) e, tem mais, uma coisa que vai me demandar profunda resiliência para aprender a gostar. Explico.
Eu tentei comer sushi uma 3 vezes na minha vida: uma vez em Juiz de Fora, uma vez em Nova Iorque e uma vez em Belo Horizonte. Eu juro que diversifiquei em 3 lugares diferentes e em tempos diferentes para não comprometer minha percepção. E nada… consegui detestar as 3 vezes… que, obviamente foram acompanhadas de 3 pessoas diferentes para que me dessem condição de ter a experiência guiada por um “sushimaniaco”, um estranho ser dessa seita de comida japonesa que é capaz de vender a própria mãe por um buffet de uma hora comendo à vontade em um restaurante dos herdeiros de Jaspion.
Na terceira vez, também detestei, o meu amigo me disse que nas 3 primeiras vezes ele também não havia gostado, mas lá pela 4 ou 5ª vez, ele começou a gostar… Ops
Gostar não, penso eu, começou a se acostumar com aquela desgraceira.
Considerando que não foi essa minha relação com toucinho de barriga fritinho com mandioca (a primeira vez, me apaixonei), me recusei a seguir tentando até aprender a gostar a força.
Enfim, desculpem-me os membros da seita Sushi, mas, apesar da culpa que carrego ao olhar um porquinho nos olhos, sigo no toucinho e ignorando o sushi.
Sigam vivos, peixinho. Não vou comer esse troço.
Sigo sem culpa até o próximo porquinho