Valença, 05 de dezembro de 2016
Eu quero o agora.
Não quero amanhã, mais tarde...
Não sou dono instante.
O tempo que me pertence é agora...
instantes depois não mais é minha posse.
Não quero me afogar nos segundos que não bebi.
Quero a palavra de amor
Quero o gesto de afeto
Quero o toque das mãos
Que durem esse instante
Porque esse é de fato meu...
... agora não é mais.
Mas aí vem outro é mais outro
O sangue pulsa no ritmo dos instantes que não me pertencem
Quando os consigo fitar
Dentro do peito
Só guardo comigo e de fato meu
O meu último instante
Esse sim, meu, preso, encarcerado
Definitivo.
O ponto final das angústias de todos os instantes que não consegui capturar.