terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bem aventurados os lesados de alguma forma.... Amanhã tem novidade no saco.

Nem uma carta de cobrança indevida, nem um cheque devolvido injustamente, nem uma calçada que lhe rendesse um tombo, nem um produto com algo estranho em uma gôndola de supermercado, nem uma ferramenta esquecida dentro dele durante uma cirurgia, nem uma página de internet que o citasse sem autorização por escrito, nem ao menos uma ofensa verbal que lhe rendesse algum trocado em algum tribunal... nem isso. Nada... nada, nada... Já havia cogitado a possibilidade de chutar um hidrante, mas nem isso ele andava vendo ultimamente nas calçadas.

E, assim, seguia sua vida, levando consigo a fatídica sina dos que são obrigados a ganhar dinheiro com trabalho.

Ó vida!
[chegou o ônibus]

sábado, 27 de setembro de 2008

Eu até sei que você existe, mas e daí??

O grande mal da humanidade em todos os tempos sempre foi a falta da percepção da alteridade.. Esta palavra tem origem latina (alter = outro) e significa aquilo que está no outro, no caso, a existência do outro. Certa vez, disse por aqui que um egoísta é aquele que só fala nele, um egocêntrico acha que só falam nele e o ególatra tem certeza de que todos deveriam falar nele se tivessem bom gosto.
Na base disso, está o problema da alteridade. A pessoa que sofre desse mal não atropela o outro, porque simplesmente ignora a existência do outro. Também chamada de síndrome do filho único, pois reflete muitas vezes a existência de pais que disseram para ele que o mundo era feito só para ele.
Encontramos esse comportamentos em casos como:


a) duas vagas no estacionamento e o cara estaciona com metade do carro em uma vaga e a metade em outra. É...Você vai ter que dar mais voltas para procurar um lugar para parar.


b) o cara entra em um lugar fechado em que ninguém fuma e acende um cigarro. Alguns ainda disfarçam: se importa se eu fumar? Ora, claro que não... já estava sentido falta de fumaça por aqui.. manda ver. Sou um único caso de fumante passivo por opção no planeta.. Aproveita!

c) O sujeito entra em um auditório lotado senta em uma cadeira e coloca suas coisas nas duas ao lado dele. Segue-se a pergunta gentil de quem quer sentar: tem alguém sentado aqui... (Tem. O ego do cara. Procure outro lugar)


d) Na fila do banco, chega correndo, fala com o primeiro da fila, passa o serviço dele para outro em detrimento do restante da fila. Só ele tem pressa, só ele tem serviço... só ele... afinal.. que fila?


e) o vizinho liga o som e compartilha com você em volume máximo o último CD da Banda Calypso e da Taty Quebra Barraco mais de 5 vezes cada um... detalhe às 10 e meia da noite.
Sem comentários...

Mas, sejamos compreensivos, e entendamos que este cara sofre de um mal terrível. E, movidos por um espírito cristão saibamos perdoar... Não podemos desejar a morte a esse indivíduo que se encontra em um estágio precário de evolução humana...


Salvo se esta morte for bem lenta, cruel e dolorida.

Pois como diz o pessoal da Apple:


- Aí pode.
(não resisti ao trocadilho)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Múltiplas visões da bolsa... mas ela caiu. E o bom do saco, só amanhã.

Em frente de wall Street, um catador de papel, caminhava procurando folhas de papelão e garrafas, De repente, sai uma mulher, executiva de um grande banco, às pressas e deixa cair sua bolsinha próximo à porta giratória. O homem se apressa e grita:
- Dona, caiu a bolsa!- Eu sei, eu sei, eu sei... acende um cigarro e sai consternada a passos largos, ignorando-o.

Na bolsa, um batom, um celular, uma carteira com 320 dólares e um drops Mentos pela metade. Naquele fatídico dia, todos choravam as tristezas dentro do prédio. O catador de papéis não... Com certeza, ele não. Foi o único lucro registrado com a queda da bolsa naquele dia.
***
Em um hospital próximo, o médico avisa... estourou a bolsa. O pai, na recepção, nem percebe a chegada do seu neném e lamenta:

- É. Eu sei... eu sei... Acende um cigarro com a mão trêmula.

