Vivemos em uma triste e esquizofrênica era em que ser vítima é o sonho inconsciente de muitos que, enquadrados em uma minoria (sic) podem invocar para si direitos de proteção do estado e legitimação de qualquer asneira que ele fizer. Trabalhei com um cara, certa vez, que fazia muita besteira no ambiente de trabalho e toda vez que o acuavam ele disparava: fazem isso porque eu sou X.
Não vou dizer qual é o X para não dizer que só estou escrevendo isso só porque é a respeito de um X. Se fosse um Y, não falava… A propósito, ele não era negro nem gay.
Ser vítima nos enquadra, hoje, em um privilegiado grupo de beneficiados pelas políticas do estado e ao mesmo tempo nos isenta de tudo. Se o cara dá um tiro em uma pessoa para roubar seu relógio, temos a vítima roubada, mas sempre alguém grita que mais vítima ainda era o bandido que foi excluído das oportunidades em uma sociedade capitalista.
Sinto o momento em que os assaltados irão a juri popular e serão condenados a pagar indenização ao bandido porque ele pertence a uma minoria e, como excluído da sociedade, não teve oportunidade. Se ele lhe roubou e o aleijou com um tiro na coluna, pense no que a sociedade fez com ele e com sua vida, com sua família... muito pior.
O juiz bate o martelo e você, perplexo sentado em uma cadeira de rodas, o indeniza o bandido para o resto da vida como co-autor da destruição da vida do pobre meliante.
2 comentários:
Como se essa fosse a desculpa por tudo!Temos duas situações ai:Alguem que nasceu sem privilégios e que coloca como desculpa para roubar,e os que se encobrem com uma cortina para se sair ileso de acusações.Isso não justifica para se fazer algo errado.Todo mundo pode mudar se tiver força de vontade.A questão é:Falta um pouco mais de coragem pra viver e conquistar seus próprios privilégios sociais.abraço Marcelo!
É um alívio saber que existem muitos mais brasileiros conscientes disto que está acontecendo em nosso país.
Recentemente a Câmara dos Deputados num ato inconstitucional aprovou 20% de vagas em concursos para afrodescendentes. Não é nem preciso discutir o mérito disto para saber que estamos diante de um absurdo.
E neste compasso, daqui há alguns anos, se você não for parte de alguma "minoria" (que raramente são de fato minorias) você não terá direito a mais nada.
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