terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Beija-flor: da miséria africana aos dentes de ouro de Auschwitz

O título desse post poderia até ser enredo de escola de samba... E de certa forma é.
Sempre foi claro desde o princípio dos tempos que não se pode servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo. É também claro e nítido que, nessa terra, se serve mais ao dinheiro do que a outra coisa qual seja ela. E aí, surge o horror de saber que a escola de samba Beija-flor recebeu 10 milhões de dólares da Guiné Equatorial, um país marcado por miséria, violência, exploração sexual, desrespeito aos direitos humanos, guerra de tribos, ou seja, "degustando a versão gourmet" de tudo que temos de podre na nossa espécie. O desfile foi bacana e com um tom realista, pois trazia um leve odor de desigualdade. Mas desigualdade, a gente já conhece o cheiro e está acostumado.