***
Numa cidadezinha do interior, um caipira retorna à mercearia e encontra todos assistindo a uma TV em preto e branco em que o jornal anuncia que estourou a bolsa de Nova Iorque.

- A daqui também, fala o caipira com os pacotes de arroz numa mão e uma bolsa de plástico rasgada na outra.


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O homem ideal e a lei da atração

Lia, fazendo jus ao nome, também escrevia e um dia, leu em um livro de auto-ajuda que fazer uma lista da pessoa ideal era uma maneira de atraí-la para perto de si. A famosa lei da atração... e começou a lista aos 15 anos.

Aos 15
Loiro, de olho azuis, inteligente, rico, sarado, fiel, que me ame, másculo, sensível, que venha num cavalo branco, me beije e me desperte para uma linda história de amor.

Aos 20
Inteligente, rico, fiel, que me ame, másculo, sensível, que tenha um carro, que seja meu companheiro para uma história de amor.

Aos 25
Inteligente, fiel, que me ame, másculo, sensível, que tenha um carro (pode ser popular), que seja meu companheiro.

Aos 30
Fiel, que me ame, másculo, sensível, que tenha um carro (pode ser popular e semi-novo), que seja meu amigo.

Aos 35
Que me ame, másculo, que tenha um carro (pode ser usado com mais de 10 anos), que tenha um bom papo.

Aos 40
Másculo, não precisa ter carro, mas que não seja chato.

Aos 45
Entendamos que beleza é um conceito relativo, inteligência demais é algo cansativo, carro é um ícone do consumismo capitalista, barriga e careca são um charme da maturidade e se, na frente da minha casa, não tem um ponto de ônibus e uma linha do metrô de fácil acesso, eu é que tenho que mudar de casa.

Aos 50
Pendurou uma placa na porta da casa.
"Ofereço vale transporte"


sábado, 20 de setembro de 2008

É esquisito, mas é arte...

No final do sec. XIX, os caras na Europa chegaram à conclusão de que a arte não era para ser uma reprodução da realidade. Até porque já haviam inventado a fotografia que reproduzia melhor o que se via do que mil pincéis. Dessa constatação, surgiram os impressionistas e outras correntes que ofereciam a interpretação da imagem segundo o artista... Legal, né... Só que isso invade a arte como um todo e todos os ramos dessa expressão humana se arrogam o direito de se manifestar como quiser...
Até aí tudo bem... e chamar de arte (aqui, tudo mal).

Na poesia, vira e mexe encontro pela proa um cara que rima luz, pus, com seduz, com hálito de alcaçuz...

- Não entendi.
- Não é para ser entendido, retrucam...

- Legal ... então deu certo.
- É para ser sentido.
- Também não senti.
- Você não tem sensiblidade, conclui.

- É. Deve ser isso...


A pós-modernidade acelerou esse culto à porcaria cult. Não que a pós-modernidade seja uma porcaria (longe disso), mas sempre aparece um maluco de cabelos ensebados, coletinho de xadrez, sandálias de couro e cara com barba por fazer, suja o chão com sangue e com penas de galinhas, põe um cd no meio e em algum lugar, tem sua obra analisada por algum crítico:

"É a representação estética das conjecturas conflitantes que despertam os espíritos ecléticos e, por vezes, antagônicos da visão moderna do ser. O cd representa o circular infinito e o sangue traz a imagem da imersão da carne no cosmos e de toda a dualildade que isso traz à consciência existencial do ser humano. Em resumo: uma apoteótica alegoria da dialética ególatra na metrópole no século XXI"

Aí eu penso:
- E o cabelo ensebado do cara...? Faz parte da obra?
Ah esse não... não me venha com interpretações... é só falta de banho mesmo.

