Escrever em blogues é um ato de garimpagem. Todos querem ser lidos, mas nem sempre querem ler, disse-me um colega de blogue em um comentário há poucos dias. Concordo com ele. E de lá para cá passei a observar o fluxo de visitas a partir dos comentários deixados no Saco de Filó e mesmo em outros que visito com freqüência maior do que os meus comentários deixados lá dão a entender.
Gosto do prazer do bom texto, pelo simples prazer do bom texto. Ars Gratia Ars (A arte pela arte). Hoje, entendo que os comentários mais toscos são decorrentes de uma lógica bem particular. Por aqui, já ironizei, já escrachei os colegas do “kkkkk legal seu texto. Visite o meu blogue”. Mas, atualmente, entendo como alguns mecanismos funcionam e pego menos pesado. Aos nossos textos, chegam diversos tipos de leitores e vejo, nessa diversidade, material para pensar. Eis os leitores comentadores:
O Voraz - Lê porque se sente compelido a ler por sua natureza. Vai do início ao fim e ainda deixa um comentário de uma pertinência que impressiona. As observações deixadas instigam a gente a ir no blogue do cara sem ele precisar dizer o clássico: visite meu blogue. Figura rara, mas se você tem um cative-o, pois isso é como o ouro.
O autômato - Lê como uma máquina e com uma ansiedade louca de chegar ao fim. Parece estar bebendo um remédio ruim. Vira tudo de uma vez ao estilo leitura dinâmica. Normalmente, faz uma vaga idéia do que você falou e faz um comentário superficial. (Tipo: É, acho que as pessoas são o que são. É isso aí. Visite meu blog.) Desperta curiosidade de saber: sobre o que escreve esse cara? E nos atraem, às vezes, para o blogue deles.
O distraído – Lê, mas é como se não o tivesse feito. Comenta uma opinião como se discordasse de você, mas no fundo não está divergindo em nada. Ele é que acha que está porque não entendeu uma linha do texto. Normalmente, assume uma postura rebelde quando discorda e não faz idéia do quanto chega a ser cômico. Às vezes, nos desperta a dúvida. Esse cara sabe ler no sentido mais amplo da palavra? Deve ser engraçado o blogue dele, vou lá comentar um vídeo do youtube.
O trapaceiro – Não lê uma palavra. Quando muito o título do que se escreveu e vê a figurinha ao lado. Precisa desesperadamente de justificar o tópico COMENTE O BLOG ACIMA da comunidade, mas acha que textos com mais de 5 linhas são impossíveis de serem lidos. Deixa sempre um: bom blog, legal. Visite o meu. Um dia escreveram no meu: não gosto de texto, meu negócio é goodies... Passei alguns dias para descobrir que diabos é isso. Mas descobri. Muito a contragosto, Fui ao blogue do cara. Ele me venceu.
O revoltado – Lê qualquer coisa para discordar. Discorda inclusive do que acabei de falar. Normalmente, lê, mas tem uma limitação de raciocínio assustadora e não consegue diferir ironia de crítica direta. Comenta a postagem com um dicionário ao lado que o permite usar termos herméticos que lhe dão um respaldo de vocabulário para encobrir a restrição de raciocínio. Costumam não permitir a visita de volta porque omitem o perfil ou quando não omitem... Meu Deus, melhor não tivéssemos ido!
Escrever em blogues é garimpar bons leitores. O bom leitor te deixa o desejo de ir ao texto dele, pois, com certeza, quem escreve bem, lê bem. E vice-versa. O comentário de um texto é o seu melhor cartão de visitas em um blogue. Tornei-me um garimpeiro de pessoas interessantes e se você chegou até aqui e entendeu aonde quero chegar, acabei de encontrar mais uma pepita de ouro na minha mina de palavras.
Ganhei meu dia.
Em tempo: Nesse mundo sem rosto da blogsfera, sua cara são suas linhas.
E tem gente que anda precisando de uma cirurgia plástica, um botox, uma limpeza de pele... sei lá, algo que dê uma forcinha à natureza.
Gosto do prazer do bom texto, pelo simples prazer do bom texto. Ars Gratia Ars (A arte pela arte). Hoje, entendo que os comentários mais toscos são decorrentes de uma lógica bem particular. Por aqui, já ironizei, já escrachei os colegas do “kkkkk legal seu texto. Visite o meu blogue”. Mas, atualmente, entendo como alguns mecanismos funcionam e pego menos pesado. Aos nossos textos, chegam diversos tipos de leitores e vejo, nessa diversidade, material para pensar. Eis os leitores comentadores:
O Voraz - Lê porque se sente compelido a ler por sua natureza. Vai do início ao fim e ainda deixa um comentário de uma pertinência que impressiona. As observações deixadas instigam a gente a ir no blogue do cara sem ele precisar dizer o clássico: visite meu blogue. Figura rara, mas se você tem um cative-o, pois isso é como o ouro.
O autômato - Lê como uma máquina e com uma ansiedade louca de chegar ao fim. Parece estar bebendo um remédio ruim. Vira tudo de uma vez ao estilo leitura dinâmica. Normalmente, faz uma vaga idéia do que você falou e faz um comentário superficial. (Tipo: É, acho que as pessoas são o que são. É isso aí. Visite meu blog.) Desperta curiosidade de saber: sobre o que escreve esse cara? E nos atraem, às vezes, para o blogue deles.
O distraído – Lê, mas é como se não o tivesse feito. Comenta uma opinião como se discordasse de você, mas no fundo não está divergindo em nada. Ele é que acha que está porque não entendeu uma linha do texto. Normalmente, assume uma postura rebelde quando discorda e não faz idéia do quanto chega a ser cômico. Às vezes, nos desperta a dúvida. Esse cara sabe ler no sentido mais amplo da palavra? Deve ser engraçado o blogue dele, vou lá comentar um vídeo do youtube.
O trapaceiro – Não lê uma palavra. Quando muito o título do que se escreveu e vê a figurinha ao lado. Precisa desesperadamente de justificar o tópico COMENTE O BLOG ACIMA da comunidade, mas acha que textos com mais de 5 linhas são impossíveis de serem lidos. Deixa sempre um: bom blog, legal. Visite o meu. Um dia escreveram no meu: não gosto de texto, meu negócio é goodies... Passei alguns dias para descobrir que diabos é isso. Mas descobri. Muito a contragosto, Fui ao blogue do cara. Ele me venceu.
O revoltado – Lê qualquer coisa para discordar. Discorda inclusive do que acabei de falar. Normalmente, lê, mas tem uma limitação de raciocínio assustadora e não consegue diferir ironia de crítica direta. Comenta a postagem com um dicionário ao lado que o permite usar termos herméticos que lhe dão um respaldo de vocabulário para encobrir a restrição de raciocínio. Costumam não permitir a visita de volta porque omitem o perfil ou quando não omitem... Meu Deus, melhor não tivéssemos ido!
Escrever em blogues é garimpar bons leitores. O bom leitor te deixa o desejo de ir ao texto dele, pois, com certeza, quem escreve bem, lê bem. E vice-versa. O comentário de um texto é o seu melhor cartão de visitas em um blogue. Tornei-me um garimpeiro de pessoas interessantes e se você chegou até aqui e entendeu aonde quero chegar, acabei de encontrar mais uma pepita de ouro na minha mina de palavras.
Ganhei meu dia.
Em tempo: Nesse mundo sem rosto da blogsfera, sua cara são suas linhas.
E tem gente que anda precisando de uma cirurgia plástica, um botox, uma limpeza de pele... sei lá, algo que dê uma forcinha à natureza.