A educação é uma das áreas em que permeia o maior número de modismos e baboseiras. Houve uma época em que não se podia corrigir o aluno, outra em que não se poderia corrigir com caneta vermelha, pois isso traumatizava e a aluno e criava um indivíduo desequilibrado para o resto da vida (O maníaco do parque só era corrigido com caneta vermelha. Viu? Deu no que deu... ) Certa vez, proibiu-se que corrigissem qualquer coisa, pois isso inibia o indivíduo. "Deixa errar, uma hora ele aprende." Aí, veio a moda do "não chamar de tia". Isso atrapalhava a relação com o professor. Outro dia, ouvi a besteira mais nova, pequenos palcos em sala de aula (aqueles de faculdade que servem para aumentar a visibilidade do professor em turmas grandes) inibem o aluno e o fazem se sentir diminuído.
Eu sugiro, então, novas modas. O aluno não deve ir à aula, pois isso inibe o seu direito de escolha. Ele deve buscar a escola espontaneamente e não devemos interferir. E, se o aluno for, não devemos submetê-lo a nenhum tipo de avaliação, pois isso o expõe e afeta sua dignidade como ser humano. O processo de aprendizagem deve ser em local em que o aluno se sinta bem e de sua escolha e a avaliação deve ser do jeito que o aluno queira. Não se deve violar o tempo de cada um, mesmo que isso custe décadas. O aluno sempre busca aprender, quem atrapalha é o professor.
Devemos retirar todas as palavras com "não" ou prefixos negativos do vocabulário para não criar um ambiente de negatividade e opressão ao educando. Se o aluno começar a falar ou mesmo a se manifestar fisicamente na sala, mesmo que em hora inadequada, devemos permitir como parte de uma manifestação legítima de expressão humana. Na verdade, nós, professores, é que somos inadequados no tempo do aluno.
Enfim, só ironizando é que conseguimos entender o ponto a que chegamos na educação brasileira. É só assim que percebemos o ridículo que nos conduz ao abismo.
Senhor, tende piedade de nós...
6 comentários:
Bom dia!
Até já estou a chorar de tanto rir! Ainda não descobri se choro porque a piada que contas é excelente, ou se a reflexão que propões é triste.
É por causa dessas 'modas' e de algumas brilhantes 'psicologias' inventadas por outros tantos cérebros 'clarividentes', que o ensino é o que é.
Abraços e bom fim de semana!
Luísa
Eu particularmente, tirando a parte dos nossos recursos naturais, acho o Brasil um país ridículo em todos os sentidos. Uma terra de um povo ignorante que valoriza coisas banais e sem sentido, cheio de pseudo-intelectuais que acham que apitam alguma coisa aqui.
Um povo que toma decisões pequenas e as considera importantes, tentando com isso levantar sua própria auto-estima perante o mundo. É um país que merece ser terceiro mundista mesmo.
Sabe, quando eu vejo esses comentários, sempre me lembro do que a minha mãe fala de educação dos filhos: educar dá trabalho, as pessoas querem se acomodar e aí surgem essas teorias imbecis. Guardadas as devidas proporções, é a mesma coisa com a educação. No final das contas, sempre me pego pensando que tipo de imbecis os psicólogos autores dessas teorias querem construir. Talvez castrar psicólogos já seja um avanço social.
Gostei. Infelizmente existem professores e professores. Ou seja, existem os que trabalham e mostram que a sociedade precisa mudar, como também existem alguns fazem da educação BICO e inventam modismo, já que não sabem trabalhar...
E nos tempos da palmatória?! Modismo? Opção? Ou apenas uma 'regulagem' para que intimidasse o aluno e, assim, valorizasse o mestre? Esse povo tá estudando tanto, inventando métodos e mais métodos e esquecem que o aluno hoje está bem próximo de colocar o professor lá naquele cestinho do canto perto da mesa!! Já não existe mais o respeito de outrora... E 'vumbora' em frente... Vruummmmmmmmmm.....
É isso aí...cada vez pior. Ainda tem gente (na minha opinião muuuuitooo otimista) que acredita que o Brasil é o país do futuro...eu acho que ó o do descaso!!!Que futuro pode ter um país onde a educação é essa porcaria?!?!
Bom texto!!
Abs
Carla
http://mamaecaprichosa.blogspot.com
Postar um comentário