Em tempo:
Outro dia deixei um rolo de papel higiênico que caiu de forma tão harmônica com a balança de banheiro e com o tapetinho de perto do vaso que me senti uma artista. Merece uma fotografia e uma análise crítica... mas achei melhor não.
Minha barba até estava por fazer, mas meu cabelo nem estava ensebado...
Droga de xampu... Se eu soubesse, ah se eu soubesse!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Conto erótico... mas sacanagem mesmo é amanhã. O saco atualiza geral...

A rigidez de início cede suavemente ao invadir aquele local úmido e quente. Ao entrar uns instantes para acomodar e a seguir os movimentos ritmados que param subitamente aumentando a ansiedade. Alguns minutos depois, o que resta são os líquidos que se misturam. Quando sai, vem pingando e força a utilização de cuidados para não molhar tudo pelo chão.

Ao lado, a vasilhinha com os alhos cortados com o azeite já espera para ir a panela de teflon para dourar...
Ah..macarrão ao alho e óleo... bem feito... é inesquecível

- Foi bom para você?
- Huumm
- Com queijo então...
- Aí, amor, vamos repetir.
- Calma, querida... massa engorda.
(risinhos safados)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Teste, testas, testículos e outras testagens...

Outro dia larguei um furo daqueles. Vi um boneco de papel com partes diversas em tamanhos diferentes em um local onde trabalho e perguntei: o que é aquilo? Logo, um colega respondeu: o que você acha dessas dinâmicas de grupo? Nem pensei (se tivesse pensado não diria): completa tolice, análise resumitiva sem base científica, chute, um saco, sem fundamento... fiz até piadinhas.

O colega explicou que era para mostrar que as partes diferentes refletiam a falta de comunicação da equipe com um orgulho de autor da dinâmica. Naquele momento, supus que era melhor encerrar o assunto. E fui pensando: será que não lhe ocorreu que bonecos com partes diferentes podem ser decorrentes das pessoas fazerem concepções diferentes do que é um boneco.... Uma vez largado o furo, não dei prosseguimento ao papo.

Mas fico impressionado como as pessoas adoram dinâmicas de grupo e testes de revista. Ambos os casos com o mesmo grau de credibilidade e cientificidade, ou seja, nenhum. Precisam fazer um teste para descobrir se o marido está traindo, um teste para saber se é um homem moderno, outro para saber se o namorado a ama de verdade, e mais, para descobrir se está satisfeito com a carreira.

Perguntas que se forem feitas a si mesmo podem ser respondidas facilmente. Mas não. A revista funciona como uma espécie de oráculo... Não o de Tebas, mas o de Claudia, Nova, Capricho.

As dinâmicas são elaboradas para definir que eu ou beltrano não gostamos trabalhar em grupo, mas funcionamos bem nesse esquema. Trinta minutos de trabalhos para saber isso? Era só me perguntar.

Imagina uma pessoa que fez uma dinâmica e descobriu que não leva jeito para o seu trabalho, que não é querida pelos colegas, fez um teste de revista e descobriu que o namorado a trai, que ela é cafona, que não é uma pessoa carismática, que tem problemas com dinheiro, que aparenta ser mais velha do que é... o que lhe resta?

Abrir o vidrinho de veneno que vem como brinde da revista e pingar no cereal no café da manhã.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mais leis no saco... é amanhã... você não vai nem dormir de ansiedade...

Atendendo a acréscimos de leitores
(Valeu pelas dicas, Paulo)

Lei de Laura Art 1º - me leve para casa, me conte uma história, me faça dormir.
(Não entendeu... não é da sua época, bicho)

Lei de Francisco Art. 1º - viva 30 anos sem homem e se orgulhe disso.
(grande vantagem. Vivo 37 e não me faz a menor falta)

Lei de Zu Art. 1º - Não se desespere, mesmo quando a coisa ficar preta. Dance.
(vai no google...)

Lei de Godiva Art. 1º - Não adianta cavalgar pelado pela rua, o IR vai comer quase um terço do seu salário se você ganha mais de 2500 reais...
(wikipédia ajuda bem aqui também... Vamos ficar mais cultos)

Lei de Condensado...
(Parou. Parou, parou... aqui é trocadilho infame... Não sabe brincar, não brinca)

sábado, 13 de setembro de 2008

Conversa de vendedor... ficou lindo em você.

