Nem uma carta de cobrança indevida, nem um cheque devolvido injustamente, nem uma calçada que lhe rendesse um tombo, nem um produto com algo estranho em uma gôndola de supermercado, nem uma ferramenta esquecida dentro dele durante uma cirurgia, nem uma página de internet que o citasse sem autorização por escrito, nem ao menos uma ofensa verbal que lhe rendesse algum trocado em algum tribunal... nem isso. Nada... nada, nada... Já havia cogitado a possibilidade de chutar um hidrante, mas nem isso ele andava vendo ultimamente nas calçadas.
E, assim, seguia sua vida, levando consigo a fatídica sina dos que são obrigados a ganhar dinheiro com trabalho.
Ó vida!
[chegou o ônibus]