Durante anos como coordenador, diretor, professor etc em instituições de ensino superior tive que suportar as terríveis formaturas. Costumo a denominar isso como momento mais pum da nossa vida social e acadêmica. Afinal, formatura é igual a gases, incomoda todo mundo em volta, só o dono que não acha que seja tão ruim.
Nesse tipo de cerimônia, para o bem de todos, seria interessante se fosse considerado crime hediondo coisas do tipo:
- Discurso citando os coleguinhas (todos os 70, um por um), olhando para trás e fazendo vozinha de Xuxa em depoimento para o fantástico, carinha de choro e tudo mais. E o fulano, heeeiiin... sempre dedicado.... e a Fulana, heeeeiiiinnn, sempre atrasada..;
- discurso de paraninfo longos, expelindo erudição duvidosa e tentando ser engraçado;
- músicas - Campeão, vencedor... We are the champions, Você não sabe o quanto eu caminhei..., Carruagens de fogo, Can't you feel it, Acaboooou, acaboou (E o pior é que não acaba), Tchau, I have to go now, I have to go now... e outras mais que se os seus autores recebessem por direito autoral cada vez que tocassem em formaturas, os mesmos estariam pagando café para o Bill Gates.
- atraso na entrada de formando. Acreditem.. formando não é noiva. Pode chegar na hora.
- becas quentes e desconfortáveis - ali dentro faz um calor dos infernos em qualquer época do ano.
Enfim, uma tortura para quem está ali, à espera do fim e da festa, dos comes e bebes.
Olho essas coisas como um passado tão distante na minha história, mas que se aproxima com o crescimento dos meus filhos... dessa eu não vou conseguir fugir.
Mas vou avisar... se tocar We are the Champions, eu subo palco, dou um acesso de loucura e faço vexame.