Aprende uma coisa de vez... vendedor vem de vender, logo, ele precisa vender senão, não é vendedor. Ótimo... vamos aos fatos.

Ficou lindo em você!

Entra a moça de 1,55, 84 Kg, busto amplo, quadril - circunferência considerável em um provador de loja. Carrega na mão uma calça lag (aquelas que parecem capas de salsichas), Leva também uma blusinha que deixa o umbiguinho de fora... minutos de suspense... Saí a cliente tal qual uma colchonete amarrada em caçamba de Kombi em mudança de pobre... Ufa!
Silêncio... o vendedor olha, pensa na comissão... respira fundo...
- Nossa ficou ótimo em você.
- Será? Ficou bem ai atrás.. aí na bunda?

O vendedor olha, respira, lembra das prestações que tem. Pensa: em qual das bundas? Qual das três... sei lá. Devem ser as três...

- Ficou. Justinha, né...
- Meu marido adora assim (pisca olho com ar de safadeza)... bem sapeca.
O vendedor fica pálido.
Vendeu. Ufa! A mocinha tinha uns 19 anos, anoréxica de pai e mãe, 1,78, 45 Kg. Entra na loja limpando a boca nos cantos. Escolhe um blazer com fartas e largas ombreiras e uma saia estilo executiva. Entra no provador... mais suspense. Sai...
- E aí ficou bom? Tô meio cheinha, mas dá para notar?

Ele olha aquela figura como se fosse um daqueles cabides que vendem nas esquinas e que encaixamos as partes ou compramos desmontados e nunca mais desmontaremos as peças... Lembra-se dos bonecos no carnaval de Olinda por causa das ombreiras e da cabeça em contraste com o corpo macérrimo.
- Caiu bem em você. A sua cara...

- Também achei... e seu eu perder uns quilinhos...
Ela morre, pensou o vendedor.

- Fica ótimo. Completa a mocinha rodando o corpo de quadril em frente a um espelho.
Pensou na mensalidade de faculdade atrasada e concordou com a moça.

Moral da história:
Entendeu por que elogio de mãe, promessa de político e opinião de vendedor não têm a menor credibilidade?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um blogue nasce de uma idéia: a idéia de trocar idéias

Nasce e morre...
Nasce numa tarde (ou noite) de poucas atividades obrigatórias. Brota junto a isso a vontade de ser lido. Um desejo compulsivo de que alguém leia o que você escreveu. Ainda que você mesmo, depois de lido, ache uma porcaria. Mas o desejo permanece... Leia-me por favor.
No meio do caminho entre o blogueiro e o leitor há
uma comunidade e seus tópicos, um ponto de encontro em que outros projetam o compulsivo desejo de ser lido... e lá vai um COMENTE O BLOGUE ACIMA...
Nesse momento, atropelos e calotes envolvem o marinheiro de primeira viagem em um círculo de indignação e compulsão:
INDO.. comentando.. fui... indo para ler... E, na outra ponta, outro ansioso segue a mesma via crucis. Indo.. comentando.. fui... indo para ler.. comentando o de cima...
Uma idéia,
um texto, uma surpresa, um vídeo do youtube, uma piada, um crtl+C/crtl+V, uma foto montagem, um link e, aos poucos (em poucas semanas), a compulsão se alterna pela perplexidade: vou colocar o quê?

Aceita parcerias?

E lá ficam os blogues com seus post de dias, semanas, meses atrás... numa solidão que dá dó. Deixam de freqüentar o comente o blogue acima e passam ao fatídico
Blogues atualizados em (mês/bimestre, trimestre, ano...)
Ocasionais retornos ao blogue vêm seguidos de pedidos de desculpas, ausência, mas nesse momento, o pobrezinho já agoniza e vive à deriva no purgatório do blogspot, wordpress, uol, terra... Até que um dia, perde-se a senha, não se consegue acessá-lo. O coitadinho morre... sem direito a enterro, mas com lápide em .jpg:

Aqui, java!
Faça logoff em paz!

