Acabei de vir da pracinha com meu filho. Ao redor havia muitos pais e mães que conduziam seus filhos de um brinquedo a outro. Eu empurrava o balanço do meu garotinho que seguia aquele movimento de vai-e-vem até parar por falta de impulso. Saí de um balanço e fui para outro do lado e fiz a mesma coisa. Meu filho dava risada durante o balançar e quando diminuia gritava: "qué". Para eu continuar dando embalo ao movimento.
Saímos dali e fomos para um brinquedo que rodava e ficava assim o tempo todo. As crianças faziam fila. Depois, passamos para uma gangorra e logo mais um escorregador. As trajetórias se repetiam inúmeras vezes. Um brinquedo balançava, outro girava, outro subia e descia... o outro.. era uma rampa em que se descia escorregando. Para mim, banal e repetitivo, para meu filho o ponto máximo de diversão de seu dia. De uma forma ou de outra, eu me divertia. Não com o brinquedo, mas com a felicidade dele.
Penso que a gente envelhece não é quando o tempo passa, quando o corpo enfraquece, quando as rugas aparecem. Envelhecemos quando as coisas perdem a graça e os brinquedos se tornam meros objetos de movimento circular, semi-circular, rampas deslizantes e vai por aí.
Reaprendi a graça que isso tem de novo, hoje, com os olhos do meu menininho.