No final do sec. XIX, os caras na Europa chegaram à conclusão de que a arte não era para ser uma reprodução da realidade. Até porque já haviam inventado a fotografia que reproduzia melhor o que se via do que mil pincéis. Dessa constatação, surgiram os impressionistas e outras correntes que ofereciam a interpretação da imagem segundo o artista... Legal, né... Só que isso invade a arte como um todo e todos os ramos dessa expressão humana se arrogam o direito de se manifestar como quiser...
Até aí tudo bem... e chamar de arte (aqui, tudo mal).
Na poesia, vira e mexe encontro pela proa um cara que rima luz, pus, com seduz, com hálito de alcaçuz...
- Não entendi.
- Não é para ser entendido, retrucam...
- Legal ... então deu certo.
- É para ser sentido.
- Também não senti.
- Você não tem sensiblidade, conclui.
- É. Deve ser isso...
A pós-modernidade acelerou esse culto à porcaria cult. Não que a pós-modernidade seja uma porcaria (longe disso), mas sempre aparece um maluco de cabelos ensebados, coletinho de xadrez, sandálias de couro e cara com barba por fazer, suja o chão com sangue e com penas de galinhas, põe um cd no meio e em algum lugar, tem sua obra analisada por algum crítico:
"É a representação estética das conjecturas conflitantes que despertam os espíritos ecléticos e, por vezes, antagônicos da visão moderna do ser. O cd representa o circular infinito e o sangue traz a imagem da imersão da carne no cosmos e de toda a dualildade que isso traz à consciência existencial do ser humano. Em resumo: uma apoteótica alegoria da dialética ególatra na metrópole no século XXI"
Aí eu penso:
- E o cabelo ensebado do cara...? Faz parte da obra? Ah esse não... não me venha com interpretações... é só falta de banho mesmo.
Em tempo:
Outro dia deixei um rolo de papel higiênico que caiu de forma tão harmônica com a balança de banheiro e com o tapetinho de perto do vaso que me senti uma artista. Merece uma fotografia e uma análise crítica... mas achei melhor não.
Minha barba até estava por fazer, mas meu cabelo nem estava ensebado...
Droga de xampu... Se eu soubesse, ah se eu soubesse!
Até aí tudo bem... e chamar de arte (aqui, tudo mal).
Na poesia, vira e mexe encontro pela proa um cara que rima luz, pus, com seduz, com hálito de alcaçuz...
- Não entendi.
- Não é para ser entendido, retrucam...
- Legal ... então deu certo.
- É para ser sentido.
- Também não senti.
- Você não tem sensiblidade, conclui.
- É. Deve ser isso...
A pós-modernidade acelerou esse culto à porcaria cult. Não que a pós-modernidade seja uma porcaria (longe disso), mas sempre aparece um maluco de cabelos ensebados, coletinho de xadrez, sandálias de couro e cara com barba por fazer, suja o chão com sangue e com penas de galinhas, põe um cd no meio e em algum lugar, tem sua obra analisada por algum crítico:
"É a representação estética das conjecturas conflitantes que despertam os espíritos ecléticos e, por vezes, antagônicos da visão moderna do ser. O cd representa o circular infinito e o sangue traz a imagem da imersão da carne no cosmos e de toda a dualildade que isso traz à consciência existencial do ser humano. Em resumo: uma apoteótica alegoria da dialética ególatra na metrópole no século XXI"
Aí eu penso:
- E o cabelo ensebado do cara...? Faz parte da obra? Ah esse não... não me venha com interpretações... é só falta de banho mesmo.
Em tempo:
Outro dia deixei um rolo de papel higiênico que caiu de forma tão harmônica com a balança de banheiro e com o tapetinho de perto do vaso que me senti uma artista. Merece uma fotografia e uma análise crítica... mas achei melhor não.
Minha barba até estava por fazer, mas meu cabelo nem estava ensebado...
Droga de xampu... Se eu soubesse, ah se eu soubesse!