Saudades eternas.com/cemitério_de_blogues

Sem direito à carta de convite com a família enlutada lamentando a perda e dizendo que tem o doloroso dever de comunicar o falecimento.

***
Em tempo

Escrevi isso porque li outro dia em algum lugar na internet que 90% dos blogues abertos hoje não sobreviverão a 3 meses de existência e, dos 10% que superam esta primeira fase, mais da metade morrerão em menos de um ano... o saco de filó superou a primeira peneira. (hoje são 9 meses... uma gravidez)..
Sem pessimismo.. rumo a 2ª peneira.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Dúvidas, leis e lugares-comuns... amanhã tem saco de filó.. novinho, novinho...

Lei rodrigueana
Art. 1º - Toda unanimidade é burra.
Art. 2º - Se todos acreditarem nisso, revoga-se o artigo anterior.

Lei divina
Não cobiçarás a mulher do próximo.
(Mesmo se estiver longe).

Lei de Dy
Se beber, não dirija.
Atenção ao motorista! A lei vale para ele também.

Lei de..., lei de..., lei de..., lei de... (by Joe Esposito)
Quer saber mais...?
You tube te espera...
http://www.youtube.com/watch?v=C526lxeHo-M

sábado, 6 de setembro de 2008

Quando somos adolescentes achamos...

Quando somos jovens, trazemos conosco a certeza de que aquela menina linda e supersensual da escola não sai com a gente só porque não temos carro, não temos dinheiro, não temos condição de levá-la a um local que preste para comer algo e bater papo. A maturidade é sábia e nos traz a percepção de que tudo aquilo que acreditávamos, no fundo, era verdade. A maturidade nos faz perceber que se fôssemos mulher e nos olhássemos naquelas circunstâncias não teríamos razão nenhuma para sair com a gente. E não venha com o papo de riqueza interior. Imagina:

-
A conta é de 65 reais. Apresenta o garçom.
-
Olha seu garçom, dinheiro eu não tenho, mas sou uma pessoa excelente, de caráter, honesta, sincera... espero que o senhor leve isso em conta. Ou melhor.. leve à conta isso.

E a história termina com seu pai o pegando na delegacia. O silêncio no carro de volta para casa vai traduzindo a vontade que seu pai tem de estrangulá-lo por causa da vergonha que o fez passar.
O caso é que achamos que, quando formos adultos tudo vai melhorar, mas não sabemos que , quando chegarmos a idade adulta, passaremos achando que tempo de curtição era a adolescência.
Aos 16, achamos que ninguém nos entende e que o mundo não é justo. Quando adultos, temos certeza disso. O mais legal é que, aos 16, não se imagina como essa certeza é confortante.
Quando somos
teens, os pais pagam nossas contas e achamos que não fazem mais do que sua obrigação, quando adultos, pagamos nossas contas e os credores têm a certeza de que não fazemos mais do que nossa obrigação. Porque, de fato, não o fazemos mesmo.
Aos 18, temos a certeza de que vamos mudar o mundo nem que seja a porrada. Aos 37, descobrimos que o mundo nos deu tanta porrada que nós mudamos.
Passamos a vida substituindo dúvidas por certezas e estas por outras dúvidas... a graça da coisa está aí.
Pelo menos, é o que acho até agora... Deixo aberto para minhas futuras mudanças de opinião. Esta crônica é uma obra em aberto... Amanhã, acho outras coisas e assumo novas certezas.
Até amanhã.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O saco também é poesia... é amanhã que tem texto novo.. vai curtindo esse aperitivo.

Rouba-me o ar

Em tua presença falta-me o essencial

Traz-me a secura da garganta

Cola-me os lábios então.


Tu nem sentes que aos poucos

Me consome

E para ti entrego

Todos os minutos de meu pensamento


E para ti,

É só isso que guardo:

Injeção de cortisona, loratadina 10 mg, nebulização com Berotec e Afrim para desentupir o nariz...


Ah.. Alergia desgraçada!

Ah... alergia!

E tomba uma gota de coriza sobre o papel escrito...